sábado, 19 de abril de 2014

MARIO CRUZ VENCE PREMIO ESTAÇÃO IMAGEM/MORA

O fotojornalista Mário Cruz, da agência Lusa, foi este sábado distinguido com o principal galardão do Prémio de Fotojornalismo Estação Imagem|Mora.

A distinção premeia uma reportagem sobre um centro de reabilitação que promove a integração social de pessoas com cegueira recente: o Centro de Reabilitação Nossa Senhora dos Anjos, da Santa Casa de Lisboa, promove a reabilitação de cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a partir dos 16 anos, com cegueira ou baixa-visão adquiridas.

Pedro Armestre venceu na categoria de Notícias, com a reportagem ´On the Fire´, acerca dos fogos florestais na Galiza (Espanha), em 2013. Mário Cruz, com ´Cheias no Reguengo do Alviela´, e Monica Ferreirós, com ´Accidente de Tren´, foram os 2.º e 3.º classificados.

Em Vida Quotidiana, o júri premiou duas reportagens de Rodrigo Cabrita: o 1.º lugar para ´Aprender a Sobreviver´ e o 2.º para ´Semana de Praia para Idosos´.

José Ferreira, com ´Body Language´, foi o único premiado em Artes e Espetáculos; em Assuntos Contemporâneos o vencedor foi Bruno Simões Castanheira, com ´Portugal, a Antidemocracia do Empobrecimento´, e Tommaso Rada, com ´Os Últimos´.

Em Série de Retratos, o júri premiou Artur Machado, com ´Os Manifestantes´; em Ambiente venceram Sérgio Rolando, com ´Paisagem Multiplicada´ e Agata Xavier, com ´Inventário´, nos 1.º e 2.º lugares.

O 1.º classificado em Desporto foi Bruno Simões Castanheira ´Capeia Arraiana´, tendo o 2.º lugar sido atribuído a Octávio Passos ´Havai da Europa´.

A Bolsa Estação Imagem 2014 foi para Hermano Noronha, que vai desenvolver o projeto ´Presente´, para documentar o estado atual da memória sobre a Guerra do Ultramar no concelho de Mora.

Nesta 5.ª edição, estiveram a concurso 386 reportagens, de cerca de 140 fotógrafos.


(In A Bola online)

sábado, 5 de abril de 2014

CAMPOS AMURALHADOS


Hoje, numa reportagem de rua da RTP, toda a gente se manifestava farta da chuva e do frio, e desejou bom tempo e calor para ir ao campo apanhar sol e contemplar as flores. Ora não sei onde podem satisfazer esse saudável desejo. No Alentejo não deve ser, já que o campo está rodeado de rede e arame farpado, portões fechados a cadeado e guardas prontos a correr com quem se aproximar.
Este Portugal de Abril transformou o campo numa espécie de pinhal do Rei, onde o povo não pode pisar, e os centros urbanos, em guetos, onde o único ponto de fuga é o alcatrão das estradas, que fatalmente conduzem a outro gueto qualquer.