sábado, 9 de abril de 2011

POEMA DO DESESPERO


“Se eles comem tudo

E não deixam nada,

Não posso ficar mudo

À espera da morte anunciada.”


O que precisará este Povo

Para viver à sua maneira?

Para ter um destino novo

É preciso morrer outra ceifeira?

Talvez outro pintor

Ou um operário desconhecido.

Ou para se ouvir o seu clamor

Tem de cair outro General destemido?

Talvez seja preciso escolher

Entre a fome e a bala;

Ter a liberdade de morrer

Em nome da voz que não se cala.

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