terça-feira, 6 de abril de 2010

VER O CU PERTO DAS CALÇAS...



Pois que me perdoem a linguagem, mas lá que me vi "à rasca", vi. Felizmente que JESUS está do nosso lado, e não deixou que a chama imensa da alma gloriosa, se apagasse.
Haja coração...

6 comentários:

  1. De acordo com a verdade absoluta… sem mentira\ilusão alguma.

    “Como proceder para descobrir se existe ou não a verdade absoluta, que é completa, que não muda jamais por conta das opiniões pessoais (verdades relativas)? (E para viver de acordo com ela?)… estamos questionando algo que requer… uma fuga (ou antes, uma compreensão) do que é falso.
    Se a pessoa tem uma ilusão, uma fantasia, uma imagem, um conceito romântico da verdade ou do amor, então essa é a barreira que a impede de seguir em frente…. O que é a ilusão? Como surge? Qual a sua raiz? Não significará isso…algo que não é verdadeiro?
    O verdadeiro é o que está acontecendo., seja aquilo que se pode chamar de bom, de mau ou de indiferente… Quando a pessoa é incapaz de encarar o que se está passando nela mesma (à sua volta é a consequência…), ela cria ilusões para escapar disso. Se a pessoa não quer ou tem medo de enfrentar o que está acontecendo (pedindo ajuda, por exemplo, se for caso disso) essa mesma fuga cria a ilusão, a fantasia, o movimento romântico, longe do que existe (o real). A palavra ilusão implica mover-se para longe do que existe (do real, com as devidas consequências).
    A pessoa pode evitar esse movimento, essa fuga do que é verdadeiro? O que é o verdadeiro? O verdadeiro é o que está acontecendo, inclusive as respostas, as ideias, as crenças e opiniões que a pessoa tem. Encará-las é não criar ilusão.
    As ilusões só podem acontecer quando existe um movimento que nos afasta do fato, daquilo que está ocorrendo, daquilo que é verdadeiro. Ao compreender “o que existe”, quem julga não é mais a opinião pessoal, mas a observação verdadeira. É impossível observar o que está acontecendo se a crença ou o condicionamento qualifica a observação; isso seria evitar a compreensão “daquilo que existe” (ocorre).
    Se a pessoa olhasse para o que está acontecendo, evitaria toda a forma de ilusão. Alguém pode fazer isso? Pode observar verdadeiramente a própria dependência, seja ela de uma pessoa, de uma crença, de um ideal ou de alguma experiência que lhe provocou uma grande dose de excitação (dor, prazer)? A dependência, inevitavelmente, cria a ilusão.
    Sendo assim, a mente que não vive a criar ilusões, que não formula hipóteses, que não tem alucinações, que não quer aferrar-se a uma experiência do que é chamado de verdade, agora trouxe ordem para si mesma. Ela está em ordem. Não existe mais a confusão produzida por ilusões, delírios, alucinações; a mente perdeu capacidade de criar ilusões. Então o que é a verdade? A astrofísica, os cientistas estão usando o pensamento para investigar o mundo material em volta deles, eles estão indo além da física, mas sempre movendo-se para fora. Mas, se nos voltarmos para dentro de nós mesmos, perceberemos que o “eu” também é matéria (energia, algo indestrutível, que morre e revive, e morre e revive…, …). E o pensamento é matéria (energia que pode fazer muito bem , assim assim ou muito mal…). Se a pessoa puder rumar para dentro de si (e para fora…), ela passará a descobrir aquilo que está para além da matéria (o espírito). Então, se a pessoa prosseguir assim, existirá o que se chama a verdade absoluta.”

    Págs. 126 e 127 de: “Sobre a Verdade” (On Truth), de Krishnamurti, da Editora Cultrix, São Paulo, 2000

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  2. Caro Joaquim, é de facto um bom texto para meditar, sobre as nossas dúvidas, fantasias, dependências e anseios. Acho que nos ajuda a questionar a nossa própria existência e as coisas de facto importantes.
    Curiosamente não posso deixar de relacionar o texto com a minha paixão pelo futebol e pelo Benfica. Principalmente pelo Benfica. Isto porque me parece que este tipo de amor não entrará nas contas de Krishnamurti. Mas as coisas sem importância, também nos ajudam a sermos mais felizes. Acho eu...

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  3. Amigo Aníbal,

    Como já lhe disse, também gosto de futebol, mas, não do conflito e da injustiça. Krishnamurti não tinha nada contra a tecnologia, nem contra o futebol, suponho, nem contra nada nem ninguém, suponho ainda.
    De qualquer, ele jamais se considerou um deus.
    E, por conflito não entendemos a tensão viva, pacífica e bela da vida, mas a inveja, o ódio, a destruição gratuita.
    Já o cessar do conflito, como de todo o mal, só mesmo pela compreensão total e profunda desse conflito em nós, não é?

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  4. AUTOCONHECIMENTO e REVOLUÇÃO nas(das) CONSCIÊNCIAS

    “… Por não sermos realmente sérios, somos muito superficiais, fáceis de distrair e de satisfazer. Mas, para pesquisar profundamente em nós mesmos, temos de ser extremamente sérios e continuar nessa seriedade. E isso requer energia, não se pode ser sério se não se tem energia. Essa energia não pode ser esporádica, acidental, mas uma energia constante, capaz de observar um facto tal como é, e de seguir esse fato até ao fim – uma energia espantosa, tanto da mente como do corpo.
    E para se ter energia, não deve haver conflito, porque o conflito é o principal factor de deterioração. Somos pessoas que foram criadas para viver com o conflito (isto é, em conflito). Toda a nossa vida é conflito – dentro e fora de nós – com o próximo, com nós mesmos e nas nossas relações. Tudo o que tocamos, tanto psicológica como ideologicamente, gera conflito. E o conflito é o mais importante fator de deterioração.
    Compreender este conflito, não parcial mas totalmente é, parece-me, a tarefa prioritária (uma das tarefas prioritárias) da mente humana. Porque só quando o conflito cessa completamente, é que termina toda a ilusão, só então a mente pode penetrar muito profundamente na investigação da Verdade, no investigar se existe algo além do tempo. E só essa mente é capaz de descobrir o que é o amor (Amor), e de descobrir aquele estado da mente que é verdadeiramente criador – porque de outra forma só há especulação. A mente (verdadeiramente) religiosa (de religar) não especula, move-se apenas de fato para facto. E o fato não pode ser observado se há conflito ou tensão (não existe uma tensão boa?) de qualquer espécie.
    … E a vida realmente religiosa (plenamente integrada) é aquela que vivemos com a compreensão do conflito, e portanto libertos do conflito.
    … Na realidade interior e exterior não estão separados. O mundo não está separado de vós e de mim; nós somos o mundo e o mundo é nós. Não se trata de uma teoria; se observarmos bem, veremos que é um facto real. (Para Krishnamurti os fatos são quase tudo, as opiniões quase nada. Isto não é um FAcTO)?
    … O conflito surge, certamente, quando há contradição – contradição de diversos desejos, de exigências várias, tanto conscientes como inconscientes. Geralmente apercebemo-nos desses conflitos. Mas se nos apercebemos não temos resposta para eles; assim fugimos deles, evadimo-nos para a religião, para o trabalho social, para várias formas de entretenimento, como ir ao templo (catedral ?), ir ao cinema ou beber. Mas só é possível resolver estes conflitos quando a mente é capaz de se COMPREENDER A SI MESMA.
    … Para compreender o conflito temos de nos observar a nós mesmos. E A OBSERVAÇÃO REQUER atenção cuidadosa. ESSA ATENÇÃO significa COMPREENSÃO, AFEIÇÃO (afeição): como quando se gosta e se cuida de uma criança – não há rejeição, não há condenação. Cuidar afectuosamente de uma criança (Não faz sentido bater numa criança, por ser criança) é observar a criança, sem a condenar, sem a comparar. É observá-la com infinita afeição, com imensa compreensão; é estudá-la em todas as suas atividades, em todas as suas diferentes fases, nas suas travessuras, nas suas lágrimas, nos seus risos.
    Observar exige pois atenção compreensiva. Assim, esta atenção é a primeira coisa que precisamos de ter na completa observação de nós mesmos, e portanto NEM POR UM MOMENTO DEVE HAVER CONDENAÇÃO, JUSTIFICAÇÃO OU COMPARAÇÃO, mas só a AUTO-OBSERVAÇÃO pura e simples do que está a ter lugar em cada momento… Temos de observar-nos tão completamente, com tão infinito cuidado, que desse cuidado nasça a PRECISÃO, UMA PRECISÃO TOTAL – e não ideias vagas e acção ineficaz.”

    In: págs. 23 a 26 de: “O Despertar da Sensibilidade”, de Krishnamurti, da Editorial Estampa, Lisboa, 1992

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  5. E, não há absolutamente nenhum ser, por mais ínfimo ou inútil ou desprezado ou mau ou bom ou feio ou belo ou rico ou pobre... Com quem não possamos estabelecer uma relação de entreajuda...


    MEDITAÇÃO, por Krishnamurti



    “Numa tentativa de se evadir dos seus conflitos, o homem tem inventado diversas formas de meditação, porém todas elas se baseiam quer em desejo, na vontade ou na ânsia para obter algo, o que implica conflito e o emprego do esforço a fim de alcançar determinados resultados. Esta luta consciente e deliberada sempre se circunscreve nos limites de uma mente condicionada, que não possui liberdade. Todo o esforço empregue na meditação constitui a sua própria negação. A meditação consiste no término da ação do pensamento; só então pode chegar a existir toda uma dimensão intemporal.”

    Tradução de A Duarte 2002

    MEDITAÇÃO

    Toda a meditação que envolve esforço deixa de ser meditação. Não se trata de nenhum acto de realização nem algo que deva ser praticado diariamente (mas sim a todo o momento) de acordo com um sistema ou método qualquer, para obtermos um fim almejado. Ao contrário, toda a imaginação e medida devem cessar. A meditação não é um fim em si mesma.”


    Fonte:www.scribd.com/doc/.../Krishnamurti-A-Arte-Da-Meditacao




    Aquela "minha" dor afinal parece cessar com um pouco de açúcar e água.
    E, quem não deve não teme, como pode Ele(a) temer? E... Porquê parece? Porque, pode ser mais psicológico do que fisiológico, não é? Como em:

    "Placebo (do latim placere, significando "agradarei") é como se denomina um fármaco ou procedimento inerte, e que apresenta efeitos terapêuticos devido aos efeitos fisiológicos da crença do paciente de que está a ser tratado.

    Muitos médicos também podem atribuir efeito placebo a medicamentos com princípios activos, mas que apresentam efeitos terapêuticos diferentes do esperado. Por exemplo, um comprimido de vitamina C pode aliviar a dor de cabeça de quem acredite estar ingerindo um analgésico, sendo um exemplo clássico de que o que cura é não apenas o conteúdo do que inferimos mas também a forma. Seguindo esta corrente de pensamento, o dicionário médico Hooper cita o placebo como "o nome dado a qualquer medicamento administrado mais para agradar do que beneficiar o paciente".

    O placebo pode ser eficaz porque pode reduzir a ansiedade do paciente, revertendo assim uma série de respostas orgânicas que dificultam a cura espontânea:

    Aumento da frequência cardíaca e respiratória
    Produção e liberação de adrenalina na circulação sanguínea
    Contracção dos vasos sanguíneos
    Essas respostas orgânicas são vantajosas para reacções de fugir ou lutar contra agressores externos. Mas também prejudicam a cicatrização e o fluxo de leucócitos, e são, portanto, prejudiciais para o processo de cura, sendo aqui o efeito placebo bastante útil.

    O efeito placebo pode ainda ser usado para testar a validade de medicamentos ou técnicas verdadeiras. Consiste, por exemplo, no uso de cápsulas desprovidas de substâncias terapêuticas ou contendo produtos conhecidamente inertes e inócuos, que são administrados a grupos de cobaias humanas ou animais para comparar o efeito da sugestão no tratamento de doenças, evitando-se atribuir possíveis resultados terapêuticos a tratamentos sem valor. Na comparação com placebo estabelece-se a validade de um medicamento ao compará-lo com os processos de cura espontânea ou por sugestão. O princípio subjacente é o de que num ensaio com placebo, parte do sucesso da substância activa é devido não a esta mas sim ao efeito placebo da mesma."

    Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Placebo

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  6. MEDITAÇÃO, por Krishnamurti

    “Numa tentativa de se evadir dos seus conflitos, o homem tem inventado diversas formas de meditação, porém todas elas se baseiam quer em desejo, na vontade ou na ânsia para obter algo, o que implica conflito e o emprego do esforço a fim de alcançar determinados resultados. Esta luta consciente e deliberada sempre se circunscreve nos limites de uma mente condicionada, que não possui liberdade. Todo o esforço empregue na meditação constitui a sua própria negação. A meditação consiste no término da ação do pensamento; só então pode chegar a existir toda uma dimensão intemporal.”

    Tradução de A Duarte 2002

    MEDITAÇÃO

    Toda a meditação que envolve esforço deixa de ser meditação. Não se trata de nenhum acto de realização nem algo que deva ser praticado diariamente (mas sim a todo o momento) de acordo com um sistema ou método qualquer, para obtermos um fim almejado. Ao contrário, toda a imaginação e medida devem cessar. A meditação não é um fim em si mesma.
    No entanto, aquele que medita deve deixar de existir (sem atentar contra a vida) para que a meditação possa ocorrer.
    A meditação não é uma experiência nem lembrança erguida em torno de um dado prazer futuro. Aquele que experimenta move-se sempre dentro dos limites das suas próprias projecções de tempo e pensamento. Uma vez inserida nos limites do pensamento, a liberdade não passará de uma ideia e uma fórmula. O pensador jamais poderá alcançar o movimento da meditação.
    A meditação diz sempre respeito ao presente enquanto que o pensamento pertence sempre ao passado. Toda a consciência é pensamento, porém, o estado de meditação não ocorre dentro das suas fronteiras. A meditação consciente é somente o ato de redefinir ainda mais esses limites, destruindo assim a liberdade.
    Mas somente em liberdade poderá haver meditação.
    Se não meditardes sereis sempre um escravo do tempo, cuja sombra é a dor. O tempo é sofrimento.
    A meditação não é via para experiências únicas nem excepcionais. Essas experiências conduzem ao isolamento e aos processos autoencarceradores da memória, e estão sujeitos ao tempo, o que constitui a negação da liberdade.
    O vale mais parecia um campo de flores… Lá estavam tão ricas e tão belas quanto o próprio vale; todavia, tanto a abundância da natureza como o homem estão destinados a morrer e a surgir de novo.
    A abundância da meditação não é reunida pelo pensamento nem pelo prazer que o pensamento gera, mas acha-se para além da flor e da nuvem. A partir disso a abundância torna-se tão imensurável quanto a flor e a beleza…
    Sem amor não pode existir silêncio. Para o poderdes compreender permanecei imóveis.
    A mente meditativa é aquela que se encontra em silêncio. Não se trata do silêncio de um entardecer calmo, mas o silêncio que sobrevém quando o pensamento com todas as suas imagens, palavras e percepções cessa completamente Essa mente meditativa é a mente religiosa (que religa), a mente da religião que não é tocada pela igreja, pelos templos nem pelos cantos. A mente RELEGIOSA é a explosão (profusão) do amor; esse amor não comporta qualquer separação. Para essa mente, longe é perto…



    Fonte: http://www.esnips.com/doc/1088413e-9239-4fe1-973d-0d00b4047884/Krishnamurti---A-Arte-da-Medita%C3%A7%C3%A3o

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