terça-feira, 5 de janeiro de 2010

RESTAURADOR OLEX



O pessoal da minha geração, ou próximo dela,lembram-se certamente deste milagroso colorex.Era acompanhado na TV por este dialogo:"Um preto de cabeleira loira, ou um branco de carapinha, não é natural nem fica bem. O que é natural e fica bem, é cada um usar o cabelo com que nasceu".
À luz dos tempos actuais, este dialogo seria considerado discriminatório, preconceituoso e racista.
Nos dias de hoje, dir-se-ia que o que é natural e fica bem, é cada um usar o cabelo como muito bem entender. O que também pode ser discriminatório para os carecas.
Vem tudo isto aproposito da recente polémica que envolve a lei do casamento entre homossexuais.
Sempre me considerei uma pessoa sem preconceitos, e a favor das liberdades licitas e democráticas. Sempre procurei estar de acordo com os novos tempos e não perder o comboio da modernidade.
É por isso que chego a sentir vergonha da dificuldade que tenho em compreender e aceitar tudo o que se reivindica para a situação.
Não questiono o direito a "amarmos quem nós quisermos", nem o ponho em dúvida. Apenas não consigo assimilar o conceito.
Acho que tudo isto se deve a uma educação ultra conservadora a que a minha geração esteve sujeita desde a escola, a igreja e o serviço militar, onde a homossexualidade era crime punido pelo famoso RDM.
Juro que me esforço para entender, não só o amor entre pessoas do mesmo sexo,mas principalmente as suas consequências, como por exemplo, a adopção.
Espero que os meus receios sejam apenas fruto da minha ignorância.
Quem me conhece, sabe que a minha área politica é a esquerda efectiva, mas se fosse deputado, votaria o projecto do PSD.

2 comentários:

  1. Afinal, a igualdade de direitos é para todos? Ou só para quem sabe distinguir a chave da fechadura?
    Envergonho-me só de pensar que é preciso legislar algo que pertence apenas á esfera intima de cada um.

    Para mim, é cada um a casar com quem bem entende, a igreja a fazer o que bem entende dentro das suas portas, e o parlamento a preocupar-se com o desemprego e o apoio ás famílias, seja elas de qualquer cor ou formato...

    Quanto à adopção, não são os adultos que precisam adoptar, são as crianças que precisam ser adoptadas.
    E qualquer casal ou adulto de boa vontade, e com capacidade financeira mínima é uma melhor opção que um orfanato.

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  2. Estava à procura de produtos portugueses e achei fantástico este. Lembro-me deste anúncio quando era uma menina.

    Obrigada pelo comentário honesto. Acredito em muitas liberdades, sobretudo numa que não está na moda, o direito à opinião mesmo que essa opinião não vá ao encontro do que a maioria professa e por isso mais difícil de admitir publicamente.

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