terça-feira, 6 de julho de 2010

CARENCIADOS ??


Hoje acordei mal disposto, e por muito que tentasse, não consegui suavizar a crueldade do pesadelo que me atormentou durante a noite, como se o calor infernal não bastasse.
Sonhei que todos os das tinha de trabalhar das 8 ás 4, e outras vezes das 4 á meia-noite, para me sustentar e ajudar os filhos, ainda a precisar de algum apoio dos “velhotes”. Até aí tudo bem. Só que no meu sonho, eu tinha também de contribuir para uma catrefada de “carenciados”, que só se levantam ás 10 horas, fazem o pequeno almoço na pastelaria com galões e pasteis de nata, cerveja preta e sandes mistas e coçam os tomates enquanto bocejam e esperam pela hora do almoço, provavelmente no café da esquina. Depois de meia dúzia de minis e outras tantas imperiais, vão até casa ver os resumos do mundial, no seu ecrã Plasma TV.
Se sou assim uma espécie de padrinho destes “carenciados”, deveria dar-lhe um nome. Aliás, todos os que trabalham, deveriam dar um nome aos seus afilhados “carenciados”.
Por acaso acordei antes de ter tempo de baptizar o meu afilhado.
Realmente a gente ás vezes sonha com cada parvoeira…

7 comentários:

  1. O país está cheio de carenciados desses. Há-os em todo o lado, curiosamente, todos com os mesmo hábitos. Mas depois o meu ordenado é que agrava o défice!

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  2. Pois é caro amigo, é o que dá receber o rendimento mínimo que terá o seu valor aumentado proporcionalmente em relação ao número de filhos. Filhos esses que o que aprendem nos primeiros anos de vida é como disse e bem " coçar os tomates". É um ciclo vicioso em que os carenciados de agora criam e ensinam inocentes que serão os carenciados de amanhã. Os vícios de agora pouco podemos fazer para eliminar, mas e o futuro? Não há nada que se possa fazer para apoiar e encaminhar estas crianças de Mora, e do País?

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  3. Já ninguém duvida de que há fome em Portugal. Principalmente no Alentejo profundo, onde muitos nem sabem que existem esses subcídios, e até têm vergonha da sua fome, como se fossem culpados. Mas este país da treta, não tem assistentes sociais para ir à procura dessas pessoas, sinalizalas e cuidar delas.
    Mas os "carenciados" de que fala, são na sua maioria profissionais do chulanço, que vivem à grande à custa de quem trabalha. É ver as parabolicas, plasmas, BTTs e télélés de ultima geração. Para não falar nos tais lautos lanches no Afonso.
    A esses parasitas sociais, há que juntar ainda os "agricultores" que não semeiam nem têm terras, mas que são altamente subsidiados. São igualmente parasitas, mas esses, são uma ÉLITE.
    Tal como diz no post, todos nós, os que dão o cabedal, temos a obrigação de dar nomes aos bois, mas infelizmente nesta merda de democracia, acabavamos ofendidos e ameaçados por essa corja que tosos nós conhecemos de ginjeira.

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  4. Porreiro pá!
    Agora os grandes culpados de tudo, são os beneficiários do rendimento de inserção.
    O Paulinho das feiras também pensa assim.

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  5. @23:15
    Pela parte que me toca, devo dizer-lhe que o carenciado a que me refiro, está caracterizado no que escrevi. Se chama a isso inserção, eu não. Para mim inserção é um esforço para inserir as pessoas no mercado de trabalho e torna-las úteis à sociedade e a si próprias, e não deambularem tranquilamente pelas ruas, enquanto dura o subsidio.
    Eu não sou contra os subsídios sociais de apoio a quem de facto se encontra numa situação de carência, seja por desemprego, seja por deficiência, doença ou velhice.Acho mesmo que são um direito, sendo que no caso de desemprego, o cidadão deve cumprir serviço cívico enquanto durar o subsidio de que beneficia. Há escolas para pintar, matas e valetas para desobstruir, caminhos e fontes para limpar.
    O que sou, é contra os que fazem do desemprego e da carência, profissão, onde aliás são excelentes profissionais, já que ao que parece, conseguem não ser despedidos, e conseguem até alguns sinais exteriores de aparente bem estar social.
    E nem todo a gente está em condições de me dar lições de solidariedade. Eu sou dos que vou à luta, e dou a cara pelos direitos sociais deste povo. E um dos direitos deste povo, é que não se torne dependente de caridadezinha de ocasião, mas consciente de que é um cidadão de pleno direito. Direito ao trabalho, direito ao salário justo e direito a contribuir com o seu trabalho, para o desenvolvimento do país e dos outros cidadãos.
    O Sr. prefere ganhar um subsidio temporário de 600 euros, por exemplo, ou prefere ter um trabalho efectivo a ganhar 600 euros??
    Esta é a questão.

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  6. Caro anónimo das 23:15,
    O Sr. parece não aceitar de bom grado, a rexistência aos subsidios injustos.
    Sabia que há pessoas a receber subsidios através de falsas declarações? Seja subsidio de desenprego, de inserção, carência escolar, baixas médicas fraudolentas, receitoário farmaceutico em nome de idosos, subsidio a agricultores que nunca semearam nada e tantas outra situações.
    O País está cheio de oportunistas, todos a viver à pala dos que trabalham e se vêm à rasca para dar conta dos seus compromissos e manter a família com dignidade. Acha isso justo? Ou será que o Sr. também é um injusto recebedor de subsidios?
    O Paulinho tem razão sim.

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  7. O Paulinho e o Aníbal Lopes, e pelos visto o anónimo das 12:55, o que estranho é serem de universos aparentemente tão opostos ideologicamente.
    Acho estranho o desnorte, e não tenho pachorra para perder mais tempo.

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