Podemos dizer que Saramago está enganado quando refere maus costumes inseridos na Bíblia. Podemos dizer que é abusivo que ele considere a Bíblia um catalogo de crueldade, que esta não fala de flagelações, calvários, espinhos e crucificações. Podemos até jurar a pés juntos, que a cruz é um símbolo de paz e amor. Podemos dizer que somos descendentes de Adão e de Eva, e que o Australopithecus é uma invenção que nada tem a ver connosco.
Podemos, porque temos esse direito. O direito de pensarmos como muito bem entendermos.
E Saramago ? não pode achar que Deus não existe ? não pode achar que a Bíblia é uma invenção?. Afinal o que é que procuramos ? uma liberdade para nós, e outra para os outros?.
Pois é. A liberdade de pensamento e de escrita são valores fundamentais. Só é pena que José Saramago quando foi Director do Diário de Noticias não tivesse praticado tais predicados, perseguindo e saneando jornalistas e cronistas que não professavam o marxismo. Também é pena que alguns escritores da extinta URSS (farol do comunismo que ele tanto venera) tivessem sido presos e deportados para a Sibéria, só pelo simples facto de não acreditarem numa ideologia que conduziu à fome, à miséria e ao atraso civilizacional de milhões de pessoas.
ResponderEliminarDe facto este senhor é de uma integridade extraordinária.
Já agora, quero acrescentar que adoro os livros de José saramago. Quanto à sua tolerância e coerência está tudo dito.
Caro dr. jivago...
ResponderEliminarQuantos foram os séculos nos quais a igreja queimou bruxas e rivais protestantes, gnósticos e ortodoxos?
Muitos. Mas olha que não sou estou a defender a Inquisição, nem a Igreja Católica. Nunca acreditei em utopias (apesar de gostar imenso de Sir Thomas More). O que me repugna é a falta de coerência e de integridade de alguns (Saramago incluído)
ResponderEliminarEstá certo, Dr. Jivago. Uma opinião Informada é sempre uma boa opinião...
ResponderEliminarSaudações