terça-feira, 22 de dezembro de 2009

SAUDADE

Um dia a maioria de nós separar-se-à. Sentiremos saudades de todas as conversas deitadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, das angustias, das vésperas de fim de semana, dos finais de ano, enfim...do companheirismo vivido.

Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe, nos e-mails trocados...
Podemos telefonar, conversar algumas banalidades. Passarão dias, meses, anos...até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo.

Um dia os nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas?
Diremos que eram nossos amigos. E isso vai doer tanto...
A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar-nos vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto...reunir-nos-emos para um ultimo adeus amigo.
Entre lágrimas nos abraçamos. Faremos promessas de nos encontrar-mos mais vezes daí em diante.

Por fim, cada um vai para seu lado, para enfrentar a vida isolada do passado.
...e perder-nos-emos no tempo mais uma vez.

(recebido por e-mail)


"Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas morreria se tivessem morrido tos os meus amigos."
(Vinicius de Morais)

3 comentários:

  1. Um texto bem representativo da realidade que todos acabamos por viver.
    Pior ainda nestes tempos difíceis, onde cada um busca a sua vida, quase sempre longe do núcleo onde cresceu, e deixando para traz, os amigos de criação, aos quais nos ligam as grandes memórias.
    É a vida...

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  2. É a vida, de facto.Mas é lamentável que tenha que ser assim. Eu sou dos que tive que deixar a terra, mas procuro não me afastar dos amigos de sempre, e sempre que posso, cá estou na terrinha. Na grande cidade tenho tudo o que aparentemente faz falta, mas é a Aldeia que me enche a alma. Provavelmente, são coisas de velhos...

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  3. A verdade é que há um sistema que nos empurra para os grandes centros, onde se ganha mais, mas se vive menos. Há qualquer coisa que nos quer tornar em automatos programados para viver de certa maneira. Não sei a quem serve, mas desconfio.

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