sexta-feira, 30 de abril de 2010

SEIS MIL


Quatro meses depois de instalar o contador, é este o numero de visitas, na maioria das vezes certamente feitas pelas mesmas pessoas.
Quando comecei esta aventura, e digo aventura pelo facto de eu ser um analfabeto informático,não tinha qualquer expectativa, nem fazia a mínima ideia do que poderia acontecer, embora também não pudesse acontecer muita coisa, para alem de alguma visibilidade, e não mais que isso. Julgo que foi o que aconteceu: Alguma visibilidade. Aliás, penso até que essa visibilidade acontece pelo facto de a blogosfera do nosso Concelho ser um completo deserto de ideias.(na minha opinião)
Claro que há alguns projectos específicos, que cumprem o seu papel virados para faixas e objectivos próprios, e que naturalmente o fazem com toda a legitimidade.
Mas o que eu penso que faz falta, é um grande espaço que consiga ser credível para todas as correntes de opinião, que privilegie mais o debate e menos o protesto, mais a critica construtiva e menos o bota-abaixo. Um espaço onde cada um de nós, possa à luz do dia, opinar livremente, olhos nos olhos e não na sombra.
Um espaço que não fosse só de opinião, mas também de divulgação e informação, e até de criação de projectos próprios.
Há excelentes exemplos neste campo, e se os outros conseguem, Mora também pode conseguir. Basta encontrar as pessoas certas.
Pessoalmente agradeço a quem me visita, mas não esperem mais do que tenho feito, pois que para tanto me falta vocação, talento e conhecimento. O que nunca farei, é tentar fazer-me passar pelo que não sou.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

O ANTI TRIPA



Ao contrario do que possa parecer, não é mais um blog ultra. É um compêndio de Benfiquismo, tratado de forma superior e tendo o Benfica por única razão.
Defensor intransigente do ENORME, surpreende pela indiscutível capacidade intelectual de alguns dos seus "postadores", e pelos conhecimentos da realidade da nossa bola, ao ponto de a própria imprensa desportiva, vir aqui "alimentar-se".
É verdade que a sua linguagem é por vezes própria de um movimento ultra, mas há que lembrar que se destina a uma família que se entende na perfeição, sem se preocupar com quem vem de fora.
Muitos serão os que acham isto deprimente, sem interesse cultural, nem nenhum acréscimo para o que este Blog possa valer. Estão no seu direito, e até podem ter razão. Mas se é verdade que eu todos os dias me esforço por ser uma pessoa melhor, também é verdade que o meu Benfiquismo me orgulha, e conheço muitos "craneos" superiores, que pensam como eu.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

HONRA A JOÃO MORAIS



Morreu ontem na cidade do Porto, o antigo futebolista do Sporting, João Morais.
Atleta de grande qualidade, ficou celebre por ter marcado o celebre "cantinho do Morais", que deu o golo e a vitória ao Sporting, sobre o MTK de Budapeste, na final da Taça das Taças, em 1964.
A todos os Sportinguistas, principalmente aos da nossa terra, deixo aqui o meu lamento pelo desaparecimento desta vossa grande glória.

terça-feira, 27 de abril de 2010

A SOLIDARIEDADE COMO FORMA DE NEGOCIATA



Já aqui me debrucei sobre o assunto, mas graças a um amigo, estou agora melhor informado.
A campanha a favor das vitimas na Madeira através de chamadas telefónicas, é um insulto à boa fé da gente generosa, e um assalto à mão armada.
Pelas televisões a promoção reza assim: Preço da chamada 060€+ IVA.
São 0,72€ no total. O que por má fé não se diz é que o donativo que deverá chegar ao beneficiário Madeirense, é de apenas 0,50€. Assim oferecemos 50 cêntimos a quem carece, mas cobram-nos 72, ou seja mais 22cêntimos (30%).
Quem fica com a diferença?.

1º a PT com 0,10€ (17%)isto é, a diferença entre 50 e 60 cêntimos.
2º o estado com 12 cêntimos (20%) referente ao IVA sobre 60 cêntimos.

Numa campanha de solidariedade, a aplicação de uma margem de lucro pela PT e da incidência de IVA pelo estado,são o retrato da baixa moral a que tudo isto chegou.

RESERVADO



Por todo o País a Nação Gloriosa vai reservando espaço para a festa que se aproxima.(na imagem, Estremoz, numa foto gamada do Kruzes Kanhoto)
De notar que estas reservas são feitas em tarjas de lona, que os serviços Municipais retiram com a maior facilidade, e sem qualquer prejuízo para o património colectivo.
Pois bem; Aparecem agora uns seres estranhos,(ao que parece, vindos de Marte, o que desde logo retira a possibilidade de serem os mesmos que atacam as zonas de serviço nas auto-estradas) que resolveram reservar as casas do Benfica, atirando-lhes garrafas de tinta azul, e provocando milhares de euros de prejuízo.
Juro por todos os santinhos que não sei quem é essa gente. mas de certeza que não é boa gente.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

NADA É IMPOSSIVEL DE MUDAR



Desconfiem do mais trivial, na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente: Não aceiteis o que é o hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar.

Bertolt Brecht

sábado, 24 de abril de 2010

ASSOCIAÇÂO 25 DE ABRIL



MENSSAGEM


Cada ano que passa, renova-se o ritual de lembrar o Portugal de antes de Abril, a luta contra a ditadura, a libertação e os dias de esperança e de construção de um país novo.
Fazemo-lo, orgulhosos da luta desenvolvida contra os opressores, da acção libertadora que essa luta proporcionou e das jornadas cívicas, onde todos participaram activamente.
Fazemo-lo também no ano em que se evocam os cem anos da implantação da República. Lembrando que o 25 de Abril fez renascer os valores republicanos, que havia 48 anos estavam amordaçados.
E, num tempo em que parecem vacilar os valores republicanos do serviço público desinteressado, do culto do bem comum e da escrupulosa gestão dos valores patrimoniais comuns, no momento em que muitos inimigos da República, da Liberdade, da Justiça Social e do 25 de Abril se aproveitam das fraquezas dos maus republicanos para as darem como inerentes e contaminadoras do próprio ideal democrático, há que afirmar orgulhosamente os princípios por que se bateram os combatentes da Rotunda, dizendo que o 25 de Abril de 1974 prolongou e aprofundou o 5 de Outubro de 1910, a bem de Portugal e dos Portugueses.
Mas passados 36 anos, olhando a situação a que se chegou, impõe-se perguntar “Se foi para isto que se fez o 25 de Abril?”
É uma questão que se coloca muitas vezes, juntamente com a de “Valeu a pena?”, acrescida da afirmação “É preciso fazer outro 25 de Abril!”
Perante o ponto a que se chegou, confessamos ser difícil responder a essas questões.
Os sentimentos são contraditórios, parecem impossíveis de conviver entre si.

Isto porque por um lado, foi para isto que se fez o 25 de Abril!
Sim, porque foi para terminar com a ditadura que se fez o 25 de Abril! E, em consequência, a democracia aí está, possibilitando a todos e a cada um que, usando a liberdade conquistada, participe na escolha dos seus diversos dirigentes.
Sim, porque foi para terminar com a guerra que se fez o 25 de Abril! E a guerra terminou, ajudando ao nascimento de novos países, que, com muitas dificuldades é certo, vêm caminhando, fazendo o seu próprio caminho de países independentes, construindo a sua própria história.
Sim, porque foi para terminar o isolamento internacional em que Portugal vivia que se fez o 25 de Abril. E aí estamos nós, inseridos na União Europeia, com relações amigáveis com todos os países do mundo!
De facto tudo isto é verdade, mesmo que tenhamos de concordar que a Democracia tem enormes defeitos, não sendo perfeita só porque ainda não se conhece sistema menos mau. Sendo que o maior deles é permitir que se continue a assumir estar-se em democracia, quando apenas subsistem alguns dos seus aspectos formais.
Como temos de concordar que a Liberdade sofre demasiadas condicionantes, fruto do poder dos mais poderosos, que encontram sempre fórmula de pressionar os mais desfavorecidos.
Como teremos de reconhecer que, apesar de não estarmos envolvidos directamente em qualquer guerra, nos deixámos levar à participação em guerras alheias, fortemente injustas e condenáveis, dando cobertura a acções de agressão a povos com os quais devíamos ser solidários.
Mas, apesar de todas estas insuficiências da nossa democracia, continuamos a considerar que valeu a pena!
A Liberdade, a Democracia e a Paz são valores sem preço, pelos quais vale a pena lutar e tudo arriscar!

Por outro lado, o 25 de Abril também foi feito para alcançar a Justiça Social, nas suas várias vertentes!
O 25 de Abril também foi feito para terminar com as enormes desigualdades de que a sociedade portuguesa padecia, também foi feito para fazer com que as classes mais desfavorecidas passassem a ser menos desfavorecidas.
E também foi feito para se construir uma sociedade mais justa, mais igualitária, mais democrática.
E, perante a situação que atingimos, perante a situação que vivemos, há que dizer clara e inequivocamente que “não foi para isto que se fez o 25 de Abril!”
Não foi para cavar um fosso cada vez maior entre os mais ricos e os mais pobres, com situações aberrantes, onde o leque salarial atinge valores de várias centenas, que se fez o 25 de Abril!
Não foi para aumentar a distorção da distribuição do rendimento do trabalho, onde o capital vem abocanhando cada vez mais uma parte de leão, que se fez o 25 de Abril!
Não foi para criar gritantes e escandalosas anomalias na distribuição da parte que cabe aos trabalhadores, que se fez o 25 de Abril!
Como é possível que, enquanto o trabalhador médio português ganha pouco mais de metade do que se ganha na Zona Euro, o gestor português suplante os valores ganhos pelos homónimos americanos, franceses, finlandeses, suecos e outros.
Não foi para isto que se fez o 25 de Abril!
Como também não foi para criar uma sociedade corrupta, de total impunidade e compadrio, que se fez o 25 de Abril!
Não foi para ver os máximos dirigentes do país desacreditados e sem autoridade moral, para pedirem sacrifícios à generalidade da população, que se fez o 25 de Abril!

Como foi possível termos chegado a isto?
Como é possível ter-se enfrentado a crise, de forma a que os únicos que ganharam com isso tenham sido os próprios responsáveis por ela? O facto é que, passado o susto, salvos pelo dinheiro dos contribuintes, refinaram os seus métodos, aumentaram os seus privilégios e aí estão, prontos a continuar a exploração de todos, em benefício pessoal! Nada aprenderam com o susto, mantêm uma inconcebível falta de regras éticas e continuam a levar-nos para o abismo.
E, enquanto os gestores continuam a receber vencimentos milionários, os banqueiros a ver aumentados os rendimentos do passado, o desemprego continua a aumentar, os trabalhadores precários são cada vez mais, os pobres aumentam em número absoluto e relativo e as desigualdades sociais são cada vez maiores. A maioria da população vê o seu cinto cada vez mais apertado e não vislumbra uma réstia de luz, ao fundo do túnel!
Como foi possível permitir o enfraquecimento e a ineficiência do Estado, prisioneiro dos pequenos e grandes grupos de interesses que campeiam no país? Grupos que conseguiram transformar partidos políticos em agentes desses mesmos interesses particulares? Assim se chegando a uma situação de degradação inaceitável do Estado, por via da sua subordinação a interesses avulsos e ilegítimos.

Temos de ser capazes de romper essa tenebrosa teia de interesses. A vida colectiva dos Portugueses não pode continuar à mercê de um permanente e sistemático entorpecimento do funcionamento da Justiça!
Temos de ser capazes de acabar com o nexo directo entre o não funcionamento dos serviços judiciários, a corrupção e a fraude! Só assim acabaremos com o clima de mal-estar que se instalou na nossa sociedade – o maldizer, o derrotismo, o pessimismo!
Temos de ser capazes de acabar com a impunidade dos responsáveis, por mais arbitrariedades e erros que cometam!

Sim, não foi para isto que se fez o 25 de Abril!
Por isso, como responsáveis maiores do acto libertador de 1974, aqui deixamos o nosso grito de revolta: Não estamos arrependidos, continuamos a considerar que, apesar de tudo, valeu a pena, mas chegou a altura de, também nós, gritarmos que é necessário um outro 25 de Abril!
Mas um 25 de Abril com outras armas!
Não com as G3 e as Chaimites, pois não vivemos em ditadura, mas com as armas que a Democracia nos faculta!
A nossa acção cívica tem de conseguir parar a degradação da nossa sociedade, tem de conseguir devolver-nos a esperança de um novo país, com justiça e solidariedade. Um país mais livre, democrático, justo e fraterno.
E isso só será possível se, todos e cada um, nos imbuirmos do espírito de Abril, se impusermos os seus valores a quem nos dirige. Usando os instrumentos que a Democracia nos fornece, não tendo medo de assumir uma atitude cívica, em defesa e na luta pelos nossos valores, pelos nossos ideais.
Vamos voltar a dizer não! Vamos vencer o medo, não esperando que outros resolvam os problemas! É preciso voltar a avisar toda a gente!
É difícil? Certamente, mas Abril não foi nada fácil. Acreditem que, apesar de ter parecido fácil, porque tudo correu bem, não foi nada fácil.
A responsabilidade na construção de um Portugal verdadeiramente democrático é de todos nós, sem excepção.
Acreditemos todos que é novamente possível!

Viva o 25 de Abril
Viva Portugal

Abril de 2010


(Recebido por e-mail)

ABRIL TODOS OS DIAS,SEMPRE



NÃO PERMITAMOS QUE ABRIL SE APAGUE DA NOSSA ESPERANÇA.
NÃO DEIXEMOS QUE PASSEM OS FALSOS PROFETAS, TRAIDORES DO ESPÍRITO DE ABRIL.
ERGAMOS BEM ALTO A BANDEIRA DA LIBERDADE CONQUISTADA PELO POVO.
VIVAMOS O ABRIL QUE NOS É DEVIDO.


Este meu sentir de vermelha afeição
Pinta o meu viver de liberdade.
Não se vive por caridade
Nem a paz é feita de aceitação.
E se por ventura de gritar for impedido,
Ainda assim farei da vida resistência.
Não se vence pela desistência
E o meu grito nunca poderá ser vencido.
Abril foi promessa devota
E na rua foi feita esperança.
Não percamos pois, a confiança
Mesmo que pareça remota.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

HUMOR RASCA, SEM NÍVEL E ESTUPIDIFICANTE



Parece que o que está a dar é fazer humor de mau gosto, raiando por vezes o intolerável.
Depois do descalabro da Mandala, vem agora Bruno Nogueira no seu novo programa televisivo, e em relação à nuvem de cinza vulcânica, se saiu com esta:"Não se via tanta cinza no ar, desde que sacudiram os tapetes de Auschwitz".
Ora esta associação não ofende apenas a história, como é também um atentado à memória das vitimas de tão tenebroso acontecimento.
Este é pois, um humor reles, cretino e de valor duvidoso, que só pode merecer o repúdio das pessoas de bem.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

MAFALDA, A ENORME



Tenho uma admiração profunda pela Mafalda. Pela pessoa que é, pela sua enorme estatura humana, e pela sua coragem de dar um pontapé no fatalismo que para outros seria o fim de tudo.
Claro que a Mafalda não me conhece, mas conheço-a eu, e procuro usufruir do seu exemplo.
A Mafalda tem comigo de comum,o mesmo que tem entre si, a maioria deste Povo: O glorioso Lampionismo.
Com a devida vénia à Mafalda e ao Record, deixo aqui a sua mensagem para o amigo David Luís:

"AS CHUTEIRAS QUE ME CALÇAS

Por tua causa, assumo, a imprensa desportiva passou a fazer parte do meu "café da manhã".
O jornal Record citou-te há poucos dias após a vitória do nosso clube: "É preciso manter a humildade e os pés bem assentes no chão". resumi-te na tua própria frase. Este és tu, sem tirar nem por. O equilíbrio entre a gratidão pelo que é e a fé inabalável no que há-de ser. Assim és tu:o homem seguro e menino sonhador. O fiel de uma balança entre o onde vieste e o onde estás agora. Este és tu, que não me deixas transformar-te num ídolo.
Exiges ser em mim tão somente o David sem coroa de rei, e sem a força sobrenatural que derrota os "Golias" do futebol. Mas por muito que te esquives do estatuto especial, na simplicidade que acima de tudo te caracteriza tão bem, não vou inibir-me de te dizer obrigada publicamente pelas "chuteiras" com que me calças cheias de garra e de serenidade, ao mesmo tempo, neste que é o meu caminho aparentemente condenado à condição permanente de não poder chutar uma bola.
"Calças-me" com as certezas de que o meu propósito é muito maior que eu.
"Calças-me" de motivação para ultrapassar todos os obstáculos intrínsecos ao facto de uma pessoa com mobilidade reduzida ir a um estádio de futebol.
"Calças-me" cada vez mais de orgulho em ser Benfiquista.
As chuteiras que me calças são invisíveis aos olhos dos comuns mas são elas que tambem dão significado aos meus pés pequeninos e frágeis para suportar o meu corpo.
Fazes hoje o mesmo numero de anos que o numero que te identifica no Benfica:23. E ainda tens tanto para voar...Numa época em que o Mundo fala de ti, eu preferi fazer diferente e falar para ti. Agradecer-te por me assentares os pés tantas vezes num chão que não piso. Trazendo-me à realidade de que o desafio não é chegar a lado algum, mas sim manter-mo-nos lá, fieis ao que sempre nos foi fiel.. Tu faze-lo na perfeição. Podias ser o meu irmão mais novo, mas o lider e o cuidador és quase sempre tú. Numa protecção que nunca sufoca e numa entrega de que há alguém que providencia a minha e a tua vida. Aí também és diferente de toda a gente que- como que a compensar-me do que não posso fazer - transformar-me numa especie de heroina, aspirina anímica ou exemplo a seguir.
Reconheces-me pela alma que nada tem a ver com a minha condição física. É que o teu foco nunca será colocado nas pessoas, por isso das-me sempre muito mais do que alguma vez eu julgarei que te dou. Quando empurras a minha cadeira de rodas, desenhas-me asas nas costas. Quando me pegas ao colo mostras-me que a minha visão do mundo não é limitada pela minha altura. E é a partir do teu colo que consigo percepcionar uma canção da Ala dos Namorados: "Pelo céu ás cavalitas, escondi nos teu caracóis, a estrela mais bonita que eu já vi."
Tu sabes que essa estrela estará sempre lá, contigo. Brilhará nos ataques e nas defesas, nos cortes e nos golos, nos penáltis e nos lances de bola parada, nos livres e nos cantos. No campo e na vida. Na tua e na minha.
"Já deixei de ser criança, e tu dormes à lareira. Ainda sinto a minha estrela, nos teus caracóis".


Mafalda Ribeiro

quarta-feira, 21 de abril de 2010

PORTUGAL FALIDO??



Há por aí uns Srs. estrangeiros que acham que Portugal está à beira da falência.
Felizmente para nós,estamos habituados a lidar com esse tipo de problema, e a solução afigurasse-me fácil:
Declaramos insolvência, não pagamos a ninguém e abrimos outro país noutro lado, com outro nome. Depois recrutamos de novo os "bons", e a plebe que se lixe.
Tá feito.

domingo, 18 de abril de 2010

A ÁGUA, ESSE OURO



Felizmente para nós, a nossa terra sempre teve uma relação de privilegio com a água.Não só nunca nos faltou, nem em quantidade nem em qualidade, como por diversas vezes dispensamos parte dela, aos vizinhos de Arraiolos e Montemor.
Muitos dos poros da nossa terra, brotam água fresca, que se oferece a quem passa sem pedir nada em troca.
Na minha opinião, a água, a nossa água, bem merece a nossa homenagem.

sábado, 17 de abril de 2010

POEMA OCASIONAL




Loira, como trigais maduros
beleza selvagem, agreste
seios agressivos, duros
Falaste, mas não ouvi o que disseste
Sorriso lindo, traidor
parecia sem sombra de pecado
Olhar lânguido, provocador
e um acenar armadilhado
expressão gaiata,trocista
Pose estudada, prometedora
perpetuo movimento fatalista
disfarçada de benfeitora
Figura apaixonante, de folhetim
pincelada de segredos
lábios coloridos, carmesim
Não tem duvidas, não tem medos
Desafiante argucia, imprudente
Finória, de sibilina justificação
Fogueira viva, incandescente
pronta para a explosão
Não serei gratuito defensor
tão pouco sou de acusar
Como ocasional observador
só me resta...calar.

Na imagem: O nascimento de Vénus,
de Sandro Boticelli

sexta-feira, 16 de abril de 2010

POR ESTE RAIA...ABAIXO



Abaixo ou acima, eu amo este rio. No Paço, Na Chaminé ou em Cabeção, este Rio de aguas calmas e límpidas, que para mim tem o prefácio no Gameiro, e o epilogo no Furadouro, (pese embora a restante extensão), é um convite à meditação. As suas margens de sombras frondosas, plenas do chilrear da passarada e do zum-zum das abelhas, desperta-me sentimentos gostosos e prazerentos, e predispõe-me à paz e ao amor.

foto:Bruno Moleiro

quarta-feira, 14 de abril de 2010

NÃO É O MAIS IMPORTANTE,MAS...


...contribui para este sentimento de felicidade que me invade.
Claro que a "bola" é apenas um jogo, e que nada contribui para a resolução dos reais problemas sociais do País, mas também não tenho a pretensão de ser diferente do que de facto sou: Um apaixonado pelo futebol, e pelo meu Benfica.
Por isso hoje vou viver esta vitória.

terça-feira, 13 de abril de 2010

ABRAÇO



Abraçar quem nos rodeia
é fruto que a alegria semeia.
É gesto que o amor ensina,
faz crescer a amizade
e serve para matar a saudade.
O abraço não se declina.

Abraçar faz bem à alma
gesto bom, que nos acalma
e conforta o coração.
Um abraço alivia a dor,
e para manter o amor
há que ter um abraço sempre à mão.

A força de um abraço
anula o peso do fracasso
e devolve-nos a esperança.
Um abraço de reconhecimento
Enche-nos de contentamento
e faz esquecer a vingança.

Um abraço é protector
do frio e do calor.
Protege da chuva e do vento.
Um abraço é Anjo da Guarda
ajuda pronta, que não tarda.
Um abraço é sentimento.

domingo, 11 de abril de 2010

RECEITA PARA A BELEZA INTERIOR



Faça várias cirurgias plásticas: Uma para corrigir o nariz empinado pelo orgulho; Outra na correcção da língua venenosa e ardilosa, e nos lábios que denunciam tristeza interior.
Drenagem linfática para retirar o orgulho, a inveja e a ingratidão. Faça diversos peelings profundos na culpa e no remorso.
Faça uma dermo espoliação nas cicatrizes deixadas pela falta de perdão e pelo ódio,assim como pelo rancor envelhecido; Uma mascara facial para retirar as expressões de mágoas e ressentimentos. Depois complete com uma hidratação de sorriso e alegria.
Hidrate as suas mãos todos os dias com a prática da solidariedade.
Realize um implante de entusiasmo e atitude positiva. Use botox para esticar a esperança e a fé.
Finalize com uma hidromassagem, usando sais da generosidade e da tolerância.
Pense nisto, e seja feliz.

(Texto de Adilson Costa, enviado por e-mail)

quinta-feira, 8 de abril de 2010

OS ROMA



Celebra-se hoje o dia Internacional do Ciganos. Este Povo que há 600 anos chegou a Portugal, continua rodeado de uma áurea misteriosa. A ausência de uma história escrita, torna-os demasiado desconhecidos, e uma cultura muito própria, baseada em códigos e valores diferentes, fá-los parecer sempre do outro lado da barricada.
Penso que continua a ser um Povo, provavelmente por vontade própria, que ainda não se integrou totalmente, e que continua viver de uma forma muito própria.
O Povo Rom continua a ser olhado com desconfiança. Pessoalmente, acho que eles preferem assim.

terça-feira, 6 de abril de 2010

VER O CU PERTO DAS CALÇAS...



Pois que me perdoem a linguagem, mas lá que me vi "à rasca", vi. Felizmente que JESUS está do nosso lado, e não deixou que a chama imensa da alma gloriosa, se apagasse.
Haja coração...

domingo, 4 de abril de 2010

INFELIZ CONTRA/INFORMAÇÂO



Sempre fui um profundo admirador dos bonecos da Mandala, mas hoje foram extremamente infelizes ao fazer a associação entre a visita do Papa e a pedofilia, passando mesmo pela Casa de Elvas. Na minha opinião, o tom jocoso e bandalho da interpretação das personagens, é uma ofensa e uma falta de respeito, principalmente, para com as vitimas de pedofilia de todos os quadrantes.
Fica aqui o meu protesto e a minha indignação.

sábado, 3 de abril de 2010

DUVIDA



Como posso aproveitar o vento
se sopra contra mim?
Como posso saber o momento
de decidir aceitar o fim?

Como posso fugir da tempestade
se não tenho onde me abrigar?
Como posso proteger a felicidade
se não sei como a guardar?

Como orientar-me na escuridão
sem uma luz que me ilumine?
Como acalmar este coração
sem um amor que me domine?

Como posso ter orgulho na vitória
se desespero no medo de perder?
Como posso mudar a minha história
sem dela me esquecer?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

DIA DAS MENTIRAS



Celebra-se hoje o dia das mentiras. Este dia tem a sua origem em 1564, quando se iniciou a utilização do calendário Gregoriano, que inicia o ano a 1 de Janeiro. Acontece que houve quem resistisse à mudança, continuando a celebrar o inicio do ano a 1 de Abril, o que lhes valeu serem gozados e ridicularizados pelos "modernos".
O dia das mentiras traz-me à memória um dos dias mais tristes da minha vida. Foi em meados da década de 60, quando "A BOLA" trazia à estampa, na sua primeira página, a lamentável noticia: "Um dia tinha de ser. EUSÉBIO no Real Madrid."
Malandros. Só eu sei as lágrimas que chorei.