TERMO DE ABERTURA: Serve este Blog para nele depositar as minhas alegrias e tristezas, vitórias e derrotas, glórias e frustrações. a que juntarei algumas opiniões, mas com fair-play, e sempre sem abdicar deste meu sentir de vermelha afeição. (Foto de José Caeiro)
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
FELIZ ANO NOVO
Depois do por do sol do dia 31 de Dezembro, estaremos ao comando de um ano novinho em folha, onde certamente enfrentaremos tempestades, situações que nos deixarão de cabeça à roda ou de cabeça para baixo, onde não saberemos para que lado correr, ou simplesmente as coisas não vão funcionar!!!
Não desista, tenha fé e acredite sempre. Há uma luz ao fundo do túnel, um pote de ouro no fim do arco-íris, e que o arco-íris pode estar em qualquer lado, mesmo que discretamente.
Em 2010 reúna os amigos para uma cervejinha, uma pescaria ou qualquer coisa que você ache interessante ou não, mas reúna os amigos.
Viaje para casa, viaje para longe; Bem longe!!!
Seja organizado da forma que você ache melhor. Trabalhe duro, trabalhe "pesado", mas arranje tempo para se divertir, espalhar alguma confusão e curtir o sol,a lua,o mar e o céu.
Enfim, que em 2010 tenha paz, saúde, amor e trabalho...o resto é consequência.
(Recebido por e-mail)
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
domingo, 27 de dezembro de 2009
CARTA ABERTA AO PAI NATAL
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
FELIZ NATAL
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
SAUDADE
Saudades até dos momentos de lágrimas, das angustias, das vésperas de fim de semana, dos finais de ano, enfim...do companheirismo vivido.
Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe, nos e-mails trocados...
Podemos telefonar, conversar algumas banalidades. Passarão dias, meses, anos...até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo.
Um dia os nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas?
Diremos que eram nossos amigos. E isso vai doer tanto...
A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar-nos vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto...reunir-nos-emos para um ultimo adeus amigo.
Entre lágrimas nos abraçamos. Faremos promessas de nos encontrar-mos mais vezes daí em diante.
Por fim, cada um vai para seu lado, para enfrentar a vida isolada do passado.
...e perder-nos-emos no tempo mais uma vez.
(recebido por e-mail)
"Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas morreria se tivessem morrido tos os meus amigos."
(Vinicius de Morais)
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
HULK
Pois bem, afinal Hulk não é assim tão grande; no bolso de David Luiz, ainda sobrou espaço para um falcão.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Á GLORIOSA FÉNIX
Seremos tantos quantos Deus mande
E que a plebe se conforme
Sei que tendes casa grande
Mas a nossa, é enorme
Vêm dragões, leões e lobos
E outros animais de igual grandeza
Contra tudo e contra todos
Eis a águia, na sua nobreza
Sem guerra, mas em paz
Sem perder o espírito de conquista
Se há coisa que me satisfaz
É um abraço Benfiquista
Ditosa Pátria que tais filhos tem
E que tanto nos glorifica
E que no seu seio contém
O glorioso Sport Lisboa e BENFICA
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
INQUÉRITO
Curioso inquérito feito pela Reader's Digest, num universo de 10.500 assinantes em Portugal:
- Mais de 9 em cada 10 Portugueses, confiam nos Bombeiros, nos Pilotos dos Aviões e nos Farmacêuticos.
- Enfermeiros e Médicos, merecem quase a mesma confiança do valor anterior.
- 83% confiam nos Agricultores.
- 81%, confiam nos Professores.
- 64%, confiam nos Policias.
- 62%, confiam nos Meteorologistas.
- 50%, confiam nos Padres.
- 43%, confiam nos Taxistas.
- 36%, confiam nos jornalistas.
- 24%, confiam nos Advogados.
- 17%, confiam nos Lideres Sindicais.
- 15%, confiam nos jogadores de futebol.
- 13%, confiam nos Juízes.
- Apenas 1 em cada 100, confia nos Políticos.
- As marcas Portuguesas mais confiantes, são a TMN, a GALP, a DELTA, a CGD e a RTP1.
Muitas são as ilações que se podem tirar destes números. Vou optar por duas:
Apenas 13%, confiam nos Juízes?. É grave. Quando as pessoas não confiam na justiça, é meio caminho andado para a tentação de fazer justiça pelas próprias mãos.
83%, confiam nos agricultores??? Fantástico!!! E eu que pensava que já não havia agricultura.É bom estar enganado...
domingo, 13 de dezembro de 2009
DESMOND TUTU
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
NOBEL
GUERRA DE CAPOEIRA
Todos nós temos histórias incríveis para contar. O problema é encontrar quem as ache interessantes, e esteja disposto a ouvi-las.
Não deixa de ser curioso, que só depois de, como costumo dizer, dobrar o Bojador dos 50, é que nos vem a vontade de recordar.
Há ainda outra suma curiosidade: Podemos não nos lembrar do almoço do dia anterior, mas lembramo-nos de coisas passadas à “séculos”, mesmo quando estiveram esquecidas durante décadas.
Hoje vou contar uma pequena história que à época do seu acontecimento, me pareceu tremendamente humilhante, a tal ponto que a escondi muito tempo.
Acho que foi no ano em que entrei para a escola. Frequentemente eu ia de minha casa para a casa da minha avó. Pois na capoeira dos meus avós, havia um diabo à solta que infernizava as minhas chegadas perto do seu harém. Exactamente um pequeno Cócó, que para quem não sabe é um galo minúsculo, mas com a mania de que o Mundo lhe pertence. Pois bem, este Cócó, era ainda pior, e resolveu que eu era “persona non grata” no seu território. Assim que me avistava, corria para mim com a clara intenção de me engolir. Na verdade, ganhei-lhe tal medo, que sempre que chegava ao cabeço, gritava pela minha avó, que logo punha o galarispo em respeito.
Só que um dia, e há sempre um dia, entendi que era vergonhoso ter medo de um animal 50 vezes mais pequeno que eu. Tomei-me de brios e decidi: Hoje não chamo ninguém, nem vou ter medo do maldito mini-galarô, e se for preciso, até lhe dou umas arrochadas.
Preparei-me para enfrentar o monstro, enquanto tentava convencer-me a mim mesmo de que não tinha medo. Avancei corajosamente encosta abaixo ao encontro do perigo, não sem antes me armar com um ramalho de pinho, para o que desse e viesse.
Assim que me viu, o perigoso predador avançou para mim, e eu senti imediatamente a minha coragem a dar de frosques, deixando-me sozinho diante da fera.
O meu medo, mais a minha força, levaram-me a descarregar sobre o inimigo, o ramalho de pinho que trazia. Por sorte ou azar, o meu ataque foi fulminante. Atingido em cheio, o pobre do galarispo caiu para o lado sem mais se levantar. Era a minha glória. Vencera o inimigo e provara a que duvidasse, que não era um qualquer pelintra de penas, que me metia medo.
Apercebendo-se do barulho, a minha avó correu para o local, e ao aperceber-se da morte do seu rei da capoeira, e naturalmente de que era o seu assassino, amandou-me com duas chapadas que até fiquei de lado.
Lá se foi toda a minha glória, caída em desgraça ás mãos calejadas da minha avó. Afinal ser um herói não era assim tão glorificante. Ganhar uma guerra, ás vezes tem custos que é melhor esquecer.
Como forma de vingança, nunca mais gostei de Cócós.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
LEMBRANÇAS
Lembro-me de ti,
dos teus beijos,
carícias,
entrega.
Do que não soube dar-te
Do que não soubeste aceitar
Esperar.
resistir,
não conseguiste.
Não soube ser capaz de saber.
Não soubeste ser capaz de sentir.
Erramos nas contas
do nosso próprio amor
…e ficamos de fora.
domingo, 6 de dezembro de 2009
PROJECTO LIMPAR PORTUGAL
Partindo do relato de um projecto desenvolvido na Estónia em 2008, um grupo de amigos decidiu colocar “Mãos à Obra” e propor “Vamos limpar a floresta portuguesa num só dia”. Em poucos dias estava em marcha um movimento cívico que conta já com cerca de mais de 17000 voluntários registados.
Neste momento já muitas pessoas acreditam que é possível. O objectivo é juntar o maior número de voluntários e parceiros, para que todos juntos possamos, no dia 20 de Março de 2010, fazer algo de essencial por nós, por Portugal, pelo planeta, e pelo futuro dos nossos filhos.
Muito ainda há a fazer, pelo que toda a ajuda é bem vinda!
Quem quiser ajudar como voluntário só tem que consultar o sítio do projecto na internet, www.limparportugal.org, onde tem toda a informação de como o fazer.
O projecto Limpar Portugal também está aberto a parcerias com instituições e empresas, públicas e/ou privadas, que, através da cedência de meios (humanos e/ou materiais à excepção de dinheiro) estejam interessadas em dar o seu apoio ao movimento.
No dia 20 de Março de 2010, por um dia, vamos fazer parte da solução deixando de ser parte do problema.
Limpar Portugal? Nós vamos fazê-lo! E tu? Vais ficar em casa?"
www.limparportugal.org
ENTRAR NA TUA VIDA
Deixa-me passar à tua rua
E espreitar pela janela
De onde tu olhas a lua
Que desenhas numa tela.
Deixa-me ir ao teu jardim
Colher uma rosa em botão
Ou uma flor de jasmim
Para usar no coração.
Abre-me a porta do teu quintal
Para colher um ramo de poejo
E não me leves a mal
Por matar este desejo.
Abre-me a porta da tua vida
E entrarei com alegria,
Tu dás-me a esperança perdida,
E eu dou-te a minha poesia.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
OS MEUS AMORES
Todos os dias esperava por ela no caminho da Escola. Quando a via chegar, a minha alegria só era ensombrada pela presença do Galambas, que também gostava dela, que eu bem sabia, e tinha vantagem de ser vizinho dela, estando por isso mais tempo junto dela.
Claro que eu ía logo colocar-me ao lado dela. De um dos lados, porque do outro já estava o Galambas.
Do Porto de Burro até à Farinha Branca, toda a gaiatada brincava e saltava, menos eu e o Galambas, numa marcação surda mas cerrada.
Mas as coisas pareciam correr melhor para o meu lado.Por aquela altura, as nossas mães trabalhavam juntas nos arrozais que se estendiam desde a Barba de Alho e Terra Preta, até ao Carvalhoso, e nós passávamos por lá muito tempo juntos.
Um dia fomos ver a roda gigante movida a água, do moinho do Piança. Era aquela roda que fazia mover as mós da azenha, e aquilo parecia-nos algo de extraordinário, capaz de nos fazer soltar a imaginação, e imaginar coisas fantásticas a partir daquela roda enorme.
Sentados bem juntinhos, contemplamos aquela maravilha durante algum tempo. Depois consegui que ela me acompanhasse até debaixo da ponte ao fundo das Abertas. Nunca tínhamos estado tão juntos e tão sós. Disse-lhe que gostava dela e ela sorriu. Acariciei-lhe o rosto e ela deixou. Tentei algo mais. Talvez um beijo. E teria conseguido não fora o "farrusco" começar a ameaçar-me, rosnando e mostrando uns dentes que eu não estava interessado em conhecer. Aquele era um adversário bem mais temível que o Galambas.
Marcamos novo encontro para outro dia, do qual fiquei ansiosamente à espera.
O dia marcado, foi fatídico para este amor.
Quando cheguei, ela já lá estava. A seu lado o Galambas dividia com ela os pinhões que trouxera. Junto de ambos, o "farrusco" dormia tranquilamente.
Maldito cão. Era ele o culpado do meu fracasso.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
SOLIDARIEDADE
domingo, 29 de novembro de 2009
Dêem a voz aos alunos, se faz favor.
Há quem diga por aí que já não se aprende a escrever ideias nas escolas.
Um erro grave. O texto abaixo mostra que as ideias não precisam da escrita para nada.
Redacção de um Aluno:
Eu axo q os alunos n devem d xumbar qd n vam á escola. Pq o aluno tb tem direitos e se n vai á escola latrá os seus motivos pq isto tb é perciso
ver q á razões qd um aluno não vai á escola. primeiros a peçoa n se sente
motivada pq axa q a escola e a iducação estam uma beca sobre alurizadas.
Valáver, o q é q intereça a um bacano se o quelima de trásosmontes é munto montanhoso? ou se a ecuação é exdruxula ou alcalina? ou cuantas estrofes tem um cuadrado? ou se um angulo é paleolitico ou espongiforme? Hã?
E ópois os setores ainda xutam preguntas parvas tipo cuantos cantos tem 'os lesiades', q é um livro xato e q n foi escrevido c/ palavras normais mas q no aspequeto é como outro qq e só pode ter 4 cantos comós outros, daaaah.
Ás veses o pipol ainda tenta tar cos abanos em on, mas os bitaites dos
profes até dam gomitos e a malta re-sentesse, outro dia um arrotou q os jovens n tem abitos de leitura e q a malta n sabemos ler nem escrever e a sorte do gimbras foi q ele h-xoce bué da rapido e só o 'garra de lin-chao' é q conceguiu assertar lhe com um sapato. Atão agora aviamos de ler tudo qt é livro desde o Camóes até á idade média e por aí fora, qués ver???
O pipol tem é q aprender cenas q intressam como na minha escola q á um
curço de otelaria e a malta aprendemos a faser lã pereias e ovos mois e piças de xicolate q são assim tipo as pecialidades da rejião e ópois pudemos ganhar um gravetame do camandro. Ah poizé. tarei a inzajerar?
retirado sem ninguém saber em www.montargilforum.com
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
TRASTES, TARECOS E TRALHAS
Há até quem seja conservador por vício e liberal por consciência cívica.
Falamos de trastes, tarecos, tralhas, monos e bugigangas que só estorvam mas teimamos em preservar e acrescentar numa cruzada pela contemplação de um espólio de inutilidades que nos reconduz a pessoas, episódios, lugares e circunstâncias por que todas as vidas passam.
É quando mudamos de casa e temos de remexer na memória à vista dessas relíquias adormecidas nos sótãos e caves dos nossos quotidianos que a gente se dá conta do passado que nos persegue numa rota de ziguezagues entre sonhos e pesadelos.
Eu, que guardo o cesto da costura, o ferro de engomar enferrujado, o cachené desbotado e o relógio de parede minado pelo bicho-carpinteiro que eram da minha avó Rosa; o púcaro de lata amolgado, o penico de barro, a manta lobeira e as cabacinhas do catre da minha avó Maria; os cinchos, os funis, as formas das filhós e os espevitadores do fogareiro a petróleo da minha mãe; a foice, a gadanha, a moeira, a forquilha, e a navalha de barba do meu pai; as aivecas, os chocalhos, os guizos e a arrilhada do meu avô António; os barbilhos, os cabrestos, a sovela, e o fio barbante do meu avô Manel; a ardósia, a caneta de molhar e o caderno de duas linhas da minha iniciação escolar; as andas, o estoque, a fisga, a cegarrega e o pião das minhas brincadeiras; bem percebo – oh se entendo – o laureado arquitecto Siza Vieira quando, entrevistado, deixou escapar: “mudar de casa é uma das coisas terríficas da existência. Vamos acumulando coisas, a maior parte das quais não serve para nada. É muito difícil na hora de mudar, que é a oportunidade de dispensar todas as inúteis, a gente desprender-se. Há coisas que tenho no armazém do escritório que não me interessa nada ter. Mas não consigo dar nem deitar fora. Há um agarramento grande. Há uma longa história que é difícil abandonar. È muito doloroso.”
Li, sublinhei e vi-me ao espelho nas lentes dos óculos do assisado arquitecto barbudo.
UM POUCO DE HUMOR..
Quando o avião descola começam a servir as bebidas aos passageiros.
O alentejano pede um tinto de Borba.
A hospedeira pergunta ao muçulmano se quer beber alguma coisa.
Responde o muçulmano com ar ofendido:
'Prefiro ser raptado e violado selvaticamente por uma dezena de galdérias da Babilónia antes que uma gota de álcool toque os meus lábios'.
O alentejano engasgando-se, devolve o copo de tinto à hospedeira e diz:
'Eu também, eu também. Não sabia que se podia escolher!!!
terça-feira, 24 de novembro de 2009
ZÁS, TRÁS, PÁS
Os meninos de hoje, vencem facilmente os monstros da Playstation, e dominam os jogos de computador, mas não fazem ideia do que é defrontar “inimigos” a sério, daqueles que têm ideias próprias, e não obedecem a nenhum programa.
Nos idos de 60, entre o fim da Farinha Branca e o principio das Abertas, ou vice versa, no vale do Porto de Burro, situava-se um descampado que assistiu a terríveis combates, lutas renhidas, onde por vezes nem faltava sangue, suor e lágrimas.
Chegados da Escola, e com um bocado de pão e queijo na mão, era velos a caminho do campo de batalha, onde os esperavam novas aventuras, e quiçá, se a sorte estiver do seu lado, novas vitórias.
Jogar ás escondidas ou mesmo jogar à bola, eram jogos interessantes, mas não o suficiente para acalmar aqueles espíritos guerreiros, e aquela vontade de vencer a sério.
Se na Escola éramos obrigados a decorar as vitoriosas aventuras de D. Afonso Henriques e D. Nuno Alvares Pereira, porque não ter as nossas próprias batalhas?.
Não demoravam muito a formação de dois exércitos, exibindo ameaçadoramente artísticas espadas de ripas de madeira roubadas das capoeiras, coelheiras, ou mesmo dos portões das hortas.
Com os exércitos rigorosamente alinhados um diante do outro, iniciava-se o combate: Zás, trás, pás prá qui, zás, trás, pás prá li, tudo com um cuidado inicial por forma a que ninguém se magoasse. Mas não durava muito aquela disciplina de combate. Uma manobra defensiva menos cuidada, e uma espada que atingia a mão. Aquilo doía e ás vezes até fazia sangue. Era o fim do ataque organizado e o principio de pontapés, lambadas e ás vezes até pedradas. Estava instalada a confusão generalizada, e cada um aviava-se como podia.
O anoitecer trazia o som do gong, e o fim dos combates:
- Óh Maneeeeeeel…!!! óh Ameeeeerico…!!! óh Aniiiiibal…!!!!
- Já vou nha maããããe!!!!!
Era a hora de compor a armadura, disfarçar os sinais da luta, por forma a evitar chatice em casa, e fugir as uns humilhantes açoites, o que raramente era conseguido.
Claro que tudo isso era feito entre juras de vingança e marcação de novos combates para o dia seguinte.
Como nobres cavaleiros que éramos, acabávamos por não guardar ressentimentos nem rancores, e no dia seguinte continuávamos amigos, até que novos combates acontecessem.
domingo, 22 de novembro de 2009
PARA LANETY...
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
OLHA OUTRO...
Como qualquer pescador que se preze, também fui fazer a abertura da pesca ao achegã.
Muito cedo, eu e o meu companheiro de pescaria, o Rodas, iniciamos o nosso calvário. Devo confessar que sou um péssimo pescador. Mas o Rodas não é melhor. Só que tem uma sorte que até faz nervos. Normalmente, ele malha-me, mas o pior, como se isso não bastasse, é que ele faz questão de, no nosso grupo de amigos, continuar a moer-me a cabeça. Ás vezes já nem posso ouvi-lo.
Mas desta vez, tinha a secreta esperança de mudar o rumo da história.
O Rodas, de mochila ás costas, nunca está parado. Eu sou um pouca mais estático. Começamos a pescar perto um do outro, mas logo ele se afastou. Costuma dizer que não gosta de mostrar a sua técnica.
Não demorou muito tempo. Eu nada, e ele a gritar:
---Olha um!!!
Mau!! Pensei eu. E de novo o Rodas:
---Olha outro!!
E eu, zero. Ele de novo:
---Épá, este é “mum” grande!!
Comecei a ficar chateado.
---Olha outro… e outro---
Fiquei farto e fui ter com ele. Ao menos um apanhava peixe.
Quando cheguei junto dele, não vi nada de peixe. Achei estranho.
---Atão o peixe, Rodas?
---Epá, isto da lua nova é lixada. Ainda não tirei nenhum.
---Mau!!! Atão e essa gritaria toda? Olha este olha aquele, e + o outro…
---Ópá! Eu estava era a contar os que deixava fugir.
Do mal, o menos. Não trouxemos peixe, mas desta vez não vou ter que aturar o Rodas.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
RETÓRICA APELATIVA
O sonho da heroicidade,
Aparece em qualquer idade.
A civilização ameaçada,
Só preocupa à nossa porta.
Mas se ela já nasceu torta,
Porquê ser “alembrada”?
A indiferença como legado,
A ideia de que é melhor ficar calado,
A dúvida e a desconfiança.
Não tenho culpa. Não estava presente.
Mas quem cala, não consente?.
Não quero isso na minha “alembrança”.
Toda esta “alembradura”
Parece ser doença sem cura.
A linguagem que invento,
Fala de danos colaterais,
Pretensões intelectuais,
Que se vão a cada “alembramento”.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Aquelas rolinhas que eu nem sei o nome...
...mas ao que parece, os caçadores querem autorização para começar a matar.
Hoje levantei-me um pouco tarde. Fui à pressa comprar o jornal, e quando cheguei a casa, tentei estacionar no único lugar livre, à sombra da bela acácia que encima a minha rua. O problema, eram as duas rolinhas que indiferentes à minha intenção, ocupavam o lugar, debicando grãozinhos de qualquer coisa. Buzinei, e nada... pela janela berrei...Héééé...txta.... e lá foram para debaixo dos outros carros.
Como é possível alguém querer matar desportivamente estas aves, que não vêm no ser humano um inimigo, e até buscam a sua companhia? Que raio de raça é a nossa, que até pretende matar os pequenos milagres que a natureza ainda oferece?.
Espero que as autoridades deste país, não vão na conversa dessa susma maluca, disposta a disparar sobre tudo o que mexe, nem que seja um deles.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
QUEM SE LEMBRA?
A 1º conclusão, é que não sei de metade, mas do que resta, gostaria de saber quem se lembra:
George Harrison (my sweet lord)
Johnny Rivers (i'll feel a whole lot better)
Rare Bird (sympathy)
The Tremeloes (hello buddy/ my woman)
Simon and Garfunkel (cecilia)
Elton John (Don't let the sun)
Joe Cocker (Pardon me sir)
Gilbert O'Sullivan (happyness is me and you)
The Moondi Blues (Question)
...e a minha joia da coroa:
DEEP PURPLE
Duplo LP, gravado em Osaka e Tokyo,em 1972 no Japão , com exitos como Highway, Strange kind of Woman, Smokeon the water, ou Spactruckin'.
Este duplo Lp, já me ofereceram uma Moto em troca, e não aceitei.
domingo, 15 de novembro de 2009
RECORDAÇÕES - Feira de Montargil
Idos dos montes, alguns bem longe, lá ia-mos nós a caminho da vila. Ás costas, o saco onde se levava os sapatos, as meias e o farrapo que serviria para limpar os pés descalços, à entrada da vila. Pelo caminho encontrávamos outras famílias. Exibíamos as nossas camisas de TV, enquanto as nossas mães faziam gala das suas saias de tirylene, com minúsculas pregas toda a volta. Por vezes passavam por nós algumas carroças, naturalmente dos mais abastados.
Pouco depois do Senhor das Almas, era a altura de calçar os sapatos, que acabariam por nos morder os calcanhares. No laranjal, era a feira do gado. Para que era do campo, o gado pouco nos dizia. Para nós, a feira era outra.
Ao chegar à primeira escola, ainda antes do largo, já havia feira; alumínios e diversas louças de barro. Mais uns metros, e heis que nos surge o mundo que esperávamos. Quinquilharias, muitos brinquedos e luzes. Muitas luzes, muito som. Dos carrinhos de choque, do carrocel e do circo. Sim !!! do circo. Esse mundo fantástico de onde vinha o som mais apelativo: " é entrar senhores, é entrar. Circo Cardinali, o maior espectáculo do mundo. Burros que falam, mulheres com barbas, homens capazes de engolir facas, e de comer montanhas de vidros, enquanto cospem fogo pelo nariz. Cães amestrados e serpentes capazes de engolir um homem. Duas parelhas de palhaços, duas."
Claro que nós íamos ao Circo. Mas enquanto não chegava a hora, andávamos atrás dos mais velhos. Era ve-los de marreta em punho a bater numa base de ferro, para ver quem elevava mais alto, um certo ponteiro. Cada marretada, 5 tostões. Havia também um carrinho de ferro, que impulsionado pela força do braço, deslizava por um carril, e rebentava uma bomba, lá em cima. Se não rebentava, significava falta de força, e era humilhação certa.
Depois vinham as barraquinhas dos "tirinhos", onde quais pistoleiros do far-west, se descarregavam tiros sobre umas fitinhas que nunca mais partiam, nem os maços de tabaco caiam. Quando os moços fartos de gastar dinheiro, se preparavam para desistir, logo a menina da barraca se encostava ao balcão, e exibia generosamente um decote que prometia tudo e não dava nada. Como a esperança é a ultima coisa que se perde, lá iam mais uns tirinhos.
A feira era também um local onde se encontravam as pessoas que andavam "lá pra baixo", e que só nesta altura vinham à terra.
Claro que ás vezes também havia umas rixas tocadas a vinho tinto e bagaço, algumas delas acabadas na minúscula prisão que havia por de traz da igreja, onde o cabo Matos os punha, para arejar as ideias.
Recordo-me também, que muitas mães e namoradas dos rapazes que andavam "lá fora", não iam à feira.
De volta a casa, já de madrugada, cansados mas felizes e empunhado o brinquedo que nos calhara, ia-mos sonhar com a próxima feira
Da feira da minha infância, sobram as actuais feiras de plástico, quais montras de vaidade, onde nos querem mostrar o que não há, e por vezes esconder o que está à vista de todos.
Mas isso deve ser o azedume provocado pela minha face nostálgica, a falar.
sábado, 14 de novembro de 2009
PERGUNTAS...PERTINENTES
- Porque é que se chama "Alcoólicos anónimos" se a primeira coisas que dizemos é " o meu nome é Zé, e sou alcoólico"?
-Porque é que a agua mineral corre pela montanha durante séculos, e tem "data de consumo"?
-Porque é que a torradeira tem sempre uma opção de temperatura que queima as torradas todas?.
-Porque é que os Kamikaze usam capacete?.
-Porque é que o incrível Hulk, quando se transforma, rebenta com a roupa toda, menos as cuecas?.
-Porque é que as pessoas quando perguntam as horas, apontam para o relógio, e quando perguntam onde é a casa de banho, não apontam para as "partes"?.
-Porque é que o Pateta anda sempre de pé, e o Pluto anda sempre de quatro? não são ambos cães?.
-Se o oleo de milho é feito de milho, o oleo vegetal é feito de vegetais e o oleo de figado de bacalhau, é feito de figado de bacalhau, o oleo de bébé, é feito de quê?.
-Porque é que quando te dizem que há triliões de estrelas no céu, tu acreditas, e quando te dizem que tens as cuecas mulhadas, tens de apalpar?.
-Será que os analfabetos sentem o mesmo efeito, ao comer sopa de letras?.
-Porque é que as agulhas para injeções letais dos condenados à morte, são esterelizadas?.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
ARY, 20 ANOS DEPOIS
Poeta castrado não! |
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QUADRAS...
estavas tu ao postigo.
Que linda cara era a tua,
O que pensei então, não digo.
Passaste no meu monte
nem para mim olhaste.
Bebeste água da minha fonte
mas de mim, não te lembraste.
Eu vi-te na Igreja,
tapaste o rosto com o véu.
Não mereço um olhar que seja,
apesar de seres o meu céu.
Passaste à minha vida
e partiste o meu coração.
Mal chegaste, foste embora,
espalhaste o meu amor no chão.
sábado, 7 de novembro de 2009
SOZINHO, CANÇADO, FARTO
CANSADO DAS RELAÇÕES A TEMPO INTEIRO,
FARTO DE INTRUSOS SEMPRE ATENTOS AO MEU
COMPORTAMENTO
A VIVÊNCIA SOCIAL ESTRUTURADA, É UMA TRATA. É MENTIRA QUE
ESPEREM QUE TE PORTES BEM. O QUE ESPERAM É SABER SE TE
PODEM USAR.
VOU FECHAR TODAS AS PORTAS, E NÃO DEIXAR ENTRAR NINGUÉM.
.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
LIBERDADE
domingo, 1 de novembro de 2009
ADEUS CAMPEÃO
sábado, 31 de outubro de 2009
O FORNO DE TIJOLO DO TELHEIRO
São maravilhosas lembranças, as que tenho da cerâmica do Telheiro, a que todos chamavam de forno.
Foi lá que observei o amassar do barro e a arte de lhe dar forma. Perdi horas a ver como eram feitos os buracos no tijolo, nos seus diversos tamanhos, e as estranhas formas das telhas, fosse lusa ou marselha.
Assisti ao enfornar e desenfornar, com o inferno da cosedura pelo meio.
Eu sabia tudo sobre o forno do Telheiro. Porquê…!?
Sempre que estávamos de férias escolares, lá ia eu e o Hermínio, que já era Cagadaia, a caminho do forno do Telheiro levar o almoço ao Ti Zé do Moinho e ao Tonho Damásio, pai e irmão do Hermínio, que eram trabalhadores do forno.
À hora do almoço, ficávamos junto dos operários a ouvir as suas histórias de vida, que nos pareciam fantásticas, próprias de pessoas que sabem muita coisa.
Era sempre muito agradável, pois o Sr. Adriano, que era o dono da cerâmica, autorizava que nós andasse-mos livremente por todo o lado, observando os operários nos seus diversos labores, e acompanhando a feitura dos materiais em todas as suas fases.
Mas melhor que tudo, era o facto do Sr. Adriano nos permitir mexer no barro e fazer bonecos e testos para as panelas, que punha-mos a secar junto com as telhas, e que depois as nossas mães aproveitavam.
Aproveitavam sim, porque os operários da cerâmica, mesmo quando não estávamos presentes, eles próprios carinhosamente, colocavam no forno por cima das telhas, os nossos artísticos artefactos, que igualmente retiravam ao desenfornar, e guardavam em lugar seguro, até que nós aparecesse-mos de novo.
Por vezes as coisas corriam mal e, naturalmente por defeito de fabrico, lá vinha um boneco sem pernas ou um testo sem carrapicho, que era como chamávamos ás pegas dos ditos. Nada de grave, já que podíamos sempre fazer mais.
Faltava-nos assistir a uma noite de cozedura. A cozedura era feita de noite, para aproveitar o “fresco”, já que era feita a altas temperaturas.
Finalmente fomos autorizados a assistir. Ficamos a uma distância segura, mas deu para ver bem.
A parte onde era alimentado o fogo das cozeduras, ficava a um nível bastante inferior à área de fabrico, e entre o fogo e o nível superior, ficavam criteriosamente dispostos, os tijolos e telhas a cozer.
Facilmente se compreendia que o acto da cozedura, devia ser terrível para os operários.
Colocados em fila entre a boca do forno e a montanha de mato, cada um com o seu forcado iam passando o mato uns aos outros, até ao fogo. O que estava mais próximo, era o que mais sofria. A táctica que usavam, faz-me lembrar hoje o que fazem os ciclistas, quando em contra relógio por equipas: O da frente puxa ao máximo, e sai da formatura para o ultimo lugar, dando lugar ao que estava atrás de si, num movimento sucessivo.
Mesmo à distância, nós sentíamos o calor intenso, e podíamos imaginar o que aqueles homens, sempre em movimento frenético, estavam a suportar.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
BÍBLICO
terça-feira, 27 de outubro de 2009
ONDE...
domingo, 25 de outubro de 2009
ISTO SIM, ERA EDUCAÇÂO!!!
sábado, 24 de outubro de 2009
JÁ PASSEI POR AÍ...
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
COLÉGIO MILITAR
terça-feira, 20 de outubro de 2009
SARAMAGO
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
DUPLA PERSONALIDADE ?
sábado, 17 de outubro de 2009
TROPEÇAR DE NOVO, NA MESMA PEDRA
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
É MELHOR IRES...
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
TODOS...
terça-feira, 13 de outubro de 2009
SOCIEDADE MACHISTA ? ONDE ?
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
HONRA AOS QUE DERAM A CARA
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
TERRAS DE PÃO, GENTE DE PAZ
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Ó MINHA TERRA, ONDE EU NASCI...
terça-feira, 6 de outubro de 2009
O MENINO DA LÁGRIMA
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
GRANDES ÍDOLOS
sábado, 3 de outubro de 2009
CINEMA
Todos os dias dou uma volta pelos cinemas cá do burgo, para tentar perceber o que os artistas pensam dos outros artistas. Não é difícil perceber que a maioria dos argumentos continuam a pautar-se pela parte baixa, o que leva a que os argumentistas não tenham interesse em assinar as respectivas obras.
De uma forma geral, os holofotes apontam como adagas, alvos estrategicamente escolhidos, não para promover o nosso filme, mas para lançar fumo sobre o filme do outro, de forma a confundir os espectadores, e leva-los a pensar que se calhar o filme não é grande coisa.
Para um homem simples como eu, próximo de dobrar o Bojador dos 60, estas cenas já me começam a fartar. Por vezes gostaria de ser um Bogart para correr os maus a soco, mas não tenho gabardine, não sou apreciador de whisky, e já deixei os cigarros, vai para 15 anos.
Cheguei a pensar que um dilúvio punha ordem nisto, mas como tenho a certeza que não arranjaria lugar na Arca, desisti da praga.
Se há quem deseje um Regresso ao passado, só pode ser porque Os Deuses devem estar loucos.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
CAMINHOS...
terça-feira, 29 de setembro de 2009
CUMEADAS, O TREINADOR
O Cumeadas era para muitos, o melhor treinador que passara pelo bairro. Claro que nem todos pensavam o mesmo. Aliás, nem outra coisa seria de esperar. Lá por sermos um clube pequeno, tínhamos direito ás mesmas polémicas e falatórios dos grandes clubes.
Os que gostavam dele, diziam que a equipa praticava um futebol bonito e eficaz, os que não gostavam diziam que com aquele futebol o clube não ia a lado nenhum.
Os que gostavam dele, diziam que a equipa estava bem orientada, obtinha bons resultados, tudo fazia para trazer gente ao estádio, e até conquistava títulos, apesar da federação não apoiar o Clube, e das péssimas arbitragens, sempre em prejuízo do Clube.
Os seus detractores, achavam que ele apenas conquistava títulos menores, não tinha conhecimentos técnicos para a modalidade, afastava os espectadores do estádio, mantinha-se sempre em litigio com a federação, e alguns até propuseram que se muda-se para outro campeonato.
Certo dia, talvez farto de tanta injustiça, talvez por perder a paciência ou simplesmente por cansaço, anunciou que ia abandonar a modalidade.
A maioria ficou preocupada. Conseguiria o Clube arranjar alguém capaz de substituir um treinador competente, conhecedor da modalidade, e que sempre merecera a sua confiança?.
Outros porem, logo manifestaram a sua satisfação pala saída dum técnico que consideravam incompetente, autoritário e que só escolhia jogadores para algumas posições, normalmente erradas.
Todas as moedas têm duas faces e por incrível que pareça, podemos estar todos a olhar para elas, e ver coisas diferentes.
Confesso que sou suspeito, porque gosto do treinador. É um direito que eu tenho, da mesma forma que não contesto o direito dos que não gostam dele. Claro que não vou dizer que ele nunca falha, que usa sempre a táctica certa, ou que o seu modelo de jogo é perfeito. Não há tácticas cem por cento vitoriosas, nem se pode ganhar sempre.
Mas sempre acreditei na sua competência, honestidade e amor ao Clube. Ganhou muitos jogos, engrandeceu o Clube, e tentou sempre manter todos os atletas.
Acredito que o Clube vai escolher outro grande treinador, e desejo ao que sai, a maior sorte do mundo. Até sempre Mister.
domingo, 27 de setembro de 2009
ELEIÇÕES
sábado, 26 de setembro de 2009
ESCOLHER...
A promessa de mudar de vida
Feita esperança traída
Tornou-se o nosso fado.
Se te resta esperança na alma
Aproveita essa tarde calma,
Mas pensa bem, tem cuidado.
Qualquer Domingo à tarde
Quando chove ou o sol arde
É bom para um novo resultado:
Escolher com razão
Entre quem distribui o pão
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
OS BEATLES, MAIS FAMOSOS QUE CRISTO
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
QUALQUER SEMELHANÇA, NÃO É CUINCIDÊNCIA
Foi á Escola, e foi bom aluno.
Filho de mãe solteira, depressa aprendeu a viver com esse estigma, e a fazer-se respeitar. Muitas vezes teve de usar a força, e exebia orgulhosamente o rosto marcado por nodoas negras e escoriações várias. Mas criou o seu espaço.
Cedo começou a ganhar o seu pão. Foi dificíl, mas teve sorte. Caiu numa casa de gente do bem, onde lhe moldaram a personalidade, e lhe transmitiram codigos de honra, regras de comportamento e exemplos de vida, que foram vitais para a sua formação emquanto homem e cidadão.
Combateu em Africa, em nome de uma ilusão que não era sua. Mas gostou daquela terra e daquela gente. Em terra de Pretos, fêz bons amigos de todas as cores, e conheceu muitos filhos da "outra". Eram todos Brancos.
Foi um jovem de sucesso entre as mulheres. Casou por amor, e nasceram-lhe três filhos, em função dos quais continua a defenir as suas prioridades.
Ramiro pensa que é boa gente, bom Pai e bom Marido. Não se embebeda e entra cedo em casa. Ás vezes, até ajuda no lar, e defende a teoria de que em casa quem manda é a Mulher.
Não tem medo dos outros nem das dificuldades da vida, mas teme pelo futuro dos seus e do seu povo.
Já enfrentou a morte sem temor, mas é capaz de chorar perante uma cena dramática, ou a emoção de um reencontro.
Bem vistas as coisas, Ramiro é um sentimentalão.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
O NOSSO CEREBRO, FAZ MARAVILHAS
De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea,
não ipomtra em qaul odrem as
lteras de uma plravaa etãso,
a unica csioa iprotmatne é que
a piremria e útmlia lteras etejasm
no lgaur crteo. O rseto pdoe ser
uma bçguana ttaol, que vcoê
anida pdoe ler sem pobrlmea.
itso é poqrue nós não lmeo
cdaa ltera isladoa, mas a plravaa
cmoo um tdoo.
Sohw de bloaa.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
DEBATE POLITICO
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
BUGALHÕES E FERROBISTAS
O Cainó teve conhecimento de que eu lhes queria contar um episódio histórico, e logo correu a convocar todos os amigos para o acompanharem.
Ao chegarem à barbearia, recebi-os com um sorriso aberto e bons conselhos: disse-lhes que a infância é uma idade maravilhosa e deve ser bem aproveitada. Perguntei-lhes se já conheciam a história dos bugalhões e ferropistas. Embora eles já tivessem ouvido falar dela, gostavam da maneira como as contava, pelo que responderam que nada sabiam.
Contei-lhes então que em tempos idos, parte da cidade era terra de bugalhões, e outra parte pertencia aos farrobistas. Cada uma das partes diferenciava-se pela forma de vestir e até pela alimentação. O que se comia num lado, não se comia no outro. De tal forma que qualquer forasteiro tinha que se limitar aos pratos da zona. Não encontrando nada que se cozinhasse no outro. Acontecia até que, sendo a câmara e as finanças num dos lados, os do outro lado não se atreviam a ir lá, pelo que tinham um intermediário, previamente aceite pelo outro lado, para tratar de todos os assuntos a realizar nessa área.
Quando, por engano ou atrevimento, alguém invadia a área contrária, era severamente castigado, e logo feito prisioneiro.
Após a devolução do prisioneiro, em campo neutro seguiam-se combates entre as facções. Fisgas, pedras e fundas, eram as armas utilizadas.
Quando se recuperava um prisioneiro, era logo rodeado pelos companheiros para saberem o que tinha visto do outro lado: coisas novas, obras e melhoramentos e também como se deixara apanhar.
Logo começava o combate com pedradas a torto e a direito, com vidros das janelas e candeeiros partidos. Havia sempre feridos a tratar no hospital. A batalha terminava com a chegada da guarda.
A história foi-se repetindo através dos tempos.
Certo dia, chegou aos terrenos dos farrobistas, um desconhecido que despertou a curiosidade e desconfiança nos naturais. O estranho perguntou pelo Sr. Sampedro antiquário, que era seu irmão. Encontrada a casa, entrou e lá se demorou muito tempo. O mesmo homem foi visto depois em terra de bugalhões, perguntando pelo Sr. Sampedro Alvanel, que era seu irmão. Encontrada a casa, por lá se demorou. O homem passou então a almoçar em terras de farrobistas, e a jantar e dormir em solo de bugalhões. Um dia, às portas de machede, subiu a um banco e falou às pessoas: disse-lhes que voltava à sua terra, vindo da América, e se admirava de ver a cidade dividida, e o povo da mesma raça a lutar pelos mais ridículos. De tal forma que tendo ele dois irmãos a viver em partes diferentes da cidade, estes não mantinham relações familiares, só para não romperem um pacto medieval.
Ora se na cidade viviam pretos e até amarelos, gente de outras cores e raças que eram respeitados pelas duas comunidades, porque não se estimavam a eles próprios, e mandavam às urtigas as rivalidades que só servem para alterar os bons costumes e desencadear ódios.
“Um país só evolui na unidade do seu povo” dizia o americano: acrescentando ainda: “para haver unidade tem de haver tolerância”. Numa das partes nascera o seu pai, na outra nascera a sua mãe, pelo que admirava ambos os bairros, e sentia cada um como seu. Propôs então que se encontrassem representantes dos dois bairros, para se fazer a paz.
De ambos os lados houve alguns protestos e ameaças, lembrando cada um dos lados, que ele estava comprometido com o outro lado.
Mas a semente da concórdia ficou lançada. Os combates terminaram, os raptos e provocações não aconteciam mais. Um bugalhão fugiu com uma farrobista, e foram casar a uma aldeia próxima. Um farrobista fugiu com uma bugalhoa, e foram casar à capela de uma quinta vizinha.
Nos jornais da cidade, o “americano” escrevia que já não havia bugalhões e farrobistas, mas um só povo e uma só língua, defendendo os mesmos interesses. E falou na vitória dos tolerantes e dos simples.
As bugalhoas casavam com farrobistas, as famílias uniram-se. Cresceu a fama da cidade. E aos poços, ano após ano, a terra purificou-se.
Às vezes é assim: uma frase inspirada vale um poema. De desavindos, passaram a ser irmãos uns dos outros. O “americano”, satisfeito por ter voltado à terra, pensou que já podia morrer descansado.
domingo, 20 de setembro de 2009
O COMBOIO FOI PRESO
sábado, 19 de setembro de 2009
NOS BRAÇOS DE MORPHEUS
O Largo da Igreja estava cheio de gente. Acho que era dia de procissão, e eu envergava uma túnica que parecia dar-me algum protagonismo. Eu ia lendo um manual de matemática cheio de expressões e exercícios vários, que claramente não entendia, mas que me permitia não olhar nos olhos daquela gente. Sem duvida que eu era ali um elemento estranho, fora daquele contexto.
De repente, a procissão começa a movimentar-se, e estranhamente toma várias ruas. Opto pela que vai a banda de musica. Inexplicavelmente quando entro nessa rua, ela está completamente vazia. Procuro voltar à procissão, mas não a encontro, e a rua está cheia de lama, o que me dificulta os movimentos. Encontro-me noutra rua, mas está em obras, com grandes valas abertas, e carros velhos atolados por todo o lado. Não entendo nada e começo a entrarem pânico, e nada sei da procissão. De repente encontro-me num largo com arvores e vegetação diversa. A meu lado, uma senhora de meia idade, diz-me que vai ali nascer uma grande obra. Se me disse qual, não me lembro.
Começa a ficar muito escuro. Vai haver tempestade e começa a chover torrencialmente. Noto que tenho um fato de oleado, e procuro vesti-lo. O vento sopra terrivelmente; consigo enfiar um braço, mas o vento impede-me de chegar à outra manga. Estou Sozinho, encharcado e assustado. Continuo sem entender nada à minha volta. Está escuro; muito escuro, e eu tenho medo.
Ouço uma vós que me chama. Estranhamente, parece-me que já ouvi aquela vós noutro lado. Pega-me na mão e arrasta-me para qualquer lado. É uma mulher, mas não consigo ver-lhe o rosto. Encontramo-nos numa espécie de abrigo. Não percebo nada, mas começo a tranquilizar-me. Há luz no local, mas não consigo perceber donde vem. Velas? Um archote? Acho que é uma lareira. A luz permite-me ver o seu corpo, mas não o seu rosto. Ela começa a tirar a minha roupa molhada, talvez para enxugar na lareira que agora vejo nitidamente. De repente noto que ela também está nua. Abraça-me, acaricia-me e beija-me longamente. Parece-me reconhecer aquele beijo, mas continuo sem lhe ver o rosto. Já não tenho medo, e não entendo porque acho que sei quem é. Resolvo entregar-me sem pensar em mais nada. De repente fico com a sensação de que já estivera naquele local e vivera aquele momento. Esta espécie de déjà vu, provoca-me um despertar quase violento.
Sinto o abraço da minha companheira, que me pergunta se tive um pesadelo. Digo-lhe que está tudo bem, e ela volta a adormecer.
É incrível como nos podemos sentir culpados de algo que não aconteceu.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
PENSO EU DE QUE...
Sempre fui de reagir por impulso, e muitas vezes me arrependi depois. Claro que as primeiras reacções, são sempre as mais autenticas, mas raramente são valorizadas como tal.
Hoje é um dos dias em que me sinto particularmente chateado. Tudo porque me envolvi em discussões que não queria ter, mas o tal impulso, foi mais forte do que eu.
Sempre defendi a livre opinião, e a manifestação pública da mesma. Entendo aliás, que o exercício da cidadania, passa pela intervenção dos cidadãos na vida pública, quer a nível politico, desportivo, social ou de qualquer outra índole.
A intervenção critica do cidadão é particularmente importante, quando se destina a denunciar situações de claro prejuízo para a comunidade.
Julgo no entanto que a critica deve ser sempre devidamente fundamentada, e obedecer a critérios que permitam a defesa dos atingidos. Penso também que deve ter em conta que criticáveis não são as instituições, mas as pessoas que as dirigem. Não separar as aguas, pode levar a situações injustas, e naturalmente a reacções de protesto.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
DESABAFOS
Mas por vezes sinto uma enorme necessidade de falar de mim a mim próprio, mas para me ouvir, pareço precisar que os outros me ouçam também.
Das viagens que faço ao fundo de mim mesmo, regresso normalmente com um profundo sentimento nostálgico, saudoso, e por vezes frustrado, de que passei ao lado de coisas boas, mas que não aconteceram por imaturidade, inexperiência, e uma profunda ingenuidade que ainda hoje me acompanha.
Não pretendo fazer um auto retrato psicológico, mas por vezes acho que as minhas divagações poéticas, mais não são que a procura de esconder a minha incapacidade para agarrar as coisas que eu queria, e cujos fracassos disfarço com poses determinadas palas reacções de auto defesa do meu subconsciente.
A criação de um núcleo familiar é demasiado exigente, e não se compadece com o que não aconteceu. Deve ser por isso que as viagens ao passado, acabam por ser abafadas e as confidências que nos preparávamos para fazer, acabam abruptamente.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
FLEXIGURANÇA EM DIA DE GREVE
que a alguns faz sorrir
enche-nos de confiança
já não há despedimento
pois a moda do momento
é a flexigurança.
O governo faz previsões
o Zé deixa de contar tostões
a situação está controlada
que se lixem as carreiras
estas politicas porreiras
mandam às malvas a taxa verificada
Isto de não poder comprar
é desculpa de quem não quer pagar
o beneficio da recuperação
sem arrogância nem prepotência
o governo explica com ciência
como o Zé não tem razão
Isto dos direitos sociais
mais essas tretas sindicais
é que dão a trabalheira da negociação
a precariedade laboral
não tem nada de mal
e a polivalência é uma invenção
O regime das aposentações
está cheio de boas intenções
a malta é menos penalizada
reduz-se o tempo de serviço
uma fatia leva sumiço
e a outra é quase nada.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
BAIXAR AS CALÇAS
Um Tribunal de Lisboa, deu razão aos McCann, e proibiu a venda do livro de Gonçalo Amaral, ex Inspector da PJ, onde defende a teoria de que foram os pais, os principais responsáveis pelo desaparecimento da pequena Madie.
Publicaram-se milhentas teorias sobre quem matou o Presidente Kennedy. Ainda hoje não se tem a certeza de quem matou Rasputin, e sobre isso se escreveram várias hipóteses. Não há noticias de qualquer censura sobre tais escritos. Mas neste jardim à beira mar plantado, não se pode incriminar dois cidadãos do reino de Sua Magestade, mesmo sendo por um policia esperiente, e que acompanhou o caso, até que um abaixamento de calças, correu com ele, do caso primeiro, e da Policia depois.
Esta politica de servilismo externo do nosso País, não só humilhou a nossa policia, deixou mal o nosso Povo, como agora corrompe a nossa justiça.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
INKULTO
Um reportório bem escolhido, (da minha geração, ou próximo dela) e a sair com boa fluência, fez-me dar ao pé, algo que não é fácil de acontecer.
Por isso, obrigado rapazes.
"FIO MARAVILHA"
Sávi maravilha, faz mais um prá gente vê!!
Correu, driblou três zagueiros
deu um toque que driblou o goleiro
só não entrou com bola e tudo
porque teve humildade em gol.
(gamado no anti-tripa)