segunda-feira, 27 de junho de 2011

OLÁ SIMPÁTICA

Não sei quando, mas li algures que uma associação de mulheres pretende incluir o piropo e o assobio, na lista de crimes por assédio sexual.

Nunca por nunca me considerei machista, mas parece-me que tal pretensão é pura e simplesmente anedótica. Espero que ninguém me leve a mal, mas acho que tal associação, é composta por mulheres feias, invejosas e carentes.

Claro que há piropos rosqueiros e mal injorcados, mas isso não são piropos nem são nada. O verdadeiro piropo é uma homenagem à mulher, e reflecte a nossa admiração pela sua beleza. Claro que o piropo feminino também existe, e tem o mesmo significado.

Tudo isto vem a propósito de uma cena passada em Sevilha, há vários anos, que envolveu um jovem Montargilense e uma bela Sevilhana que todos os dias passava no nosso local de trabalho:

Estávamos na Av. Utrera Molina, ali perto do Pavilhão San Pablo, ainda em construção, e que viria a receber, depois de pronto, um mundial de atletismo em pista coberta, se não estou em erro. Pois nesse dia, ao passar a bela Sevilhana, o Luís não resistiu, e soltou um sonora assobio. A bela olhou para ele e sorriu. O Luís meteu conversa;

--Desculpa, mas tu és muito bonita, e como passas aqui todos os dias, não resisti a meter-me contigo.

A resposta da beldade:

--Muchas gracias. Tu tambien eres um Chico mui guapo e simpático.

Como podem ver, a bela não só não se achou ofendida, como correspondeu ao piropo na mesma moeda. A partir desse dia, ela nunca mais passou sem acenar e sorrir ao pessoal.

Devo acrescentar que os Portugueses (de Montargil, Mora e Couço) usaram o piropo naquela cidade, com muita classe, e sempre foram bem recebidos, e encarados como uma simpatia.

Quem lá esteve, deve lembrar-se da grande reportagem que El Correio de Sevilla fez no dia seguinte às inundações numa zona da cidade, onde se podiam ver várias fotos com o titulo: “Bomberos de Sevilla en acion en la calle”.

Os bombeiros éramos nós, e o bombeiro que levava a garota ao colo, era eu. Estranhamente, o jornalista nunca descobriu isso.

O piropo saía-nos com a mesma facilidade que um gesto solidário.

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