domingo, 30 de agosto de 2009

Se me permites, caro Aníbal, ainda volto ao tema da manta. Vivemos em tempos de mudança acelerada, não só no conhecimento humano, mas também na nossa sociedade. A passagem de uma sociedade fechada para uma sociedade aberta e veloz, direi feroz, marca a mudança para as novas tendências, mais individualistas e descaracterizando o ser humano como ser gregário. É nesta sociedade competitiva e selectiva que o Estado deve entrar e zelar pelos mais fracos. Neste patamar estão sem dúvida os idosos, que em fim de vida, debilitados fisicamente, psicologicamente e a grande maioria, economicamente, necessitam do nosso carinho e da estabilidade que o seu lar proporciona. As actuais políticas sociais apontam para isso, manter o idoso no seu lar até ser possível. Mas, nestas coisas há sempre um mas, um filho ou uma filha que queira tratar dos seus pais e seja do regime geral a lei não lhe dá possibilidades para o fazer, apenas os trabalhadores do Estado podem faltar 15 dias. É assim, se por um lado, a ansiedade do status nos transforma, por outro, a ansiedade economicista nos impossibilita. Que sociedade mais díspar!

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