Pode parecer estranha esta forma de agradecer os vossos votos misturado com uma espécie de declaração de amor a este chão.
É bom; É muito bom ter amigos e amigas que se lembram de nós, mas também é bom pertencer a um lugar que nos aceitou como fazendo parte de si.
Hoje sem sombra ideológica, tal como a abrangência das minhas amizades,quero dizer que amo este povo e esta terra. Amo o sobe e desce das suas ruas, Amo os becos mal iluminados que guardam segredos e protegem os amantes, as travessas que vão dar a muitos sítios, as longas avenidas que uns gostam e outros não, as fontes onde todos bebem e as igrejas onde só alguns se confessam. Adoro os jardins floridos e o Raia que serpenteia pelo seu leito. Venero o horizonte longínquo, visto a partir do deposito velho, e as luzes das janelas que se vão apagando ao ritmo do aproximar da madrugada. Amo o sol e o ar que aqui se respira, e vejo nesta gente a minha gente.
Mora é uma bela Mulher que junta as suas curvas voluptuosas a algumas cicatrizes, mas até essa diversidade estética me apaixona.
Não tenho a sabedoria critica dos entendidos em padrões arquitetónicos adquiridos nos bancos universitários, ou nos manuais da especialidade, mas tenho a sensibilidade própria de quem vê as coisas com os olhos do coração.
Sinto-me feliz por gostar deste terra como ela é, antes de pensar como ela poderia ser. Quando conseguimos valorizar o que somos e o que temos, seguramente que os outros o farão também.
Aos amigos e amigas que hoje me deram o privilegio de não se esquecerem de mim, agradeço com o melhor que tenho: Venham visitar Mora e o tanto que ela tem para vos mostrar. Os amigos e amigas de mais perto, esses sabem bem do que falo.
A todos vós, não vos esquecerei. Um abraço do tamanho de Mora.
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