terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O REGRESSO ÁS ORIGENS


Desde o tempo do Filho Pródigo que pelas mesmas ou outras razões, as pessoas individualmente ou em grupo, se questionam sobre o regresso às origens.
Mas se nesta parábola de Jesus, o filho pródigo resolveu o seu problema como perdão do pai, já o mesmo parece não ser suficiente nos dias de hoje.

Muito se tem falado no “regresso à terra”, por parte de milhares de Portugueses, como resposta à crise actual  Esta crise que se instalou em Portugal, leva muita gente a entender como boa opção voltar a explorar os campos abandonados, produzir os seus próprios alimentos e a vender os excedentes, como forma de rendimento adicional. 
Isto claro, para quem ainda tem trabalho, porque muitos já perderam o emprego, a casa, o carro e até a sua dignidade corre perigo. Esses serão os que regressam de forma definitiva, para viver certamente bem pior que quando saíram em busca de uma vida melhor. Alguns, os familiares mantiveram os terrenos arados e as casas habitáveis, mas muitos outros vão ter que reconstruir tudo de novo: Recuperar os campos, reconstruir as casas e as suas vidas.

Mas há pior: Os que não têm para onde ir. Provavelmente desses não rezará a história.
Mas se tudo isto se confirmar, que futuro será o desta gente? Como funcionarão estas famílias? Na verdade, estas pessoas encontrarão as suas Vilas e Aldeias sem escolas, sem hospitais, sem maternidades, sem correios e sem outros serviços públicos essenciais a uma vida normal. Como cuidarão da sua saúde, onde nascerão os seus filhos e onde vão aprender a ler, a escrever e a fazer contas?  Também aqui será necessário regressar às origens?.

Alguém dizia que a crise tem culpados, e austeridade não vai levar a nenhuma recuperação, mas antes constitui o caminho mais curto para o maior empobrecimento do povo. Concordo plenamente.
Imagino que o dinheiro não foi queimado, portanto continua a existir. Só que mudou de mãos. Se lhe seguir-mos o rasto, encontraremos os tais culpados. Mas sabemos que os que nos têm governado não são culpados. Quem geria os dinheiros públicos, também está inocente. Quem distribuía o dinheiro que vinha da EU, também não tem culpa. Os que foram apanhados nos sistemas de corrupção e tráfico de influências, são impolutos. Quem deveria fazer justiça, não é visto nem achado no assunto.
Quem são então os grandes culpados? Os verdadeiros culpados da crise, são os velhos e os doentes, que só servem para gastar dinheiro em medicamentos e reformas. São as escolas, que se fartam de gastar dinheiro com alunos, professores, livros e materiais escolares, sem que ninguém perceba para que serve isso. São os hospitais, que se fartam de gastar dinheiro em experiências, tipo operações, exames, analises, raios de isto e daquilo, tudo coisas que não servem para nada. É a função pública Municipal, que pouco mais faz que varrer ruas, arranjar calçadas, recolher lixo, limpar valetas, remover escombros, limpar esgotos e outras tretas inúteis. E é principalmente o resto do povo, que para alem de pagar impostos e trabalhar das oito às cinco, pouco ou nada faz.

Estando encontrado o culpado, está encontrada a solução: Mudar de povo.


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