sexta-feira, 24 de junho de 2011

NOITE ESCURA


Tombando suavemente sobre o povoado, a noite envolve a rua deserta em total negritude.

Por debaixo de algumas portas, escapam-se alguns raios de luz, de momento a única coisa reveladora da existência de vida no meio da escuridão. Não tarda muito para que essa luz se extinga também.

O lugar adormece finalmente.

Um ruído abafado, denuncia a presença de movimento. Uma porta mal oleada, range ao entreabrir-se, e uma figura esguia entra rapidamente.

Nas suas costas, a porta volta a fechar-se.

Por detrás de uma janela, a mulher velha que sofre de insónias, faz o sinal da cruz.

Ao longe, ouve-se o uivar do lobo.

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