sábado, 27 de dezembro de 2014

RECUPERAÇÃO DA ANTIGA ESTAÇÃO, AVANÇA

Costuma dizer-se que quem não sabe de onde vem, nunca saberá para onde vai. Deve ser por isso que hoje me volto para o passado, mas um passado tornado presente.
Sem luzes natalícias nem ornamentações brilhantes, antes rodeada de máquinas em manobras e montões de terra de sobejo, a obra de recuperação da antiga estação da CP, mostra já uma face com evidentes sinais de nova vida, cada vez com menos cicatrizes nas paredes em renovação. Madeiras e telhados em avançado estado de prontidão, são já amostra do que será este pedaço de história viva recuperada, e montra do que no seu tempo foi um pedaço de modernidade. É essa memória que está de volta.
Cada vez são menos, mas por certo ainda muitos, os que se lembram da estação com vida própria, carruagens espalhadas pelas linhas que por ali se estendiam ao lado umas das outras, e até por certo, das viagens a Évora e das celebres paragens em Pavia, onde o cobrador, ele próprio, desmontava para fechar a passagem de nível, e que depois voltava a abrir após a passagem do comboio. Conta-se até, que certo dia numa dessas manobras o maquinista se esqueceu do cobrador, que simplesmente ficou em terra. Oxalá a história seja verdadeira, pois a história quer-se autentica.
Em breve a Estação recuperará o seu estatuto de “pessoa” importante, sem viajantes ao som do trofáfáfe, trofáfáfe, trofáfáfe, mas com viagem marcada para outros conhecimentos.
Ali mesmo ao lado, outras formas de viver o passado, vão ganhando vida através de uma estrutura que eu e outros esperamos para ver como vai ser tratado o nosso passado ancestral, visto à luz da modernidade e das suas tecnologias. Coisa estranha, isto de ir ao passado através dos olhos da modernidade.
Seja como for, acredito que esta terra e esta gente, pelo menos no que concerne ao que de si depende, vai tentando não perder o comboio (e este é metafórico) do futuro, pese embora todas as dificuldades que lhes surgem pela frente, num país onde quem manda. manda distribui o mal pelas aldeias, mas guarda o remédio para as conveniências da sua tribo.

“O mundo é uma bola de algodão que está na nossa mão fazer voar”

Feliz ano novo Mora.


sábado, 20 de dezembro de 2014

ESTE NATAL QUE NOS É IMPOSTO

Confesso que este sábado saí propositadamente para tentar encontrar inspiração para dar continuidade a estas minhas cronicas de sábado, mesmo sem saber se alguém se interessa por elas, e se dá ao trabalho de lê-las. Na verdade julgo que interessante mesmo é eu escrever para mim, exercitar o cérebro, pôr os neurónios a fazer ginástica, e ir alinhando algumas ideias, pois pensar e ter ideias é a melhor forma de estar vivo.
Por acaso ou não tanto, talvez de forma maquinal ou instintiva, lá fui eu a caminho da praça, por esta altura vestida de cores e motivos natalícios. Só que desta vez em vez de me focar na sua beleza natural permanente, e cénica de ocasião, dei comigo invadido de pensamentos que me levaram para a temática do Natal consumista e para as campanhas solidarias desta ocasião, como se os valores natalícios fossem letra morta no resto do ano.
É então que me questiono sobre este Natal tão sedutor, que apela à solidariedade ao mesmo tempo que me tenta convencer através de ornamentação brilhante e da manipulação social, a gastar o subsídio de Natal em supérfluas compras embrulhadas em papel de seda alusivo à época, em vez de o guardar para a hora de pagar o seguro da casa, do carro, do selo, do IMI e de outras obrigações que tais, como se fosse assim que se une uma família e se leva ao dialogo e ao entendimento.
A dádiva da solidariedade parece-me ser outra coisa, e fico sempre com a ideia de que este apregoado espírito de Natal, acaba sempre por servir mais o negocio do consumo desenfreado, que a causa dos mais precisados. Julgo que se deveria repensar o que é realmente importante no que diz respeito aos dignos valores morais da humanidade.
Mas tento afastar estas dúvidas que me assaltam, e concluo que acabei por não encontrar a tal inspiração que procurava.
Volto pensativo a casa, na certeza que neste Natal terei a minha consoada habitual, e tudo continuará na mesma, até ao dia em que nos ponhamos todos de acordo para um Natal todos os dias do ano.
Feliz Natal Mora.

sábado, 13 de dezembro de 2014

MORA É UM JARDIM

Esta semana fui por duas vezes passear ao nosso fantástico jardim. Nosso de todos nós, pela colaboração exemplar entre a SC da Misericórdia, proprietária do local, e o Município, entidade cuidadora daquele belo espaço.
Além da beleza natural que nos rodeia por todos os lados, qual ilha de beleza idílica que nem este outono invernoso consegue esconder, é extraordinário ouvir algumas histórias de vida, vindas dos idosos que por ali se juntam e recordam os seus tempos de radiosa juventude. Fiquei por ali a ouvi-los entre si, falarem do seu tempo de outros tempos, que não deste que praticamente os ignora. De facto a idade trás muita sabedoria e é pena que haja tão poucos interessados em aproveitar aqueles compêndios de experiência de vida, que tanto poderia ajudar os que acham que nunca vão envelhecer e jamais morrerão.
Mas também crianças por ali deambulam nas suas brincadeiras infindáveis, e que de vez enquanto se revoltam contra a mãe que teima em refrear as suas correrias, tudo em nome da roupa que não se quer suja, como se isso fizesse parte das preocupações das crianças.
Tudo isto me leva a pensar que de facto naquele pequeno espaço e ao mesmo tempo, estão reunidas as gerações que representam o princípio e o fim do ciclo que é a nossa passagem transitória por este minúsculo planeta perdido entre planetas, numa galáxia entre galáxias.
Entre estas duas gerações desenrola-se toda a azáfama dos que têm por dever cuidar de ambas, ao mesmo tempo que procuram eles próprios sobreviver perante um sistema que se abate sobre eles e sobre as suas liberdades, criando-lhes barreiras, em cujas subidas se vão esgotando as suas forças.
Mas voltando ao jardim, gosto de pensar que a presença tranquila e destemida da cegonha “Zulmira” no meio de toda esta movida, possa ser um sinal de que os homens, novos e velhos, e os outros seres viventes, ainda vão ocupar pacificamente o mesmo espaço, então tornado num mundo muito melhor.
Até lá, teremos de manter uma esperança ativa, sabendo que se nos recusam a felicidade, teremos que conquista-la.


Bom dia Mora.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

EM GAZA, MAS BEM PROTEGIDA

Foto: A RTP esta a fazer reportagem em Gaza, mas escolheu a protecção do exercito Israelita. Claro que do outro lado chovem bombas e metralha, mas é aí que está o local do crime, é aí que está a acontecer o holocausto.
É ao lado do invasor que Márcia Rodrigues nos conta a verdade do que acontece.
Claro que cumpre ordens do sistema que lhe paga. VERGONHA.

A RTP esta a fazer reportagem em Gaza, mas escolheu a protecção do exercito Israelita. Claro que do outro lado chovem bombas e metralha, mas é aí que está o local do crime, é aí que está a acontecer o holocausto.
É ao lado do invasor que Márcia Rodrigues nos conta a verdade do que acontece.
Claro que cumpre ordens do sistema que lhe paga. VERGONHA.

sábado, 5 de julho de 2014

TERRORISMO FINANCEIRO

Embora a linguagem, penso que é um óptimo artigo, que nos mostra com clareza, a situação actual e o nosso destino futuro... Este texto já é de Janeiro, peço desculpa, se por acaso já o conhecem... Um canhão pelo cu. O texto que está a incendiar Espanha (a linguagem pode chocar algumas almas sensíveis...) 

O seguinte texto foi pulicado no ?El País?, tendo-se tornado absolutamente viral em Espanha. Reflecte sobre o terrorismo financeiro e a captura económica. Chama as coisas pelos seus nomes e faz uma análise sobre o capitalismo actual que está a incendiar não só Espanha como todo o mundo. O título é "Um canhão pelo cu", e é escrito por Juan José Millas.

Um canhão pelo cu

Se bem entendemos - e não é fácil, porque somos um bocado tontos -, a economia financeira é a economia real do senhor feudal sobre o servo, do amo sobre o escravo, da metrópole sobre a colónia, do capitalista manchesteriano sobre o trabalhador explorado. A economia financeira é o inimigo de classe da economia real, com a qual brinca como um porco ocidental com corpo de criança num bordel asiático.

Esse porco filho da puta pode, por exemplo, fazer com que a tua produção de trigo se valorize ou desvalorize dois anos antes de sequer ser semeada. Na verdade, pode comprar-te, sem que tu saibas da operação, uma colheita inexistente e vendê-la a um terceiro, que a venderá a um quarto e este a um quinto, e pode conseguir, de acordo com os seus interesses, que durante esse processo delirante o preço desse trigo quimérico dispare ou se afunde sem que ganhes mais caso suba, apesar de te deixar na merda se descer.

Se o preço baixar demasiado, talvez não te compense semear, mas ficarás endividado sem ter que comer ou beber para o resto da tua vida e podes até ser preso ou condenado à forca por isso, dependendo da região geográfica em que estejas - e não há nenhuma segura. É disso que trata a economia financeira.

Para exemplificar, estamos a falar da colheita de um indivíduo, mas o que o porco filho da puta compra geralmente é um país inteiro e ao preço da chuva, um país com todos os cidadãos dentro, digamos que com gente real que se levanta realmente às seis da manhã e se deita à meia-noite. Um país que, da perspetiva do terrorista financeiro, não é mais do que um jogo de tabuleiro no qual um conjunto de bonecos Playmobil andam de um lado para o outro como se movem os peões no Jogo da Glória.

A primeira operação do terrorista financeiro sobre a sua vítima é a do terrorista convencional: o tiro na nuca. Ou seja, retira-lhe todo o caráter de pessoa, coisifica-a. Uma vez convertida em coisa, pouco importa se tem filhos ou pais, se acordou com febre, se está a divorciar-se ou se não dormiu porque está a preparar-se para uma competição. Nada disso conta para a economia financeira ou para o terrorista económico que acaba de pôr o dedo sobre o mapa, sobre um país - este, por acaso -, e diz "compro" ou "vendo" com a impunidade com que se joga Monopólio e se compra ou vende propriedades imobiliárias a fingir.

Quando o terrorista financeiro compra ou vende, converte em irreal o trabalho genuíno dos milhares ou milhões de pessoas que antes de irem trabalhar deixaram na creche pública - onde estas ainda existem - os filhos, também eles produto de consumo desse exército de cabrões protegidos pelos governos de meio mundo mas sobreprotegidos, desde logo, por essa coisa a que chamamos Europa ou União Europeia ou, mais simplesmente, Alemanha, para cujos cofres estão a ser desviados neste preciso momento, enquanto lê estas linhas, milhares de milhões de euros que estavam nos nossos cofres. E não são desviados num movimento racional, justo ou legítimo, são-no num movimento especulativo promovido por Merkel com a cumplicidade de todos os governos da chamada zona euro.

Tu e eu, com a nossa febre, os nossos filhos sem creche ou sem trabalho, o nosso pai doente e sem ajudas, com os nossos sofrimentos morais ou as nossas alegrias sentimentais, tu e eu já fomos coisificados por Draghi, por Lagarde, por Merkel, já não temos as qualidades humanas que nos tornam dignos da empatia dos nossos semelhantes. Somos simples mercadoria que pode ser expulsa do lar de idosos, do hospital, da escola pública, tornámo-nos algo desprezível, como esse pobre tipo a quem o terrorista, por antonomásia, está prestes a dar um tiro na nuca em nome de Deus ou da pátria.

A ti e a mim, estão a pôr nos carris do comboio uma bomba diária chamada prémio de risco, por exemplo, ou juros a sete anos, em nome da economia financeira. Avançamos com ruturas diárias, massacres diários, e há autores materiais desses atentados e responsáveis intelectuais dessas ações terroristas que passam impunes entre outras razões porque os terroristas vão a eleições e até ganham, e porque há atrás deles importantes grupos mediáticos que legitimam os movimentos especulativos de que somos vítimas.

A economia financeira, se começamos a perceber, significa que quem te comprou aquela colheita inexistente era um cabrão com os documentos certos. Terias tu liberdade para não vender? De forma alguma. Tê-la-ia comprado ao teu vizinho ou ao vizinho deste. A atividade principal da economia financeira consiste em alterar o preço das coisas, crime proibido quando acontece em pequena escala, mas encorajado pelas autoridades quando os valores são tamanhos que transbordam dos gráficos.

Aqui se modifica o preço das nossas vidas todos os dias sem que ninguém resolva o problema, ou mais, enviando as autoridades para cima de quem tenta fazê-lo. E, por Deus, as autoridades empenham-se a fundo para proteger esse filho da puta que te vendeu, recorrendo a um esquema legalmente permitido, um produto financeiro, ou seja, um objeto irreal no qual tu investiste, na melhor das hipóteses, toda a poupança real da tua vida. Vendeu fumaça, o grande porco, apoiado pelas leis do Estado que são as leis da economia financeira, já que estão ao seu serviço.

Na economia real, para que uma alface nasça, há que semeá-la e cuidar dela e dar-lhe o tempo necessário para se desenvolver. Depois, há que a colher, claro, e embalar e distribuir e faturar a 30, 60 ou 90 dias. Uma quantidade imensa de tempo e de energia para obter uns cêntimos que terás de dividir com o Estado, através dos impostos, para pagar os serviços comuns que agora nos são retirados porque a economia financeira tropeçou e há que tirá-la do buraco. A economia financeira não se contenta com a mais-valia do capitalismo clássico, precisa também do nosso sangue e está nele, por isso brinca com a nossa saúde pública e com a nossa educação e com a nossa justiça da mesma forma que um terrorista doentio, passo a redundância, brinca enfiando o cano da sua pistola no rabo do sequestrado.
Há já muitos anos que nos metem esse cano pelo rabo. E com a cumplicidade dos nossos..., depois de termos perdido os anéis dos dedos...

Juan José Millas

notícia dinheiro vivo

(Recebido por email)


Imagem: Hiperbórea Juvenália

sábado, 7 de junho de 2014

18.000 HOMENS

Acho incrível que esta foto, tirada há tantos anos, ainda exista! 
E agora, alguém coloca na WEB para todos nós vermos 
Essa foto incrível foi tirada em 1918. 

São 18.000 homens preparando-se para a guerra num acampamento 
de treino em Camp Dodge, no Iowa. 

Dezoito mil homens !!!!!

 Dados da Foto
Base de Ombro: 150 metros 
Braço Direito: 340 metros 

Parte mais larga do braço segurando tocha: 12 1 / 2 m eet 
Polegar direito: 35 metros 
Parte mais espessa do corpo: 29 pés 
Mão esquerda comprimento: 30 pés 
Face: 60 pés 
Nariz: 21 pés 
Longest Spike pedaço de cabeça: 70 pés 
Tocha e chama combinado: 980 metros 
Número de homens na chama da tocha: 12.000 
Número de homens na tocha: 2.800 
Número de homens no braço direito: 1.200 
Número de homens no corpo, cabeça e equilíbrio da figura apenas: 2.000 

Total de homens: 18.000


(Recebido por e-mail)

segunda-feira, 12 de maio de 2014

FÁBULA DA RATOLÂNDIA


Esta é uma história de um país chamado RATOLÂNDIA. A Ratolândia era um lugar onde todos os ratinhos viviam e brincavam, onde viviam e morriam, e eles viviam da mesma maneira que nós. Também tinham um Parlamento e de quatro em quatro anos tinham eleições. Caminhavam rumo ás urnas, e votavam. Alguns até apanhavam uma boleia para votar. Na verdade era uma aventura que tinham a cada quatro anos. Tal como tu e eu. E a cada dia de eleições todos os ratinhos se habituaram a ir ás urnas e a eleger um governo: Um governo formado por enormes e gordos gatos pretos. Mas agora se pensas que é estranho que os ratos elegem um governo de gatos, vê só o que nós, Portugueses temos feito nos últimos quarenta anos, e então verás que talvez eles não sejam mais estúpidos que nós, e eu não estou a dizer nada contra os gatos. Eles até são bons rapazes. Eles conduzem o governo com dignidade. Aprovam boas leis. Leis que são boas para os gatos. Mas essas leis que eram boas para os gatos, não eram boas para os ratos. Uma das leis dizia que a porta das casas dos ratos, tinham que ter um tamanho suficiente para que lá cabesse a pata de um gato, e outra dizia que os ratos só poderiam, caminhar a uma certa velocidade, para que um gato conseguisse o pequeno-almoço sem muito esforço físico. Todas as leis eram boas leis…para os gatos, mas muito duras para os ratinhos.
E a vida dos ratos era cada vez mais difícil.
E quando os ratos já não aguentavam mais, decidiram que alguma coisa tinha que ser feita. Então foram em massa ás urnas e votaram contra os gatos pretos. Elegeram os gatos brancos.
Os gatos brancos tinham feito uma campanha genial Disseram que a Ratolândia precisava era de “mais visão”. Tinham dito que “o problema da Ratolândia são as entradas redondas das casas doa ratos”.” Se vocês nos elegerem faremos as entradas quadradas”. E assim fizeram. As entradas quadradas ficaram com o dobro do tamanho das redondas, e agora os gatos poderiam por lá as duas patas. E a vida era mais dura que nunca. E quando não podiam suportar mais , votaram contra os gatos brancos e colocaram lá de novo os gatos pretos, para logo regressarem aos gatos brancos, e depois outra vez os pretos. Até tentaram metade de gatos pretos e metade de gatos brancos. Chamaram-lhe umas vezes “Bloco Central” outras vezes “Aliança Portugal” e Inclusive até tentaram um governo com gatos malhados. Eram gatos que tentavam falar como ratos, mas comiam como gatos.
Como podem ver, meus amigos, o problema não estava na cor dos gatos. O problema estava no facto de serem gatos. E como gatos naturalmente que eles defendiam os interesses dos gatos e não dos ratos.
Finalmente chegou de longe, um pequeno ratinho que tinha uma ideia.
Meus amigos, peço agora que estejam atentos ao humilde companheiro com uma ideia:
Ele disse a todos os ratos: “Porque continuamos a eleger um governo de gatos? Porque não elegemos um governo de ratos?
Ohh!!! ,disseram “És um comunista!! COMUNISTA !! Chamem os gatos, chamem os gatos!!”
E assim o meteram na prisão. Porem quero recorda-los que podem encarcerar um rato ou um homem. Mas não podem encarcerar uma ideia.

Tommy C. Douglas – 1904-1986

PS: Este texto tem algumas adaptações, da minha responsabilidade.
----------------------------------------

É tempo de acabar com os que metem as patas pela nossa porta. É tempo de acabar com os que roubam a nossa felicidade. Que sentido faz que mantenhamos no poder, quem nos rouba o sonho?
A ideia do ratinho que veio de longe, é hoje tão actual como sempre. Será que somos nós próprios a encarcerar essa ideia? Não haverá mais nenhum 25 de Abril. Revolução que precisa ser feita, tem de ser feita por nós, e não será feita com armas nem com cravos; A única arma que precisamos é de uma caneta e uma cruz no sitio certo. É tempo de deixar de votar nos “gatos” tenham eles a cor que tiverem. É tempo de votar em nós. É tempo de votar no nosso trabalho, no nosso salário, na nossa educação, e na dos nossos filhos e netos, na nossa saúde, e na dos nossos filhos e netos, na nossa habitação e na nossa felicidade. Não podemos continuar a votar nas privatizações dos gatos, nas clínicas dos gatos, nos palácios dos gatos, na banca dos gatos, nos spa’s, casinos e offshores dos gatos. Os gatos cada vez que falam em crise, empanturram-se de lagostas. É tempo do povo tomar nas suas mãos, o seu próprio destino.
É tempo de votar em nós.


(Imagem: Mário Linz)

sábado, 19 de abril de 2014

MARIO CRUZ VENCE PREMIO ESTAÇÃO IMAGEM/MORA

O fotojornalista Mário Cruz, da agência Lusa, foi este sábado distinguido com o principal galardão do Prémio de Fotojornalismo Estação Imagem|Mora.

A distinção premeia uma reportagem sobre um centro de reabilitação que promove a integração social de pessoas com cegueira recente: o Centro de Reabilitação Nossa Senhora dos Anjos, da Santa Casa de Lisboa, promove a reabilitação de cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a partir dos 16 anos, com cegueira ou baixa-visão adquiridas.

Pedro Armestre venceu na categoria de Notícias, com a reportagem ´On the Fire´, acerca dos fogos florestais na Galiza (Espanha), em 2013. Mário Cruz, com ´Cheias no Reguengo do Alviela´, e Monica Ferreirós, com ´Accidente de Tren´, foram os 2.º e 3.º classificados.

Em Vida Quotidiana, o júri premiou duas reportagens de Rodrigo Cabrita: o 1.º lugar para ´Aprender a Sobreviver´ e o 2.º para ´Semana de Praia para Idosos´.

José Ferreira, com ´Body Language´, foi o único premiado em Artes e Espetáculos; em Assuntos Contemporâneos o vencedor foi Bruno Simões Castanheira, com ´Portugal, a Antidemocracia do Empobrecimento´, e Tommaso Rada, com ´Os Últimos´.

Em Série de Retratos, o júri premiou Artur Machado, com ´Os Manifestantes´; em Ambiente venceram Sérgio Rolando, com ´Paisagem Multiplicada´ e Agata Xavier, com ´Inventário´, nos 1.º e 2.º lugares.

O 1.º classificado em Desporto foi Bruno Simões Castanheira ´Capeia Arraiana´, tendo o 2.º lugar sido atribuído a Octávio Passos ´Havai da Europa´.

A Bolsa Estação Imagem 2014 foi para Hermano Noronha, que vai desenvolver o projeto ´Presente´, para documentar o estado atual da memória sobre a Guerra do Ultramar no concelho de Mora.

Nesta 5.ª edição, estiveram a concurso 386 reportagens, de cerca de 140 fotógrafos.


(In A Bola online)

sábado, 5 de abril de 2014

CAMPOS AMURALHADOS


Hoje, numa reportagem de rua da RTP, toda a gente se manifestava farta da chuva e do frio, e desejou bom tempo e calor para ir ao campo apanhar sol e contemplar as flores. Ora não sei onde podem satisfazer esse saudável desejo. No Alentejo não deve ser, já que o campo está rodeado de rede e arame farpado, portões fechados a cadeado e guardas prontos a correr com quem se aproximar.
Este Portugal de Abril transformou o campo numa espécie de pinhal do Rei, onde o povo não pode pisar, e os centros urbanos, em guetos, onde o único ponto de fuga é o alcatrão das estradas, que fatalmente conduzem a outro gueto qualquer.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

O MEU CHÃO

“ o passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente”
.
 

As melhores amizades são reconhecidamente as da infância e adolescência. Há até quem diga que mesmo depois de muitos anos de desencontros, quando se reencontra um amigo de infância, se recomeça uma conversa como se fora interrompida no dia anterior.
É dessas amizades que sinto saudades. Acho até que sinto alguma orfandade desses amigos de quem desde demasiado cedo, por força das circunstâncias, me fui afastando. Muito cedo deixei aquilo que agora se chama de “zona de conforto” para me fazer à vida, como era obrigação na ordem então estabelecida. Quis o destino ou má sorte, que nunca me fixasse por muito tempo no mesmo lugar. Saltitar entre sítios e lugares, muitas vezes mais para me afastar, do que na procura de algo, deixou-me pouco tempo para fomentar novas amizades, mas tempo suficiente para me ir afastando das antigas e recebendo em troca, mais angustia e desassossego.
Foi correndo “seca e meca” que me fiz adulto, e se me abriram novos caminhos e novas opções, e a agitação da vida, a construção de uma família e a criação e educação dos filhos, absorveu-me de tal maneira, que acabei por esquecer o tempo dos primeiros amigos, companheiros de aventuras e da partilha de algumas descobertas, e de quem perdi completamente o rasto.
Mas há um tempo que inevitavelmente acontece; Os passarinhos filhos abrem as asas e abandonam o ninho, que fica demasiado vazio para os velhos pássaros pais, e então começa a sobrar-lhes tempo. É o tempo de sentir saudade, e de lembrar as origens e voltar ao passado. Descubro que grande parte do meu presente, são lembranças desse passado, e concluo que a saudade é de alguma forma, a presença da ausência do que recordamos. Parece complicado, mas quem viaja pelo seu interior, compreende bem.
É nessa presença que vou encontrar de novo os meus amigos da infância e adolescência. Lembro-os tal qual como os deixei, mas não sei onde estão nem como são agora. Pergunto-me se eles também terão saudades minhas, e reparo que isso parece ser importante para mim.

O tempo e a vida curtiram demasiado a minha pele e a minha alma. Á minha volta construí uma carapaça defensiva e protectora, que agora parece apresentar várias fendas.
Sinto falta do meu chão. O chão onde nasci e percorri a pés descalços, juntamente com aqueles que agora recordo, e não sei por onde andam.

Aníbal Lopes
Fev/14

sábado, 15 de fevereiro de 2014

SEXBOMB

 Todos nós, Homens, sabemos que é na mesa dos bares e cafés, entre duas cervejas e meia dúzia de tremoços, que se fazem as melhores caçadas, as melhores pescarias e se apanham mais tubaras, espargos e “outros frutos silvestres”. É também onde se consegue as melhores performances sexuais, normalmente sem as nossas esposas darem por isso.
Mas agora, pelo menos em relação ao sexo, parece ser possível deixar de ser só garganta e passar a ser um desempenho efetivo; Qualquer um pode agora ser uma bomba sexual, “com ereções mais fortes e duradoras, mais desejo e excitação sexual, mais resistência e aumento do tamanho (?) das ereções, intensos orgasmos múltiplos (Chiça), em qualquer idade (boa), mesmo com a cabeça cheia de álcool.”
Como diz o outro; É só vantagens. Tudo graças á utilização de um suplemento alimentar que deve ser produzido pelo Pai Natal e distribuído pela Carochinha, e é vendido ao preço da uva mijona. Portanto qualquer um pode ser um SEXBOMB.
Quem não deve estar nada satisfeito, é o Capitão Robin e o Zézé Camarinha, que agora passam a ser simplesmente mais um entre muitos iguais, e cujos méritos são agora vulgarmente corriqueiros.
Quem se vai sentir também, é o turismo Algarvio, pois agora as Inglesas e as Suecas já podem ter à porta um macho britch ou sueden, com a mesma qualidade de um macho latino.
Hoje não é dia dos namorados?

-- Óh Maria !! dá-me aí dinheiro, para eu ir à farmácia…

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

MORA COM NOVA PISTA DE PESCA

O concelho de Mora passa a ter três pistas de pesca com a abertura da recente Pista de Pavia que completa a rede de pistas de pesca desportiva do concelho.
Assente na Ribeira de Tera, a Pista de Pavia tem características muito específicas, quer pelo seu enquadramento numa paisagem deslumbrante, quer pelo tipo de peixes que se podem capturar ao longo dos seus 800 m de comprimento onde estão instalados 70 pesqueiros.
Na construção das pistas de pesca do concelho, e sobretudo na de Pavia, a autarquia teve a preocupação de manter e preservar os habitats naturais existentes, tentando interferir o mínimo possível nas margens e a construção de acessos e parques de estacionamento estão em terra batida.
Orientada pelo conceito “Virar o Concelho para a Ribeira”, a edilidade orgulha-se da oferta de Pesca presente no concelho.
A criação da Concessão de Pesca da Ribeira do Raia, hoje por muitos, considerada a ex-libris da Pesca Desportiva Nacional, tem cerca de 16.200 m de comprimento e uma área de 940.000m2 de espelho de água.
Inclui duas pistas de alta competição: a Pista Internacional de Pesca Desportiva de Cabeção, construída em 1996; e a Pista de Pesca Internacional de Mora, datada de 1998.
A construção da Pista Internacional de Pesca Desportiva de Cabeção, em 1996, foi o primeiro passo e hoje está classificada pelo Comité da Federação Internacional de Pesca Desportiva em Água Doce de Interesse Internacional e “Património Mundial de todos aqueles que amam a pesca e a natureza”.
Foi, assim possível atrair ao concelho milhares de pessoas e aí realizar eventos de inegável interesse desportivo e económico para a região, como sejam os “Campeonatos Mundo e da Europa de Pesca Desportiva” em diferentes escalões, para além das inúmeras provas a contar para os diversos Campeonatos Nacionais.
A actividade desportiva nestas Pistas de Pesca representa hoje para Mora, a nível turístico e económico, um grande factor de desenvolvimento económico.
A realização destes certames internacionais atrai milhares de pessoas.
Um Campeonato da Europa ou do Mundo, normalmente, conta com a participação de mais de duas dezenas de países, o que corresponde a mais de 200 pescadores que arrastam consigo outros tantos acompanhantes e, por norma, entre oito a 10 mil espectadores.
Esta intensa actividade na área da pesca desportiva teve como consequência a organização da Feira Nacional de Pesca Desportiva – MORAPESCA que este ano tem a sua 12ª edição nos próximos dias 21,22 e 23 de Fevereiro.
O evento conta com a colaboração com a Federação Portuguesa de Pesca Desportiva e a 1ª Associação Regional de Pesca Desportiva de Rio
A MORAPESCA é a maior feira de material desportivo do País, a única onde estão representados todos os importadores de material de pesca e atrai ao concelho mais de 35 000 mil pessoas em cada edição.
Como consequência desta actividade, o concelho de Mora é, muito naturalmente, o centro da pesca desportiva de água doce em Portugal.

domingo, 26 de janeiro de 2014

PRAXES ASSASSINAS??

Pessoalmente, não acuso. Mas pergunto, questiono e quero saber.
Que cada um faça o seu próprio julgamento.

CARTA ABERTA A UM “DUX”



Dux:

Ando aqui com esta merda entalada há já algum tempo. A ouvir as diferentes versões, a pensar nas dúvidas e a pôr-me no lugar das pessoas. Tento pôr-me no lugar dos pais dos teus colegas que morreram. Mas não quero. É um lugar que não quero nem imaginar. É um lugar que imagino ser escuro e vazio. Um vazio que nunca mais será preenchido. Nunca mais, Dux. Sabes o que é isso? Sabes o que é "nunca mais"?

A história que te recusas a contar cheira cada vez mais a merda, Dux. Primeiro não falavas porque estavas traumatizado e em choque por perderes os teus colegas. Até acreditei que estivesses. Agora parece que tens amnésia selectiva. É uma amnésia conveniente, Dux. Curiosamente, uma amnésia rara resultante de uma lesão cerebral de uma zona específica do cérebro. Sabias Dux? Se calhar não sabias. Resulta normalmente de um traumatismo crânio-encefálico. Portanto Dux, deves ter levado uma granda mocada na cabeça. Ou então andas a ver se isto passa. Mas isto não é uma simples dor de cabeça, Dux. Isto não vai lá com o tempo nem com uma aspirina. Já passou mais de 1 mês. Continuas calado. Mas os pais dos teus colegas têm todo o tempo do mundo para saber a verdade, Dux. E vão esperar e lutar e espremer e gritar até saberem. Porque tu não tens filhos, Dux. Não sabes do que um pai ou uma mãe é capaz de fazer por um filho. Até onde são capazes de ir. Até quando são capazes de esperar.

Vocês, Dux... Vocês e os vossos ridículos pactos de silêncio. Vocês e as vossas praxes da treta. Vocês e a mania que são uns mauzões. Que preparam as pessoas para a vida e para a realidade à base da humilhação, da violência e da tirania. Vou-te ensinar uma coisa, Dux. Que se calhar já vai tarde. Mas o que prepara as pessoas para a vida é o amor, a fraternidade, a solidariedade e o civismo. O respeito. A dignidade humana e a auto-estima. Isso é que prepara as pessoas para a vida, Dux. Não é a destruí-las, Dux. É ao contrário. É a reforçá-las.

Transtorna-me saber que 6 colegas teus morreram, Dux. Também te deve transtornar a ti. Acredito. Mas devias ter pensado nisso antes. Tu que és o manda-chuva, e eles também, que possivelmente se deixaram ir na conversa. Tinham idade para saber mais. Meco à noite, no inverno, na maior ondulação dos últimos anos, com alerta vermelho para a costa portuguesa? Achavam mesmo que era sítio para se brincar às praxes, Dux? Ou para preparar as pessoas para a vida? Vocês são navy seals, Dux? Estavam a preparar-se para alguma missão na Síria? Enfim. Agora sê homenzinho, Dux. E fala. Vá. És tão dux para umas coisas e agora encolhes-te como um rato.

Sabes o que significa dux, Dux? Significa líder em latim. Foste um líder, Dux, foste? Líderes não humilham colegas. Líderes não "empurram" colegas para a morte. Líderes lideram por exemplo. Dão o peito e a cara pelos colegas. Isso é um líder, Dux.

Não sei o que isto vai dar, Dux. Não sei até que ponto vai a tua responsabilidade nesta história toda. Mas a forma como a justiça actua neste país pequenino não faz vislumbrar grande justiça. És capaz de te safar de qualquer responsabilidade, qualquer que ela seja. Espero enganar-me. Vamos ver. O que eu sei é que os pais que perderam os filhos precisam de saber o que aconteceu. Precisam mesmo, Dux. É um direito que eles têm. É uma vontade que eles precisam. Negá-los disso, para mim já é um crime, Dux. Um crime contra a humanidade. Uma violação dos direitos humanos fundamentais. Só por isso Dux, já devias ser responsabilizado. É tortura, Dux. E a tortura é crime.

Sabes, quero me lembrar de ti para o resto da vida, Dux. Sabes porquê? Porque não quero que o meu filho cresça e se torne num dux. Quero que ele seja o oposto de ti. Quero que ele seja um líder e não um dux. Consegues perceber o que digo, Dux? Quero que ele respeite todos e todas. Que ele lidere por exemplo. Que ele não humilhe ninguém. Que seja responsável. Que se chegue à frente sempre que tenha que assumir responsabilidades. Que seja corajoso e não um rato nem um cobardezinho. Que seja prudente e inteligente. E quero me lembrar também dos teus colegas que morreram. Porque não quero que o meu filho se deixe "mandar" e humilhar por duxezinhos como tu. Não quero que ele se acobarde nem se encolha perante nenhum duxezinho. Quero que ele saiba dizer "não" quando "não" é a resposta certa. Quando "não" pode salvar a sua dignidade, o seu orgulho ou até a sua vida. Quero que ele saiba dizer "basta" de cabeça erguida e peito cheio perante um duxezinho, um patrãozinho, um governozinho ou qualquer tirano mandão e inseguro que lhe apareça à frente. É isso que eu quero, Dux. Quem o vai preparar para a vida sou eu e a mãe dele, Dux. Não é nenhum dux nem nenhuma comissão de praxes. Sabes porquê, Dux? Porque eu não quero um dia estar à espera de respostas de um cobarde com amnésia selectiva. Não quero nunca sentir o vazio dos pais dos teus colegas. Porque quero abraçar o meu filho todos os dias da minha vida até eu morrer, Dux. Percebeste? Até EU morrer. EU, Dux. Não ele.

(Recebido por e-mail)


 In:  lhttp://pesnosofa.blogspot.pt/2014/01/carta-aberta-dux.html

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

PANTEÃO

O Panteão a mim não me diz nada Não o conheço nem sei como é. Imagino-o como um sitio frio, húmido, lúbrico e morguento, fechado a sete chaves, qual castelo do King Ghob, (o de João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira) por muito disparatado que isto possa ser. No fundo, nada que mereça a presença do verdadeiro King. Por mim, Eusébio ficaria num lugar onde pudesse ser visitado todos os dias e a todas as horas. Eusébio não é um Rei de corte convencional, mas um Rei do povo da rua. Nesse tal Panteão, acho que o King vai sentir-se fechado, preso e impedido de “conviver” com o seu povo.

domingo, 5 de janeiro de 2014

MORREU O KING


Eu devia ter os meus 13/14 anos, e era o Ardina de Montargil. Quando ao abrir os jornais de um certo primeiro de Abril reparei no titulo de "A BOLA": "Um dia tinha de ser: Eusébio no Real Madrid". Chorei lágimas de sofrimento e desilusão; Como era possível o meu ídolo sair do meu Benfica? Como? No dia seguinte, lá vinha a"A BOLA": "Pedimos desculpa. O que queríamos dizer não era um dia tinha que ser, mas dia um tinha que ser". Afinal era mentira de um de Abril. Afinal tudo estava bem.
Infelizmente hoje não é dia um de Abril, e o King transferiu-se mesmo para a equipa celestial, onde vai jogar ao lado de outros Deuses do futebol. A equipa Divina recebe um esfôrço de peso, mas nós, os que amamos o futebol, perdemos o nosso ídolo, o nosso Deus da bola, mas não perderemos a memória dos dias de glória.
Adeus, meu King. Obrigado e até sempre.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

ORÇAMENTO SUPERIOR A NOVE MILHÕES, PARA MORA



 A Câmara Municipal de Mora, no Alto Alentejo, aprovou um orçamento de 9.220 milhões de euros para o ano de 2014.
Segundo a autarquia, a verba visa cumprir as propostas que foram sufragadas pela população nas últimas autárquicas.
Fruto de uma situação financeira invejável, a Câmara Municipal de Mora destinou 2,5 milhões de euros para a recuperação da antiga estação da CP cujas obras arrancam em Abril.
A autarquia prevê gastar 942 mil euros em Habitação e Urbanismo, em particular na requalificação urbana.
Desenvolvimento Económico e Abastecimento Público é a área que irá receber mais de 600 mil euros, enquanto o sector Ambiente verá um investimento de 370 mil euros, com ênfase nos Resíduos Sólidos e Higiene Pública.
A Câmara de Mora anunciou ainda que não possui qualquer dívida a fornecedores, realizando pagamentos a 30 dias dentro do quadro de certificações que detém e que são da Qualidade, Ambiente, Segurança e Responsabilidade Social.
Mora situa-se no limite Noroeste do Alentejo e tem uma população de cerca de 5.000 habitantes.
A 100 km de Lisboa, possui diversas atrações turísticas, com destaque para o primeiro Fluviário da Europa que já recebeu mais de 680 mil visitantes em seis anos.
Importante polo de Megalitismo, o concelho orgulha-se de ter monumentos nacionais, ribeiras para a pesca desportiva e uma gastronomia ímpar.

(In Press Inform)