segunda-feira, 10 de agosto de 2009

NOITE ESCURA

Tombando suavemente sobre o povoado, a noite envolve a rua deserta em total negritude.

Por debaixo de algumas portas, escapam-se alguns raios de luz, de momento a única coisa reveladora da existência de vida no meio da escuridão. Não tarda muito para que essa luz se extinga também.
O lugar adormece finalmente.

Um ruído abafado, denuncia a presença de movimento. Uma porta mal oleada, range ao entreabrir-se, e uma figura esguia entra rapidmente. Nas suas costas, a porta volta a fechar-se.

Por detrás de uma janela, a mulher velha que sofre de insónias, faz o sinal da cruz.

Ao longe, ouve-se o uivar do lobo.

Sem comentários:

Enviar um comentário