sábado, 2 de janeiro de 2010

POEMA DO SILÊNCIO



A semana passada, numa sala de literatura, um Professor de literatura sustentava que não há arte se não há nenhuma habilidade, e que também sem a contribuição de tantas pessoas, pequenas que sejam, mas significantes, a poesia inevitavelmente morre.
Será que o que lhe envio é uma contribuição pequena?. Talvez. Mas para mim é muito significativa.
A autora é uma amiga que conheci através Web. Gostava de dedica-la de modo especial aos que gostavam de um pouco mais de silêncio na sua vida.

Irene


"Preciso de silêncio
como você que lê com o pensamento
não em voz alta.
O som da minha própria voz
agora seria barulho.
Não palavras, mas só barulho perturbador
que me distrai do pensar.

Preciso de silêncio.
Saio pelas ruas e as mesmas pessoas
que conhecem o meu reportório,
desorientadas pelo meu rápido Bom Dia,
talvez pensem que estou com pressa.
No entanto eu só preciso de silêncio.

Tanto falei, falei muito; chegou o tempo de calar
para apanhar os pensamentos
felizes, tristes,doces, amargos.
Tem tantos desses dentro de nós.

Os verdadeiros amigos, poucos, apenas um?
sabem como também escutar o silêncio,
sabem esperar, entender.
Quem de mim ouviu tantas palavras
e não quer mais ouvir,
tem nessecidade como eu de
silêncio."

(Giovanna Amenta)

1 comentário:

  1. Lindo.
    Não sou, infelizmente, uma entendida em poesia, mas isso não me impede de gostar dela.
    Nunca antes ouvira falar desta Giovanna, mas tal como ela, também eu preciso de silêncio para me poder ouvir.
    Todo o silêncio é de ouro, mas é no silêncio interior que normalmente se encontra as respostas mais exatas.

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