quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

FELIZ ANO NOVO



Depois do por do sol do dia 31 de Dezembro, estaremos ao comando de um ano novinho em folha, onde certamente enfrentaremos tempestades, situações que nos deixarão de cabeça à roda ou de cabeça para baixo, onde não saberemos para que lado correr, ou simplesmente as coisas não vão funcionar!!!
Não desista, tenha fé e acredite sempre. Há uma luz ao fundo do túnel, um pote de ouro no fim do arco-íris, e que o arco-íris pode estar em qualquer lado, mesmo que discretamente.
Em 2010 reúna os amigos para uma cervejinha, uma pescaria ou qualquer coisa que você ache interessante ou não, mas reúna os amigos.
Viaje para casa, viaje para longe; Bem longe!!!
Seja organizado da forma que você ache melhor. Trabalhe duro, trabalhe "pesado", mas arranje tempo para se divertir, espalhar alguma confusão e curtir o sol,a lua,o mar e o céu.
Enfim, que em 2010 tenha paz, saúde, amor e trabalho...o resto é consequência.

(Recebido por e-mail)

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

domingo, 27 de dezembro de 2009

CARTA ABERTA AO PAI NATAL


"Cada qual a seu canto
em cada canto um dor
depois da banda passar
cantando coisas de amor"

Querido Pai Natal, para ser honesto devo dizer que nunca me convenceste, mas como usas o fato -treino do Benfica, e dizem que és amigo do Jesus, pensei que afinal poderias fazer milagres.
Foi por isso que te escrevi. Não me respondeste, nem fizeste nada do que te pedi.

-Pedi-te um lar para cada criança abandonada.
-Um cantinho para cada sem abrigo.
-Um lugar no hospital para cada doente.
-Uma casa para cada jovem casal que queira formar família.
-Um posto de trabalho para cada homem ou mulher que queira trabalhar.
-Liberdade para os inocentes.
-Castigo para os culpados.
-O fim dos recibos verdes, que matam os sonhos dos nossos jovens.

Passei a noite à tua espera e tu não vieste nem mandaste recado.
Bem sei que a Lapónia é longe deste ponto do Ocidente Europeu, a que os optimistas chamam "jardim à beira mar plantado", mas outros chamam "cú do mundo". Compreendo que o trenó tenha problemas e o Rodolfo esteja cansado, bem sei que o aeroporto ainda não está pronto e o TGV ainda não funciona, mas caramba!! onde está a tua magia??? Ou será que simplesmente não gostas de mim?.
Caramba, Pai Natal!!! Que desilusão...

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL

Olhando olhos nos olhos, jamais ignorando os sentimentos dos outros, bem como os seus sonhos, desejo aos amigos que por aqui passam, por poucos que sejam, um FELIZ NATAL., cheio de amor e felicidade.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

SAUDADE

Um dia a maioria de nós separar-se-à. Sentiremos saudades de todas as conversas deitadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, das angustias, das vésperas de fim de semana, dos finais de ano, enfim...do companheirismo vivido.

Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe, nos e-mails trocados...
Podemos telefonar, conversar algumas banalidades. Passarão dias, meses, anos...até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo.

Um dia os nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas?
Diremos que eram nossos amigos. E isso vai doer tanto...
A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar-nos vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto...reunir-nos-emos para um ultimo adeus amigo.
Entre lágrimas nos abraçamos. Faremos promessas de nos encontrar-mos mais vezes daí em diante.

Por fim, cada um vai para seu lado, para enfrentar a vida isolada do passado.
...e perder-nos-emos no tempo mais uma vez.

(recebido por e-mail)


"Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas morreria se tivessem morrido tos os meus amigos."
(Vinicius de Morais)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

HULK

Os apreciadores de banda desenhada, nomeadamente a de Jack Kirby e Stan Lee, lembram-se bem do terrível, enorme, super musculado e verdoso Hulk, que sempre que se zangava, rebentava toda a roupa, menos as cuecas.
Pois bem, afinal Hulk não é assim tão grande; no bolso de David Luiz, ainda sobrou espaço para um falcão.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Á GLORIOSA FÉNIX

Seremos tantos quantos Deus mande

E que a plebe se conforme

Sei que tendes casa grande

Mas a nossa, é enorme

-

Vêm dragões, leões e lobos

E outros animais de igual grandeza

Contra tudo e contra todos

Eis a águia, na sua nobreza

-

Sem guerra, mas em paz

Sem perder o espírito de conquista

Se há coisa que me satisfaz

É um abraço Benfiquista

-

Ditosa Pátria que tais filhos tem

E que tanto nos glorifica

E que no seu seio contém

O glorioso Sport Lisboa e BENFICA

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

INQUÉRITO

Curioso inquérito feito pela Reader's Digest, num universo de 10.500 assinantes em Portugal:

- Mais de 9 em cada 10 Portugueses, confiam nos Bombeiros, nos Pilotos dos Aviões e nos Farmacêuticos.

- Enfermeiros e Médicos, merecem quase a mesma confiança do valor anterior.

- 83% confiam nos Agricultores.

- 81%, confiam nos Professores.

- 64%, confiam nos Policias.

- 62%, confiam nos Meteorologistas.

- 50%, confiam nos Padres.

- 43%, confiam nos Taxistas.

- 36%, confiam nos jornalistas.

- 24%, confiam nos Advogados.

- 17%, confiam nos Lideres Sindicais.

- 15%, confiam nos jogadores de futebol.

- 13%, confiam nos Juízes.

- Apenas 1 em cada 100, confia nos Políticos.

- As marcas Portuguesas mais confiantes, são a TMN, a GALP, a DELTA, a CGD e a RTP1.


Muitas são as ilações que se podem tirar destes números. Vou optar por duas:
Apenas 13%, confiam nos Juízes?. É grave. Quando as pessoas não confiam na justiça, é meio caminho andado para a tentação de fazer justiça pelas próprias mãos.

83%, confiam nos agricultores??? Fantástico!!! E eu que pensava que já não havia agricultura.É bom estar enganado...

domingo, 13 de dezembro de 2009

DESMOND TUTU

Sempre tive uma enorme admiração por este humanista, Nobel da Paz, que se notabilizou na luta contra o aparthed na África do Sul. Pois o Arcebispo Tutu, que tem andado um pouco desaparecido, apareceu agora em Copenhaga, ao lado dos ambientalistas, e ao que parece, em grande forma, apesar dos seus quase oitenta anos.
Do seu discurso, retive algumas palavras: "Se nada for feito, choro por estes jovens bonitos e cheios de vida, pois não terão futuro."
E uma tirada sensacional: "Se os ricos acham que não vão ser atingidos... ah, ah, ah, ah, ah, ah."
De facto, parece haver quem pense que a desgraça só vai bater à porta dos outros, e que a sua casa está protegida. Para esses, comungo da mesma gargalhada de Desmond Tutu: ah, ah, ah, ah, ah, ah.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

NOBEL

A primeira vez que ouvi falar em Nobel, tratava-se de uma marca de pólvora para armas de fogo. Armas que eram usadas na guerra desigual que o ser humano travava e trava, contra outros animais, a que chamam caça, muitas vezes como forma de prazer mórbido, a que chamam lúdico, e não por necessidade.
Hoje mesmo, o presidente de um país em guerra fora das suas fronteiras, recebeu um Nobel, dito da paz. Não sei se este Nobel também é pólvora, nem se tem o mesmo efeito da pólvora que eu conhecia, mas esta associação, parece-me perfeitamente legitima.

GUERRA DE CAPOEIRA

Todos nós temos histórias incríveis para contar. O problema é encontrar quem as ache interessantes, e esteja disposto a ouvi-las.

Não deixa de ser curioso, que só depois de, como costumo dizer, dobrar o Bojador dos 50, é que nos vem a vontade de recordar.

Há ainda outra suma curiosidade: Podemos não nos lembrar do almoço do dia anterior, mas lembramo-nos de coisas passadas à “séculos”, mesmo quando estiveram esquecidas durante décadas.

Hoje vou contar uma pequena história que à época do seu acontecimento, me pareceu tremendamente humilhante, a tal ponto que a escondi muito tempo.

Acho que foi no ano em que entrei para a escola. Frequentemente eu ia de minha casa para a casa da minha avó. Pois na capoeira dos meus avós, havia um diabo à solta que infernizava as minhas chegadas perto do seu harém. Exactamente um pequeno Cócó, que para quem não sabe é um galo minúsculo, mas com a mania de que o Mundo lhe pertence. Pois bem, este Cócó, era ainda pior, e resolveu que eu era “persona non grata” no seu território. Assim que me avistava, corria para mim com a clara intenção de me engolir. Na verdade, ganhei-lhe tal medo, que sempre que chegava ao cabeço, gritava pela minha avó, que logo punha o galarispo em respeito.

Só que um dia, e há sempre um dia, entendi que era vergonhoso ter medo de um animal 50 vezes mais pequeno que eu. Tomei-me de brios e decidi: Hoje não chamo ninguém, nem vou ter medo do maldito mini-galarô, e se for preciso, até lhe dou umas arrochadas.

Preparei-me para enfrentar o monstro, enquanto tentava convencer-me a mim mesmo de que não tinha medo. Avancei corajosamente encosta abaixo ao encontro do perigo, não sem antes me armar com um ramalho de pinho, para o que desse e viesse.

Assim que me viu, o perigoso predador avançou para mim, e eu senti imediatamente a minha coragem a dar de frosques, deixando-me sozinho diante da fera.

O meu medo, mais a minha força, levaram-me a descarregar sobre o inimigo, o ramalho de pinho que trazia. Por sorte ou azar, o meu ataque foi fulminante. Atingido em cheio, o pobre do galarispo caiu para o lado sem mais se levantar. Era a minha glória. Vencera o inimigo e provara a que duvidasse, que não era um qualquer pelintra de penas, que me metia medo.

Apercebendo-se do barulho, a minha avó correu para o local, e ao aperceber-se da morte do seu rei da capoeira, e naturalmente de que era o seu assassino, amandou-me com duas chapadas que até fiquei de lado.

Lá se foi toda a minha glória, caída em desgraça ás mãos calejadas da minha avó. Afinal ser um herói não era assim tão glorificante. Ganhar uma guerra, ás vezes tem custos que é melhor esquecer.

Como forma de vingança, nunca mais gostei de Cócós.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

LEMBRANÇAS

Lembro-me de ti,

dos teus beijos,

carícias,

entrega.

Do que não soube dar-te

Do que não soubeste aceitar

Esperar.

resistir,

não conseguiste.

Não soube ser capaz de saber.

Não soubeste ser capaz de sentir.

Erramos nas contas

do nosso próprio amor

…e ficamos de fora.

domingo, 6 de dezembro de 2009

PROJECTO LIMPAR PORTUGAL

"Vivemos num país repleto de belas paisagens mas, infelizmente, todos os dias as vemos invadidas por lixo que aí é ilegalmente depositado.

Partindo do relato de um projecto desenvolvido na Estónia em 2008, um grupo de amigos decidiu colocar “Mãos à Obra” e propor “Vamos limpar a floresta portuguesa num só dia”. Em poucos dias estava em marcha um movimento cívico que conta já com cerca de mais de 17000 voluntários registados.

Neste momento já muitas pessoas acreditam que é possível. O objectivo é juntar o maior número de voluntários e parceiros, para que todos juntos possamos, no dia 20 de Março de 2010, fazer algo de essencial por nós, por Portugal, pelo planeta, e pelo futuro dos nossos filhos.

Muito ainda há a fazer, pelo que toda a ajuda é bem vinda!

Quem quiser ajudar como voluntário só tem que consultar o sítio do projecto na internet, www.limparportugal.org, onde tem toda a informação de como o fazer.
O projecto Limpar Portugal também está aberto a parcerias com instituições e empresas, públicas e/ou privadas, que, através da cedência de meios (humanos e/ou materiais à excepção de dinheiro) estejam interessadas em dar o seu apoio ao movimento.

No dia 20 de Março de 2010, por um dia, vamos fazer parte da solução deixando de ser parte do problema.

Limpar Portugal? Nós vamos fazê-lo! E tu? Vais ficar em casa?"


www.limparportugal.org

JAM

ENTRAR NA TUA VIDA

Deixa-me passar à tua rua

E espreitar pela janela

De onde tu olhas a lua

Que desenhas numa tela.

Deixa-me ir ao teu jardim

Colher uma rosa em botão

Ou uma flor de jasmim

Para usar no coração.

Abre-me a porta do teu quintal

Para colher um ramo de poejo

E não me leves a mal

Por matar este desejo.

Abre-me a porta da tua vida

E entrarei com alegria,

Tu dás-me a esperança perdida,

E eu dou-te a minha poesia.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

OS MEUS AMORES

A Rosária era a menina mais bonita daqueles montes, e eu cada vez gostava mais dela, apesar dela não dar por isso. Já não direi o mesmo do "farrusco", um enorme rafeiro que sempre a acompanhava e se mantinha atento a tudo o que envolvia a dona, e que sabe-se lá porquê, nunca gostou de mim.
Todos os dias esperava por ela no caminho da Escola. Quando a via chegar, a minha alegria só era ensombrada pela presença do Galambas, que também gostava dela, que eu bem sabia, e tinha vantagem de ser vizinho dela, estando por isso mais tempo junto dela.
Claro que eu ía logo colocar-me ao lado dela. De um dos lados, porque do outro já estava o Galambas.
Do Porto de Burro até à Farinha Branca, toda a gaiatada brincava e saltava, menos eu e o Galambas, numa marcação surda mas cerrada.
Mas as coisas pareciam correr melhor para o meu lado.Por aquela altura, as nossas mães trabalhavam juntas nos arrozais que se estendiam desde a Barba de Alho e Terra Preta, até ao Carvalhoso, e nós passávamos por lá muito tempo juntos.
Um dia fomos ver a roda gigante movida a água, do moinho do Piança. Era aquela roda que fazia mover as mós da azenha, e aquilo parecia-nos algo de extraordinário, capaz de nos fazer soltar a imaginação, e imaginar coisas fantásticas a partir daquela roda enorme.
Sentados bem juntinhos, contemplamos aquela maravilha durante algum tempo. Depois consegui que ela me acompanhasse até debaixo da ponte ao fundo das Abertas. Nunca tínhamos estado tão juntos e tão sós. Disse-lhe que gostava dela e ela sorriu. Acariciei-lhe o rosto e ela deixou. Tentei algo mais. Talvez um beijo. E teria conseguido não fora o "farrusco" começar a ameaçar-me, rosnando e mostrando uns dentes que eu não estava interessado em conhecer. Aquele era um adversário bem mais temível que o Galambas.
Marcamos novo encontro para outro dia, do qual fiquei ansiosamente à espera.
O dia marcado, foi fatídico para este amor.
Quando cheguei, ela já lá estava. A seu lado o Galambas dividia com ela os pinhões que trouxera. Junto de ambos, o "farrusco" dormia tranquilamente.
Maldito cão. Era ele o culpado do meu fracasso.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

SOLIDARIEDADE

À porta das grandes superfícies ou dos pequenos mini-mercados, lá estão as Senhoras do Banco Alimentar a apelar à solidariedade dos que vão entrando para fazer as suas compras habituais ou natalícias.
Tempos houve que estas dádivas se destinavam a ajudar uma pobreza que advinha da velhice, da doença ou do abandono. Hoje a situação é mais dramática. Muita gente saudável e em plena idade activa, cai na pobreza extrema, apenas porque lhes é retirada a possibilidade de ganhar pelo seu trabalho, a justiça do seu pão.
Claro que todos estamos obrigados ao dever da solidariedade, tanto mais que não sabemos se chegará a nossa vez de precisar dela, mas um saco de plástico com arroz, massa, açúcar ou feijão, não pode aliviar a nossa consciência.
Há outras lutas a travar, ou o abismo é já ali...

domingo, 29 de novembro de 2009

Dêem a voz aos alunos, se faz favor.

Há quem diga por aí que já não se aprende a escrever ideias nas escolas.

Um erro grave. O texto abaixo mostra que as ideias não precisam da escrita para nada.


Redacção de um Aluno:

Eu axo q os alunos n devem d xumbar qd n vam á escola. Pq o aluno tb tem direitos e se n vai á escola latrá os seus motivos pq isto tb é perciso
ver q á razões qd um aluno não vai á escola. primeiros a peçoa n se sente
motivada pq axa q a escola e a iducação estam uma beca sobre alurizadas.

Valáver, o q é q intereça a um bacano se o quelima de trásosmontes é munto montanhoso? ou se a ecuação é exdruxula ou alcalina? ou cuantas estrofes tem um cuadrado? ou se um angulo é paleolitico ou espongiforme? Hã?

E ópois os setores ainda xutam preguntas parvas tipo cuantos cantos tem 'os lesiades', q é um livro xato e q n foi escrevido c/ palavras normais mas q no aspequeto é como outro qq e só pode ter 4 cantos comós outros, daaaah.

Ás veses o pipol ainda tenta tar cos abanos em on, mas os bitaites dos
profes até dam gomitos e a malta re-sentesse, outro dia um arrotou q os jovens n tem abitos de leitura e q a malta n sabemos ler nem escrever e a sorte do gimbras foi q ele h-xoce bué da rapido e só o 'garra de lin-chao' é q conceguiu assertar lhe com um sapato. Atão agora aviamos de ler tudo qt é livro desde o Camóes até á idade média e por aí fora, qués ver???

O pipol tem é q aprender cenas q intressam como na minha escola q á um
curço de otelaria e a malta aprendemos a faser lã pereias e ovos mois e piças de xicolate q são assim tipo as pecialidades da rejião e ópois pudemos ganhar um gravetame do camandro. Ah poizé. tarei a inzajerar?

retirado sem ninguém saber em www.montargilforum.com

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

TRASTES, TARECOS E TRALHAS

Cada um é como cada qual. Nada de mais acertado e evidente.

Há até quem seja conservador por vício e liberal por consciência cívica.

Falamos de trastes, tarecos, tralhas, monos e bugigangas que só estorvam mas teimamos em preservar e acrescentar numa cruzada pela contemplação de um espólio de inutilidades que nos reconduz a pessoas, episódios, lugares e circunstâncias por que todas as vidas passam.

É quando mudamos de casa e temos de remexer na memória à vista dessas relíquias adormecidas nos sótãos e caves dos nossos quotidianos que a gente se dá conta do passado que nos persegue numa rota de ziguezagues entre sonhos e pesadelos.

Eu, que guardo o cesto da costura, o ferro de engomar enferrujado, o cachené desbotado e o relógio de parede minado pelo bicho-carpinteiro que eram da minha avó Rosa; o púcaro de lata amolgado, o penico de barro, a manta lobeira e as cabacinhas do catre da minha avó Maria; os cinchos, os funis, as formas das filhós e os espevitadores do fogareiro a petróleo da minha mãe; a foice, a gadanha, a moeira, a forquilha, e a navalha de barba do meu pai; as aivecas, os chocalhos, os guizos e a arrilhada do meu avô António; os barbilhos, os cabrestos, a sovela, e o fio barbante do meu avô Manel; a ardósia, a caneta de molhar e o caderno de duas linhas da minha iniciação escolar; as andas, o estoque, a fisga, a cegarrega e o pião das minhas brincadeiras; bem percebo – oh se entendo – o laureado arquitecto Siza Vieira quando, entrevistado, deixou escapar: “mudar de casa é uma das coisas terríficas da existência. Vamos acumulando coisas, a maior parte das quais não serve para nada. É muito difícil na hora de mudar, que é a oportunidade de dispensar todas as inúteis, a gente desprender-se. Há coisas que tenho no armazém do escritório que não me interessa nada ter. Mas não consigo dar nem deitar fora. Há um agarramento grande. Há uma longa história que é difícil abandonar. È muito doloroso.”

Li, sublinhei e vi-me ao espelho nas lentes dos óculos do assisado arquitecto barbudo.


Um original do Escritor e Poeta Montargilense PRATES MIGUEL , retirado com a devida venia, em www.montargilforum.com/

UM POUCO DE HUMOR..

Um muçulmano durante o período do Ramadão senta-se junto a um alentejano no voo Lisboa - Funchal.

Quando o avião descola começam a servir as bebidas aos passageiros.
O alentejano pede um tinto de Borba.

A hospedeira pergunta ao muçulmano se quer beber alguma coisa.

Responde o muçulmano com ar ofendido:

'Prefiro ser raptado e violado selvaticamente por uma dezena de galdérias da Babilónia antes que uma gota de álcool toque os meus lábios'.

O alentejano engasgando-se, devolve o copo de tinto à hospedeira e diz:

'Eu também, eu também. Não sabia que se podia escolher!!!



terça-feira, 24 de novembro de 2009

ZÁS, TRÁS, PÁS

Os meninos de hoje, vencem facilmente os monstros da Playstation, e dominam os jogos de computador, mas não fazem ideia do que é defrontar “inimigos” a sério, daqueles que têm ideias próprias, e não obedecem a nenhum programa.

Nos idos de 60, entre o fim da Farinha Branca e o principio das Abertas, ou vice versa, no vale do Porto de Burro, situava-se um descampado que assistiu a terríveis combates, lutas renhidas, onde por vezes nem faltava sangue, suor e lágrimas.

Chegados da Escola, e com um bocado de pão e queijo na mão, era velos a caminho do campo de batalha, onde os esperavam novas aventuras, e quiçá, se a sorte estiver do seu lado, novas vitórias.

Jogar ás escondidas ou mesmo jogar à bola, eram jogos interessantes, mas não o suficiente para acalmar aqueles espíritos guerreiros, e aquela vontade de vencer a sério.

Se na Escola éramos obrigados a decorar as vitoriosas aventuras de D. Afonso Henriques e D. Nuno Alvares Pereira, porque não ter as nossas próprias batalhas?.

Não demoravam muito a formação de dois exércitos, exibindo ameaçadoramente artísticas espadas de ripas de madeira roubadas das capoeiras, coelheiras, ou mesmo dos portões das hortas.

Com os exércitos rigorosamente alinhados um diante do outro, iniciava-se o combate: Zás, trás, pás prá qui, zás, trás, pás prá li, tudo com um cuidado inicial por forma a que ninguém se magoasse. Mas não durava muito aquela disciplina de combate. Uma manobra defensiva menos cuidada, e uma espada que atingia a mão. Aquilo doía e ás vezes até fazia sangue. Era o fim do ataque organizado e o principio de pontapés, lambadas e ás vezes até pedradas. Estava instalada a confusão generalizada, e cada um aviava-se como podia.

O anoitecer trazia o som do gong, e o fim dos combates:

- Óh Maneeeeeeel…!!! óh Ameeeeerico…!!! óh Aniiiiibal…!!!!

- Já vou nha maããããe!!!!!

Era a hora de compor a armadura, disfarçar os sinais da luta, por forma a evitar chatice em casa, e fugir as uns humilhantes açoites, o que raramente era conseguido.

Claro que tudo isso era feito entre juras de vingança e marcação de novos combates para o dia seguinte.

Como nobres cavaleiros que éramos, acabávamos por não guardar ressentimentos nem rancores, e no dia seguinte continuávamos amigos, até que novos combates acontecessem.

domingo, 22 de novembro de 2009

PARA LANETY...


O ontem é história

O amanhã é mistério

O hoje é uma dádiva

É por isso que se chama presente.
Acredito que esta vida é especial. Viva e saboreie cada momento. Não permitam que só demasiado tarde compreenda isso.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

OLHA OUTRO...

Como qualquer pescador que se preze, também fui fazer a abertura da pesca ao achegã.

Muito cedo, eu e o meu companheiro de pescaria, o Rodas, iniciamos o nosso calvário. Devo confessar que sou um péssimo pescador. Mas o Rodas não é melhor. Só que tem uma sorte que até faz nervos. Normalmente, ele malha-me, mas o pior, como se isso não bastasse, é que ele faz questão de, no nosso grupo de amigos, continuar a moer-me a cabeça. Ás vezes já nem posso ouvi-lo.

Mas desta vez, tinha a secreta esperança de mudar o rumo da história.

O Rodas, de mochila ás costas, nunca está parado. Eu sou um pouca mais estático. Começamos a pescar perto um do outro, mas logo ele se afastou. Costuma dizer que não gosta de mostrar a sua técnica.

Não demorou muito tempo. Eu nada, e ele a gritar:

---Olha um!!!

Mau!! Pensei eu. E de novo o Rodas:

---Olha outro!!

E eu, zero. Ele de novo:

---Épá, este é “mum” grande!!

Comecei a ficar chateado.

---Olha outro… e outro---

Fiquei farto e fui ter com ele. Ao menos um apanhava peixe.

Quando cheguei junto dele, não vi nada de peixe. Achei estranho.

---Atão o peixe, Rodas?

---Epá, isto da lua nova é lixada. Ainda não tirei nenhum.

---Mau!!! Atão e essa gritaria toda? Olha este olha aquele, e + o outro…

---Ópá! Eu estava era a contar os que deixava fugir.

Do mal, o menos. Não trouxemos peixe, mas desta vez não vou ter que aturar o Rodas.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

RETÓRICA APELATIVA

O sonho da heroicidade,

Aparece em qualquer idade.

A civilização ameaçada,

Só preocupa à nossa porta.

Mas se ela já nasceu torta,

Porquê ser “alembrada”?

A indiferença como legado,

A ideia de que é melhor ficar calado,

A dúvida e a desconfiança.

Não tenho culpa. Não estava presente.

Mas quem cala, não consente?.

Não quero isso na minha “alembrança”.

Toda esta “alembradura”

Parece ser doença sem cura.

A linguagem que invento,

Fala de danos colaterais,

Pretensões intelectuais,

Que se vão a cada “alembramento”.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Aquelas rolinhas que eu nem sei o nome...

...mas ao que parece, os caçadores querem autorização para começar a matar.

Hoje levantei-me um pouco tarde. Fui à pressa comprar o jornal, e quando cheguei a casa, tentei estacionar no único lugar livre, à sombra da bela acácia que encima a minha rua. O problema, eram as duas rolinhas que indiferentes à minha intenção, ocupavam o lugar, debicando grãozinhos de qualquer coisa. Buzinei, e nada... pela janela berrei...Héééé...txta.... e lá foram para debaixo dos outros carros.
Como é possível alguém querer matar desportivamente estas aves, que não vêm no ser humano um inimigo, e até buscam a sua companhia? Que raio de raça é a nossa, que até pretende matar os pequenos milagres que a natureza ainda oferece?.
Espero que as autoridades deste país, não vão na conversa dessa susma maluca, disposta a disparar sobre tudo o que mexe, nem que seja um deles.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

QUEM SE LEMBRA?

A propósito de um artigo que estive a consultar sobre o festival Woodstok, resolvi ir à procura dos meus Vinis da época.

A 1º conclusão, é que não sei de metade, mas do que resta, gostaria de saber quem se lembra:
.
George Harrison (my sweet lord)
Johnny Rivers (i'll feel a whole lot better)
Rare Bird (sympathy)
The Tremeloes (hello buddy/ my woman)
Simon and Garfunkel (cecilia)
Elton John (Don't let the sun)
Joe Cocker (Pardon me sir)
Gilbert O'Sullivan (happyness is me and you)
The Moondi Blues (Question)

...e a minha joia da coroa:

DEEP PURPLE

Duplo LP, gravado em Osaka e Tokyo,em 1972 no Japão , com exitos como Highway, Strange kind of Woman, Smokeon the water, ou Spactruckin'.

Este duplo Lp, já me ofereceram uma Moto em troca, e não aceitei.

domingo, 15 de novembro de 2009

RECORDAÇÕES - Feira de Montargil

A feira do meu tempo de menino, faz parte das minhas lembranças mais longínquas. Tão longínquas que se confundem com o meu imaginário.
Idos dos montes, alguns bem longe, lá ia-mos nós a caminho da vila. Ás costas, o saco onde se levava os sapatos, as meias e o farrapo que serviria para limpar os pés descalços, à entrada da vila. Pelo caminho encontrávamos outras famílias. Exibíamos as nossas camisas de TV, enquanto as nossas mães faziam gala das suas saias de tirylene, com minúsculas pregas toda a volta. Por vezes passavam por nós algumas carroças, naturalmente dos mais abastados.

Pouco depois do Senhor das Almas, era a altura de calçar os sapatos, que acabariam por nos morder os calcanhares. No laranjal, era a feira do gado. Para que era do campo, o gado pouco nos dizia. Para nós, a feira era outra.

Ao chegar à primeira escola, ainda antes do largo, já havia feira; alumínios e diversas louças de barro. Mais uns metros, e heis que nos surge o mundo que esperávamos. Quinquilharias, muitos brinquedos e luzes. Muitas luzes, muito som. Dos carrinhos de choque, do carrocel e do circo. Sim !!! do circo. Esse mundo fantástico de onde vinha o som mais apelativo: " é entrar senhores, é entrar. Circo Cardinali, o maior espectáculo do mundo. Burros que falam, mulheres com barbas, homens capazes de engolir facas, e de comer montanhas de vidros, enquanto cospem fogo pelo nariz. Cães amestrados e serpentes capazes de engolir um homem. Duas parelhas de palhaços, duas."

Claro que nós íamos ao Circo. Mas enquanto não chegava a hora, andávamos atrás dos mais velhos. Era ve-los de marreta em punho a bater numa base de ferro, para ver quem elevava mais alto, um certo ponteiro. Cada marretada, 5 tostões. Havia também um carrinho de ferro, que impulsionado pela força do braço, deslizava por um carril, e rebentava uma bomba, lá em cima. Se não rebentava, significava falta de força, e era humilhação certa.

Depois vinham as barraquinhas dos "tirinhos", onde quais pistoleiros do far-west, se descarregavam tiros sobre umas fitinhas que nunca mais partiam, nem os maços de tabaco caiam. Quando os moços fartos de gastar dinheiro, se preparavam para desistir, logo a menina da barraca se encostava ao balcão, e exibia generosamente um decote que prometia tudo e não dava nada. Como a esperança é a ultima coisa que se perde, lá iam mais uns tirinhos.

A feira era também um local onde se encontravam as pessoas que andavam "lá pra baixo", e que só nesta altura vinham à terra.
Claro que ás vezes também havia umas rixas tocadas a vinho tinto e bagaço, algumas delas acabadas na minúscula prisão que havia por de traz da igreja, onde o cabo Matos os punha, para arejar as ideias.

Recordo-me também, que muitas mães e namoradas dos rapazes que andavam "lá fora", não iam à feira.

De volta a casa, já de madrugada, cansados mas felizes e empunhado o brinquedo que nos calhara, ia-mos sonhar com a próxima feira
Da feira da minha infância, sobram as actuais feiras de plástico, quais montras de vaidade, onde nos querem mostrar o que não há, e por vezes esconder o que está à vista de todos.

Mas isso deve ser o azedume provocado pela minha face nostálgica, a falar.
__________________

sábado, 14 de novembro de 2009

PERGUNTAS...PERTINENTES

Há que manter o blog actualizado, e como a inspiração não me trás nada de melhor, resolvi fazer algumas perguntas com alguma pertinência, daquelas que nem sempre temos resposta pronta. São perguntas que todos fazem e andam por aí, não fui eu que as inventei.

- Porque é que se chama "Alcoólicos anónimos" se a primeira coisas que dizemos é " o meu nome é Zé, e sou alcoólico"?

-Porque é que a agua mineral corre pela montanha durante séculos, e tem "data de consumo"?

-Porque é que a torradeira tem sempre uma opção de temperatura que queima as torradas todas?.

-Porque é que os Kamikaze usam capacete?.

-Porque é que o incrível Hulk, quando se transforma, rebenta com a roupa toda, menos as cuecas?.

-Porque é que as pessoas quando perguntam as horas, apontam para o relógio, e quando perguntam onde é a casa de banho, não apontam para as "partes"?.

-Porque é que o Pateta anda sempre de pé, e o Pluto anda sempre de quatro? não são ambos cães?.

-Se o oleo de milho é feito de milho, o oleo vegetal é feito de vegetais e o oleo de figado de bacalhau, é feito de figado de bacalhau, o oleo de bébé, é feito de quê?.

-Porque é que quando te dizem que há triliões de estrelas no céu, tu acreditas, e quando te dizem que tens as cuecas mulhadas, tens de apalpar?.

-Será que os analfabetos sentem o mesmo efeito, ao comer sopa de letras?.

-Porque é que as agulhas para injeções letais dos condenados à morte, são esterelizadas?.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

ARY, 20 ANOS DEPOIS

Poeta castrado não!

Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!

Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegar a poesia
quando ela nos envenena.

Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:

Da fome já não se fala
- é tão vulgar que nos cansa -
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?

Do frio não reza a história
- a morte é branda e letal -
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?

E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
- Um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
- Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia!

Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo mau profeta
falso médico ladrão
prostituta proxeneta
espoleta televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!



QUADRAS...

Passeia à tua rua
estavas tu ao postigo.
Que linda cara era a tua,
O que pensei então, não digo.

Passaste no meu monte
nem para mim olhaste.
Bebeste água da minha fonte
mas de mim, não te lembraste.

Eu vi-te na Igreja,
tapaste o rosto com o véu.
Não mereço um olhar que seja,
apesar de seres o meu céu.

Passaste à minha vida
e partiste o meu coração.
Mal chegaste, foste embora,
espalhaste o meu amor no chão.

sábado, 7 de novembro de 2009

SOZINHO, CANÇADO, FARTO

SOZINHO COM OS MEUS PENSAMENTOS
CANSADO DAS RELAÇÕES A TEMPO INTEIRO,
FARTO DE INTRUSOS SEMPRE ATENTOS AO MEU
COMPORTAMENTO

A VIVÊNCIA SOCIAL ESTRUTURADA, É UMA TRATA. É MENTIRA QUE
ESPEREM QUE TE PORTES BEM. O QUE ESPERAM É SABER SE TE
PODEM USAR.
VOU FECHAR TODAS AS PORTAS, E NÃO DEIXAR ENTRAR NINGUÉM.
.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

LIBERDADE


A liberdade e a justiça, são dos bens mais preciosos que a democracia oferece, ou devia oferecer.
De entre ambas, a liberdade é, em minha opinião, a que depende mais de cada um de nós por isso, mais acessível.
Mas ao contrario de poderia parecer, todos nós demonstramos uma enorme incapacidade de partilhar essa bênção.
Continuamos assim, a rotular o que pensa diferente, o que tem outra cor, outro clube, outro partido, ou simplesmente o que mora do outro lado da rua. E o pior é que o fazemos normalmente de forma traiçoeira, pela calada, e sem dar hipótese de defesa a quem atingimos.
Se não repensarmos a nossa atitude, mais tarde ou mais cedo acabaremos por cair num tribalismo intelectual, e num mundo que inevitavelmente terminará à porta da tribo.

domingo, 1 de novembro de 2009

ADEUS CAMPEÃO

A morte não escolhe os piores. Se assim fosse, o Isalindo era dos últimos a partir.
O Isalindo não era apenas o nosso campeão da malha; Era principalmente um Homem bom. Poucos como ele, sabiam valorizar a amizade, e cultivar o convívio entre as pessoas.
O nosso Bairro, a nosso terra, ficaram agora mais pobres.

Até sempre, Campeão.

sábado, 31 de outubro de 2009

O FORNO DE TIJOLO DO TELHEIRO

São maravilhosas lembranças, as que tenho da cerâmica do Telheiro, a que todos chamavam de forno.

Foi lá que observei o amassar do barro e a arte de lhe dar forma. Perdi horas a ver como eram feitos os buracos no tijolo, nos seus diversos tamanhos, e as estranhas formas das telhas, fosse lusa ou marselha.

Assisti ao enfornar e desenfornar, com o inferno da cosedura pelo meio.

Eu sabia tudo sobre o forno do Telheiro. Porquê…!?

Sempre que estávamos de férias escolares, lá ia eu e o Hermínio, que já era Cagadaia, a caminho do forno do Telheiro levar o almoço ao Ti Zé do Moinho e ao Tonho Damásio, pai e irmão do Hermínio, que eram trabalhadores do forno.

À hora do almoço, ficávamos junto dos operários a ouvir as suas histórias de vida, que nos pareciam fantásticas, próprias de pessoas que sabem muita coisa.

Era sempre muito agradável, pois o Sr. Adriano, que era o dono da cerâmica, autorizava que nós andasse-mos livremente por todo o lado, observando os operários nos seus diversos labores, e acompanhando a feitura dos materiais em todas as suas fases.

Mas melhor que tudo, era o facto do Sr. Adriano nos permitir mexer no barro e fazer bonecos e testos para as panelas, que punha-mos a secar junto com as telhas, e que depois as nossas mães aproveitavam.

Aproveitavam sim, porque os operários da cerâmica, mesmo quando não estávamos presentes, eles próprios carinhosamente, colocavam no forno por cima das telhas, os nossos artísticos artefactos, que igualmente retiravam ao desenfornar, e guardavam em lugar seguro, até que nós aparecesse-mos de novo.

Por vezes as coisas corriam mal e, naturalmente por defeito de fabrico, lá vinha um boneco sem pernas ou um testo sem carrapicho, que era como chamávamos ás pegas dos ditos. Nada de grave, já que podíamos sempre fazer mais.

Faltava-nos assistir a uma noite de cozedura. A cozedura era feita de noite, para aproveitar o “fresco”, já que era feita a altas temperaturas.

Finalmente fomos autorizados a assistir. Ficamos a uma distância segura, mas deu para ver bem.

A parte onde era alimentado o fogo das cozeduras, ficava a um nível bastante inferior à área de fabrico, e entre o fogo e o nível superior, ficavam criteriosamente dispostos, os tijolos e telhas a cozer.

Facilmente se compreendia que o acto da cozedura, devia ser terrível para os operários.

Colocados em fila entre a boca do forno e a montanha de mato, cada um com o seu forcado iam passando o mato uns aos outros, até ao fogo. O que estava mais próximo, era o que mais sofria. A táctica que usavam, faz-me lembrar hoje o que fazem os ciclistas, quando em contra relógio por equipas: O da frente puxa ao máximo, e sai da formatura para o ultimo lugar, dando lugar ao que estava atrás de si, num movimento sucessivo.

Mesmo à distância, nós sentíamos o calor intenso, e podíamos imaginar o que aqueles homens, sempre em movimento frenético, estavam a suportar.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

BÍBLICO

Algumas citações bíblicas que Saramago certamente subscreve:

"Os ricos esfolam o Povo, e lhes arranca a carne de cima dos ossos".
Miquéias (2, 6-8)

"Os maus mudaram as divisórias das terras, roubaram os rebanhos e o Pastor. Carregam o asno do órfão,e tomam em penhor o boi da viúva. Os mendigos são forçados a retirar-se do caminho."
Job (24, 2-12)

"Os ricos tiranizam os pobres e os levam a tribunais, não pagam a jornada aos trabalhadores, condenam o inocente e levam-no à morte."
Tiago (5, 1-6)


...e outras que nem tanto.

"...ai dos escreventes que escrevem vexames..."
Isaías (10, 1-2)


terça-feira, 27 de outubro de 2009

ONDE...


Onde está a tua fome da verdade
Onde está a tua sede de ajudar
Onde está o teu culto da amizade
Onde está a tua vontade de voltar
Onde está o teu desejo de justiça
Onde está o teu sentido do dever
Onde está a tua recusa da areia movediça
Onde está a tua vontade de merecer
Quem te roubou a herança de nobreza
Quem taíu o que sonhaste
Quem te induziu a incerteza
Onde está a árvore que plantaste


domingo, 25 de outubro de 2009

ISTO SIM, ERA EDUCAÇÂO!!!


- Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar o seu carinho e provas de afecto. (Revista Cláudia, 1962)
- A desarrumação da casa de banho, provoca no marido a vontade de ir tomar banho fora.
(Jornal das Moças, 1965)
- A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas. Nada de incomodalo com servisas domesticos.
(Jornal das Moças, 1959)
- Mesmo que um homem consiga divertir-se com a sua namorada ou noiva, na verdade ele não gostará de ver que ela cedeu.
(Revista Querida, 1954)
- É fundamental manter sempre uma boa aparência, diante do marido.
(Jornal das Moças, 1957)
- O noivado longo, é um perigo.
(Revista Querida, 1953)
-O lugar da mulher é no lar. O trabalho fora de casa masculiniza.
(Revista Querida, 1955)

Frases retiradas de revistas femininas de revistas da década de 50/60.

A CONCLUSÃO: Já não se fazem revistas didácticas e carregadas de moral e amor como antigamente...

sábado, 24 de outubro de 2009

JÁ PASSEI POR AÍ...

A coragem de olhar de frente
as dificuldades surgidas de repente
são sempre a melhor solução.
A distância é dificil de vencer
mas lutando para não perder
não cais, nem vás ao chão.

Não estou a falar de cor
conheço bem essa dor
que eu também já vivi.
A saudade é imensa
a saudade de voltar, intensa.
Sei, porque já passei por aí.

Se tudo vale a pena
quando a alma não é pequena
como dizia o grande Pessoa,
o futuro há-de ser risonho
e conquistarás o teu sonho.
E a confiança é sempre boa.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

COLÉGIO MILITAR

Não conheço, não sei, não faço a mínima ideia de como funciona o Colégio Militar. Mas conheci e sei como funcionava a preparação militar, antes do 25 de Abril
Muitas são as questões que tudo isto levanta. Na verdade, qualquer violência sobre alunos de 10/12 anos, para alem de ilegal, poderá funcionar negativamente na formação desses jovens. Mas posso garantir que a violência física, verbal e até psicológica, exercida sobre os preparandos militares do meu tempo, salvou a vida a muitos deles quando em combate.
Podem achar que não tem nada a ver. Pois não terá, mas a verdade é que este País tinha uma cultura militar vocacionada para a sobrevivência em combate.
Será que ainda subsiste? é necessária nos tempos de hoje? serão de facto os alunos graduados culpados, ou estarão a cumprir um programa?.
Finalmente, será um Colégio Militar o indicado para crianças difíceis, que os pais não têm tempo nem paciência para educar? não será que a sua função é preparar jovens para uma carreira operacional, no campo militar, onde a disciplina de grupo e o respeito pela hierarquia é a sua base de sustentação?.
Não sei se a preparação militar tão temperã se justifica, mas acho que há por aí muita gente que vê lá soluções que lá não estão.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

SARAMAGO

Ponto prévio : Saramago não faz parte dos meus favoritos. Por deficiência minha, naturalmente.

Podemos dizer que Saramago está enganado quando refere maus costumes inseridos na Bíblia. Podemos dizer que é abusivo que ele considere a Bíblia um catalogo de crueldade, que esta não fala de flagelações, calvários, espinhos e crucificações. Podemos até jurar a pés juntos, que a cruz é um símbolo de paz e amor. Podemos dizer que somos descendentes de Adão e de Eva, e que o Australopithecus é uma invenção que nada tem a ver connosco.
Podemos, porque temos esse direito. O direito de pensarmos como muito bem entendermos.
E Saramago ? não pode achar que Deus não existe ? não pode achar que a Bíblia é uma invenção?. Afinal o que é que procuramos ? uma liberdade para nós, e outra para os outros?.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

DUPLA PERSONALIDADE ?

Ao que parece, muitos de nós sofremos de dupla personalidade. Uma que exibimos publicamente, e outra que mostramos no mundo virtual.
Uma faz de nós cidadãos considerados. Outra mostra os nossos instintos mais perversos.
Uma mostra o nosso espírito aglutinador de boas vontades. Outra manifesta uma clara incapacidade para aceitar quem pensa diferente.
Numa somos democratas que reconhecem o direito à diferença. Na outra somos intolerantes, discriminatórios e incompreensivos.

Acho que chegamos a uma encruzilhada decisiva: Saber qual destas personalidades está mais próxima do que somos de facto, e qual delas vai conduzir a nossa vida neste mundo que pertence a todos.
Cada um de nós tirará as suas próprias conclusões. Podemos enganar os outros, mas não será fácil enganar-mo-nos a nós próprios.

sábado, 17 de outubro de 2009

TROPEÇAR DE NOVO, NA MESMA PEDRA

Visto-me como um vingador
caminho como que embriagado
Este impulso destruidor
já tem lugar marcado

As sombras que me rodeiam
escurecem-me o coração
São sombras que odeiam
mas que não sabem quem são

O mais doce sentimento
pode ter o sabor do fel
se num impulso de momento
esqueceres o verdadeiro mel

Só perdendo para entender
o que este amor alcança
Se é minha a culpa de perder
só me resta manter a esperança

Quem diz que o coração não dói
não sabe o que é o amor
Nem a verdade se destrói
nem o tempo apaga ador


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

É MELHOR IRES...

Aproximava-se devagar. Só eu estou aqui, logo é a mim que procura. Sei quem é, e isso assusta-me. O aspecto pouco cuidado, não esconde uma beleza meio selvagem. O decote, já por si generoso, conta com a colaboração da ausência de alguns botões, o que permite ver os contornos de uns seios firmes e bem torneados.
Imediatamente senti que a minha noite, a minha paz e a minha tranquilidade, estavam ameaçadas.
Disse-lhe que não devia estar ali, e que se fosse vista podiam falar. Respondeu-me que já pouco lhe restava para perder.
- E eu ? não pensaste nisso ? a minha vida já está suficientemente desarrumada.
- Não, não pensei. Esse é um problema teu.
Claro!!! a tentação bate-me à porta, e eu é que tenho de decidir se lhe abro a porta ou não. Acho que está a ser egoísta, ao empurrar-me para o risco.
Digo-lhe que não, mas ela percebe a minha falta de convicção, e tenho que gritar. Ela acha-se repudiada, precisamente o que queria evitar.
Falta-me coragem para a mandar embora. É tão pouco o que pede, mas não me pertence por inteiro.
Decididamente, não podes ficar aqui...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

TODOS...

Todos temos uma história para contar
Todos temos uma verdade para esconder
Todos temos uma montanha para contornar
Todos temos um caminho para escolher

Todos temos algo para construir
Todos temos uma mulher para cortejar
Todos temos um motivo para sorrir
Todos temos um amigo para ajudar

Todos temos algo para dizer
Todos temos algo para ouvir
Todos temos algo para oferecer
Todos temos algo para pedir

terça-feira, 13 de outubro de 2009

SOCIEDADE MACHISTA ? ONDE ?

O grupo denominava-se Assembleia de Apuramento Geral, e era constituído por 10 pessoas.
No meio de oito belas Senhoras de várias idades, Técnicas Administrativas Altamente Qualificadas, Técnicas de Formação Superior, Professoras, uma Advogada, e uma Meritíssima Juíza, lá estava eu e o meu amigo João "Quatro Braços", como representantes da chamada classe dominante, cada vez mais dominada, e sem títulos para ostentar.
Diacho!! mas afinal, quem é que manda aqui?? Então não é esta uma sociedade machista? Afinal a lei da paridade protege quem???.
Rapaziada do meu bairro, ou nos pomos a pau, ou estamos feitos.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

HONRA AOS QUE DERAM A CARA

Muitos foram os cidadãos do nosso Concelho que ontem se apresentaram a sufrágio.
Durante 15 dias percorreram as nossas ruas e os nossos campos, dizendo às gentes aquilo a que se propunham. Falaram dos seus projectos e daquilo em que acreditavam como melhor para a nossa terra.
No final e inevitavelmente, uns ganharam e outros perderam. Mas todos deram a cara, e usaram o seu próprio nome sem se esconder atrás de nenhuma mascara. São por isso, cidadãos em condições de intervir na vida social e politica da nossa terra, e a dar o seu contributo para que haja mais justiça e um melhor cumprimento daquilo a que todos nós temos direito.
Esses são os cidadãos com que todos contamos.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

TERRAS DE PÃO, GENTE DE PAZ

Hoje foi dia de encerrar a campanha eleitoral autárquica. Como de costume, todas as forças organizaram a sua caravana pelas terras do Concelho. Claro que eu lá estava, integrado numa delas, e curiosamente acabamos por nos cruzar todos com todos. Apitamos, acenamos, sorrimos e seguimos sem problema.
Não direi que quem se quer bem sempre se encontra, mas considerando o que se vê por aí, até que somos gente de paz.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Ó MINHA TERRA, ONDE EU NASCI...

Montargil, coração de água
nascido em campo aberto,
a gente até sente mágoa
quando não está por perto

Há quem lhe chame Vila Bela
e que bela, é a sua gente
Se tão bela assim é ela,
por mim e por ela, fico contente

Nos campos, moinhos de vento
e não há monte sem ter fonte
Não me sai do pensamento
certa fonte e certo monte

Não tenho lá quem me espere
nem terra que se herde
Há quem de longe desespere
e melhor sinta o que perde

Mas a vida é uma procura
e a busca é importante
A saudade também se cura
com tratamento à distância.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O MENINO DA LÁGRIMA

Todos conhecem o famoso quadro O menino da Lágrima, que julgo fazer parte do espolio do museu Soares dos Reis, e de quem se diz que é um dois mais reproduzidos do mundo. Representa uma criança chorosa e certamente numa situação de sofrimento, e que ao que parece, vale uma fortuna.

Vem isto aproposito de uma situação que presenciei num parque de estacionamento: Uma criança maltrpilha aproxima-se de um Mercedes acabado de chegar. Dentro dele, uma família claramente abastada. A criança, uma menina, pede uma moeda e diz que está com fome. A família interrompe a saída do carro, saindo apenas o condutor que de imediato escorraça a criança e ameaça chamar a policia.O senhor do parquímetro reage dizendo que conhece a criança e que ela não faz mal a ninguém. O senhor do Mercedes diz que não tem nada com isso e não quer ser incomodado.

A menina não ganha a moeda, mas ganha uma caricia do senhor do parquímetro, que não tem um Mercedes, mas tem um coração.

Eu, observador atento, fiquei sem perceber o que leva o ser humano a valorizar um desenho, quando despreza a realidade.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

GRANDES ÍDOLOS

Quando cheguei a casa para o almoço, a televisão estava como sempre, num daqueles programas da manhã, aos quais não dou muita importância. A determinada altura, a simpática Rita Ferro anuncia uma daquelas rubricas onde alguém vai fazer uma avaria qualquer, quase sempre no cumprimento de um sonho. No caso tratava-se de duas meninas de 10 anos que pretendiam mostrar os seus dotes de cantoras. Como sempre acontece, uma ganhou e a outra perdeu.
A perdedora aceitou a derrota tranquilamente e com um sorriso nos lábios. A vencedora ficou visivelmente tristonha, o que mereceu da parte da Rita, a pergunta do porquê daquela tristeza. Resposta textual: Estou triste por ela.
Numa altura de disputa eleitoral, onde as pessoas quase se recusam respeitar e aceitar ideias e resultados que não sejam favoráveis, é agradável pensar que no horizonte se perfilam melhores sinais.

sábado, 3 de outubro de 2009

CINEMA

Todos os dias dou uma volta pelos cinemas cá do burgo, para tentar perceber o que os artistas pensam dos outros artistas. Não é difícil perceber que a maioria dos argumentos continuam a pautar-se pela parte baixa, o que leva a que os argumentistas não tenham interesse em assinar as respectivas obras.

De uma forma geral, os holofotes apontam como adagas, alvos estrategicamente escolhidos, não para promover o nosso filme, mas para lançar fumo sobre o filme do outro, de forma a confundir os espectadores, e leva-los a pensar que se calhar o filme não é grande coisa.

Para um homem simples como eu, próximo de dobrar o Bojador dos 60, estas cenas já me começam a fartar. Por vezes gostaria de ser um Bogart para correr os maus a soco, mas não tenho gabardine, não sou apreciador de whisky, e já deixei os cigarros, vai para 15 anos.

Cheguei a pensar que um dilúvio punha ordem nisto, mas como tenho a certeza que não arranjaria lugar na Arca, desisti da praga.

Se há quem deseje um Regresso ao passado, só pode ser porque Os Deuses devem estar loucos.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

CAMINHOS...

Já fui guerreiro
um combatente
já fiquei em primeiro
e já fui um desistente
eu já acreditei
e fui vidente
já ceguei
e fui descrente
já senti a revolta
e fui injustiçado
deixei a raiva à solta
e cometi o pecado
já confessei a dor
e esqueci o compromisso
já neguei o amor
e paguei por isso
já chorei sózinho
e cantei acompanhado
já sonhei com o carinho
que deixei abandonado
já blasfemei
e caí em oração
já amei
e deixei cair o amor no chão

Sou a soma
das minhas vivências
escrevo ambiguidades
para os outros
mas
para mim são dialogos
comigo próprio.
Sou o "eu" adaptado
a este mundo cão
a tentar lembrar-se
do "eu" que ainda tem
algo de que orgulhar-se.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

CUMEADAS, O TREINADOR

O Cumeadas era para muitos, o melhor treinador que passara pelo bairro. Claro que nem todos pensavam o mesmo. Aliás, nem outra coisa seria de esperar. Lá por sermos um clube pequeno, tínhamos direito ás mesmas polémicas e falatórios dos grandes clubes.

Os que gostavam dele, diziam que a equipa praticava um futebol bonito e eficaz, os que não gostavam diziam que com aquele futebol o clube não ia a lado nenhum.

Os que gostavam dele, diziam que a equipa estava bem orientada, obtinha bons resultados, tudo fazia para trazer gente ao estádio, e até conquistava títulos, apesar da federação não apoiar o Clube, e das péssimas arbitragens, sempre em prejuízo do Clube.

Os seus detractores, achavam que ele apenas conquistava títulos menores, não tinha conhecimentos técnicos para a modalidade, afastava os espectadores do estádio, mantinha-se sempre em litigio com a federação, e alguns até propuseram que se muda-se para outro campeonato.

Certo dia, talvez farto de tanta injustiça, talvez por perder a paciência ou simplesmente por cansaço, anunciou que ia abandonar a modalidade.

A maioria ficou preocupada. Conseguiria o Clube arranjar alguém capaz de substituir um treinador competente, conhecedor da modalidade, e que sempre merecera a sua confiança?.

Outros porem, logo manifestaram a sua satisfação pala saída dum técnico que consideravam incompetente, autoritário e que só escolhia jogadores para algumas posições, normalmente erradas.

Todas as moedas têm duas faces e por incrível que pareça, podemos estar todos a olhar para elas, e ver coisas diferentes.

Confesso que sou suspeito, porque gosto do treinador. É um direito que eu tenho, da mesma forma que não contesto o direito dos que não gostam dele. Claro que não vou dizer que ele nunca falha, que usa sempre a táctica certa, ou que o seu modelo de jogo é perfeito. Não há tácticas cem por cento vitoriosas, nem se pode ganhar sempre.

Mas sempre acreditei na sua competência, honestidade e amor ao Clube. Ganhou muitos jogos, engrandeceu o Clube, e tentou sempre manter todos os atletas.

Acredito que o Clube vai escolher outro grande treinador, e desejo ao que sai, a maior sorte do mundo. Até sempre Mister.

domingo, 27 de setembro de 2009

ELEIÇÕES

Depois do cumprimento do dever cívico do voto, e do desempenho do "honroso cargo de membro de mesa", foi o regresso a casa para curtir um resultado nem bom nem mau, mas que soube claramente a pouco.
O Povo decidiu, está decidido. Cumpra-se a vontade do Povo.
Por mim, vou tomar um banho retemperador, que me tire do corpo o suor de um dia diferente. Depois, com a tranquilidade de quem acha que se portou bem, espero que carinhosamente a Maria ponha a janta na mesa.
Mas continuo a acreditar que sim; é possível.

sábado, 26 de setembro de 2009

ESCOLHER...

A promessa de mudar de vida

Feita esperança traída

Tornou-se o nosso fado.

Se te resta esperança na alma

Aproveita essa tarde calma,

Mas pensa bem, tem cuidado.

Qualquer Domingo à tarde

Quando chove ou o sol arde

É bom para um novo resultado:

Escolher com razão

Entre quem distribui o pão

E o que tem o pão guardado.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

OS BEATLES, MAIS FAMOSOS QUE CRISTO

Quando em 1966, Lennon afirmou que os Beatles eram mais famosos que Cristo, o mundo Católica veio abaixo, e os vinis do grupo eram queimados como forma de protesto contra tal heresia. Lennon praticamente foi obrigado a pedir desculpa.
Vem agora , 46 anos depois, o jornal Telegraph fazer um estudo, e provar que ainda hoje os Beatles são mais famosos que Jesus Cristo.
O que me surpreende, é que se possa fazer disso uma grande noticia, quando me parece evidente que facto salta à vista de toda a gente. Senão vejamos: Os Cristãos estão calculados entre 1,5 e 2,1 biliões; Os Muçulmanos, por exemplo, serão 1,7 biliões. Ora se uns e outros gostarem dos Beatles, a conclusão é evidente. Isto para não falar dos outros...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

QUALQUER SEMELHANÇA, NÃO É CUINCIDÊNCIA

No fundo, Ramiro era uma criança como as outras. Oriundo de uma familia pobre, percorreu os mesmos caminhos. Andava descalço, guardava galinhas e perús, espantava pardais e comia pão com pão. Nunca passou fome mas não conhecia a fartura.
Foi á Escola, e foi bom aluno.
Filho de mãe solteira, depressa aprendeu a viver com esse estigma, e a fazer-se respeitar. Muitas vezes teve de usar a força, e exebia orgulhosamente o rosto marcado por nodoas negras e escoriações várias. Mas criou o seu espaço.
Cedo começou a ganhar o seu pão. Foi dificíl, mas teve sorte. Caiu numa casa de gente do bem, onde lhe moldaram a personalidade, e lhe transmitiram codigos de honra, regras de comportamento e exemplos de vida, que foram vitais para a sua formação emquanto homem e cidadão.
Combateu em Africa, em nome de uma ilusão que não era sua. Mas gostou daquela terra e daquela gente. Em terra de Pretos, fêz bons amigos de todas as cores, e conheceu muitos filhos da "outra". Eram todos Brancos.
Foi um jovem de sucesso entre as mulheres. Casou por amor, e nasceram-lhe três filhos, em função dos quais continua a defenir as suas prioridades.
Ramiro pensa que é boa gente, bom Pai e bom Marido. Não se embebeda e entra cedo em casa. Ás vezes, até ajuda no lar, e defende a teoria de que em casa quem manda é a Mulher.
Não tem medo dos outros nem das dificuldades da vida, mas teme pelo futuro dos seus e do seu povo.
Já enfrentou a morte sem temor, mas é capaz de chorar perante uma cena dramática, ou a emoção de um reencontro.
Bem vistas as coisas, Ramiro é um sentimentalão.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O NOSSO CEREBRO, FAZ MARAVILHAS

O nosso cérebro é dodio!!
De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea,
não ipomtra em qaul odrem as
lteras de uma plravaa etãso,
a unica csioa iprotmatne é que
a piremria e útmlia lteras etejasm
no lgaur crteo. O rseto pdoe ser
uma bçguana ttaol, que vcoê
anida pdoe ler sem pobrlmea.
itso é poqrue nós não lmeo
cdaa ltera isladoa, mas a plravaa
cmoo um tdoo.
Sohw de bloaa.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

DEBATE POLITICO

Esta retórica discursiva
frenética e de implicação interventiva
mas de clara ocultação
tente impedir a possibilidade analítica
para manter o rumo desta politica
e manter o poder em contra mão

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

BUGALHÕES E FERROBISTAS

No seu livro Alentejo é Sangue, Antunes da Silva fala-nos de um Alentejo distante no tempo mas ainda demasiado próximo na realidade.
Num dos capítulos, Bugalhões e Ferrobistas, que tem como cenário a Cidade de Évora, o autor fala-nos de uma forma de vida que me fez pensar e que acho que vale a pena meditar por também ela não estar totalmente fora do presente.
Vou contar-vos o que vi, como se eu fosse o Barbeiro, e vocês, o Cainó:

O Cainó teve conhecimento de que eu lhes queria contar um episódio histórico, e logo correu a convocar todos os amigos para o acompanharem.

Ao chegarem à barbearia, recebi-os com um sorriso aberto e bons conselhos: disse-lhes que a infância é uma idade maravilhosa e deve ser bem aproveitada. Perguntei-lhes se já conheciam a história dos bugalhões e ferropistas. Embora eles já tivessem ouvido falar dela, gostavam da maneira como as contava, pelo que responderam que nada sabiam.

Contei-lhes então que em tempos idos, parte da cidade era terra de bugalhões, e outra parte pertencia aos farrobistas. Cada uma das partes diferenciava-se pela forma de vestir e até pela alimentação. O que se comia num lado, não se comia no outro. De tal forma que qualquer forasteiro tinha que se limitar aos pratos da zona. Não encontrando nada que se cozinhasse no outro. Acontecia até que, sendo a câmara e as finanças num dos lados, os do outro lado não se atreviam a ir lá, pelo que tinham um intermediário, previamente aceite pelo outro lado, para tratar de todos os assuntos a realizar nessa área.

Quando, por engano ou atrevimento, alguém invadia a área contrária, era severamente castigado, e logo feito prisioneiro.

Após a devolução do prisioneiro, em campo neutro seguiam-se combates entre as facções. Fisgas, pedras e fundas, eram as armas utilizadas.

Quando se recuperava um prisioneiro, era logo rodeado pelos companheiros para saberem o que tinha visto do outro lado: coisas novas, obras e melhoramentos e também como se deixara apanhar.

Logo começava o combate com pedradas a torto e a direito, com vidros das janelas e candeeiros partidos. Havia sempre feridos a tratar no hospital. A batalha terminava com a chegada da guarda.

A história foi-se repetindo através dos tempos.

Certo dia, chegou aos terrenos dos farrobistas, um desconhecido que despertou a curiosidade e desconfiança nos naturais. O estranho perguntou pelo Sr. Sampedro antiquário, que era seu irmão. Encontrada a casa, entrou e lá se demorou muito tempo. O mesmo homem foi visto depois em terra de bugalhões, perguntando pelo Sr. Sampedro Alvanel, que era seu irmão. Encontrada a casa, por lá se demorou. O homem passou então a almoçar em terras de farrobistas, e a jantar e dormir em solo de bugalhões. Um dia, às portas de machede, subiu a um banco e falou às pessoas: disse-lhes que voltava à sua terra, vindo da América, e se admirava de ver a cidade dividida, e o povo da mesma raça a lutar pelos mais ridículos. De tal forma que tendo ele dois irmãos a viver em partes diferentes da cidade, estes não mantinham relações familiares, só para não romperem um pacto medieval.

Ora se na cidade viviam pretos e até amarelos, gente de outras cores e raças que eram respeitados pelas duas comunidades, porque não se estimavam a eles próprios, e mandavam às urtigas as rivalidades que só servem para alterar os bons costumes e desencadear ódios.

“Um país só evolui na unidade do seu povo” dizia o americano: acrescentando ainda: “para haver unidade tem de haver tolerância”. Numa das partes nascera o seu pai, na outra nascera a sua mãe, pelo que admirava ambos os bairros, e sentia cada um como seu. Propôs então que se encontrassem representantes dos dois bairros, para se fazer a paz.

De ambos os lados houve alguns protestos e ameaças, lembrando cada um dos lados, que ele estava comprometido com o outro lado.

Mas a semente da concórdia ficou lançada. Os combates terminaram, os raptos e provocações não aconteciam mais. Um bugalhão fugiu com uma farrobista, e foram casar a uma aldeia próxima. Um farrobista fugiu com uma bugalhoa, e foram casar à capela de uma quinta vizinha.

Nos jornais da cidade, o “americano” escrevia que já não havia bugalhões e farrobistas, mas um só povo e uma só língua, defendendo os mesmos interesses. E falou na vitória dos tolerantes e dos simples.

As bugalhoas casavam com farrobistas, as famílias uniram-se. Cresceu a fama da cidade. E aos poços, ano após ano, a terra purificou-se.

Às vezes é assim: uma frase inspirada vale um poema. De desavindos, passaram a ser irmãos uns dos outros. O “americano”, satisfeito por ter voltado à terra, pensou que já podia morrer descansado.

domingo, 20 de setembro de 2009

O COMBOIO FOI PRESO

Foi com enorme surpresa que tive conhecimento da prisão do comboio.
Segundo o "Jornal da Caserna", a GNR actuou por denuncia, o que prova que desconhecia a existência do popular comboio.
Não sei qual foi o crime do "poucaterra poucaterra", mas fica provado que a autoridade não dorme.
Aqui fica um alerta para os autores dos pequenos assaltos que se têm verificado na nossa terra: Cuidado; a lei está na rua.

sábado, 19 de setembro de 2009

NOS BRAÇOS DE MORPHEUS

O Largo da Igreja estava cheio de gente. Acho que era dia de procissão, e eu envergava uma túnica que parecia dar-me algum protagonismo. Eu ia lendo um manual de matemática cheio de expressões e exercícios vários, que claramente não entendia, mas que me permitia não olhar nos olhos daquela gente. Sem duvida que eu era ali um elemento estranho, fora daquele contexto.

De repente, a procissão começa a movimentar-se, e estranhamente toma várias ruas. Opto pela que vai a banda de musica. Inexplicavelmente quando entro nessa rua, ela está completamente vazia. Procuro voltar à procissão, mas não a encontro, e a rua está cheia de lama, o que me dificulta os movimentos. Encontro-me noutra rua, mas está em obras, com grandes valas abertas, e carros velhos atolados por todo o lado. Não entendo nada e começo a entrarem pânico, e nada sei da procissão. De repente encontro-me num largo com arvores e vegetação diversa. A meu lado, uma senhora de meia idade, diz-me que vai ali nascer uma grande obra. Se me disse qual, não me lembro.

Começa a ficar muito escuro. Vai haver tempestade e começa a chover torrencialmente. Noto que tenho um fato de oleado, e procuro vesti-lo. O vento sopra terrivelmente; consigo enfiar um braço, mas o vento impede-me de chegar à outra manga. Estou Sozinho, encharcado e assustado. Continuo sem entender nada à minha volta. Está escuro; muito escuro, e eu tenho medo.

Ouço uma vós que me chama. Estranhamente, parece-me que já ouvi aquela vós noutro lado. Pega-me na mão e arrasta-me para qualquer lado. É uma mulher, mas não consigo ver-lhe o rosto. Encontramo-nos numa espécie de abrigo. Não percebo nada, mas começo a tranquilizar-me. Há luz no local, mas não consigo perceber donde vem. Velas? Um archote? Acho que é uma lareira. A luz permite-me ver o seu corpo, mas não o seu rosto. Ela começa a tirar a minha roupa molhada, talvez para enxugar na lareira que agora vejo nitidamente. De repente noto que ela também está nua. Abraça-me, acaricia-me e beija-me longamente. Parece-me reconhecer aquele beijo, mas continuo sem lhe ver o rosto. Já não tenho medo, e não entendo porque acho que sei quem é. Resolvo entregar-me sem pensar em mais nada. De repente fico com a sensação de que já estivera naquele local e vivera aquele momento. Esta espécie de déjà vu, provoca-me um despertar quase violento.

Sinto o abraço da minha companheira, que me pergunta se tive um pesadelo. Digo-lhe que está tudo bem, e ela volta a adormecer.

É incrível como nos podemos sentir culpados de algo que não aconteceu.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

PENSO EU DE QUE...

Sempre fui de reagir por impulso, e muitas vezes me arrependi depois. Claro que as primeiras reacções, são sempre as mais autenticas, mas raramente são valorizadas como tal.

Hoje é um dos dias em que me sinto particularmente chateado. Tudo porque me envolvi em discussões que não queria ter, mas o tal impulso, foi mais forte do que eu.

Sempre defendi a livre opinião, e a manifestação pública da mesma. Entendo aliás, que o exercício da cidadania, passa pela intervenção dos cidadãos na vida pública, quer a nível politico, desportivo, social ou de qualquer outra índole.

A intervenção critica do cidadão é particularmente importante, quando se destina a denunciar situações de claro prejuízo para a comunidade.

Julgo no entanto que a critica deve ser sempre devidamente fundamentada, e obedecer a critérios que permitam a defesa dos atingidos. Penso também que deve ter em conta que criticáveis não são as instituições, mas as pessoas que as dirigem. Não separar as aguas, pode levar a situações injustas, e naturalmente a reacções de protesto.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

DESABAFOS

Não quero dar uma imagem da minha pessoa. Nada tenho para oferecer para alem do que o homem comum apresenta.
Mas por vezes sinto uma enorme necessidade de falar de mim a mim próprio, mas para me ouvir, pareço precisar que os outros me ouçam também.
Das viagens que faço ao fundo de mim mesmo, regresso normalmente com um profundo sentimento nostálgico, saudoso, e por vezes frustrado, de que passei ao lado de coisas boas, mas que não aconteceram por imaturidade, inexperiência, e uma profunda ingenuidade que ainda hoje me acompanha.
Não pretendo fazer um auto retrato psicológico, mas por vezes acho que as minhas divagações poéticas, mais não são que a procura de esconder a minha incapacidade para agarrar as coisas que eu queria, e cujos fracassos disfarço com poses determinadas palas reacções de auto defesa do meu subconsciente.
A criação de um núcleo familiar é demasiado exigente, e não se compadece com o que não aconteceu. Deve ser por isso que as viagens ao passado, acabam por ser abafadas e as confidências que nos preparávamos para fazer, acabam abruptamente.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

FLEXIGURANÇA EM DIA DE GREVE

A liberdade para despedir
que a alguns faz sorrir
enche-nos de confiança
já não há despedimento
pois a moda do momento
é a flexigurança.

O governo faz previsões
o Zé deixa de contar tostões
a situação está controlada
que se lixem as carreiras
estas politicas porreiras
mandam às malvas a taxa verificada

Isto de não poder comprar
é desculpa de quem não quer pagar
o beneficio da recuperação
sem arrogância nem prepotência
o governo explica com ciência
como o Zé não tem razão

Isto dos direitos sociais
mais essas tretas sindicais
é que dão a trabalheira da negociação
a precariedade laboral
não tem nada de mal
e a polivalência é uma invenção

O regime das aposentações
está cheio de boas intenções
a malta é menos penalizada
reduz-se o tempo de serviço
uma fatia leva sumiço
e a outra é quase nada.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

BAIXAR AS CALÇAS

O nosso governo já tinha baixado as calças. Alguns jornalistas já tinham baixado as calças. Agora foi a nossa justiça a baixar as calças.
Um Tribunal de Lisboa, deu razão aos McCann, e proibiu a venda do livro de Gonçalo Amaral, ex Inspector da PJ, onde defende a teoria de que foram os pais, os principais responsáveis pelo desaparecimento da pequena Madie.
Publicaram-se milhentas teorias sobre quem matou o Presidente Kennedy. Ainda hoje não se tem a certeza de quem matou Rasputin, e sobre isso se escreveram várias hipóteses. Não há noticias de qualquer censura sobre tais escritos. Mas neste jardim à beira mar plantado, não se pode incriminar dois cidadãos do reino de Sua Magestade, mesmo sendo por um policia esperiente, e que acompanhou o caso, até que um abaixamento de calças, correu com ele, do caso primeiro, e da Policia depois.
Esta politica de servilismo externo do nosso País, não só humilhou a nossa policia, deixou mal o nosso Povo, como agora corrompe a nossa justiça.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

INKULTO

Foi sem duvida uns belos momentos de musica a serio, que esta rapaziada dos InKulto nos ofereceu ontem. Confesso que não estava à espera de tanto, e já vi profissionais fazer bem pior. Acho que a quem vive a musica depois de um dia de trabalho noutra actividade, não se pode exigir muito mais.
Um reportório bem escolhido, (da minha geração, ou próximo dela) e a sair com boa fluência, fez-me dar ao pé, algo que não é fácil de acontecer.
Por isso, obrigado rapazes.

"FIO MARAVILHA"

Sávi maravilha nós gostamos de você
Sávi maravilha, faz mais um prá gente vê!!

Correu, driblou três zagueiros
deu um toque que driblou o goleiro
só não entrou com bola e tudo
porque teve humildade em gol.

(gamado no anti-tripa)