terça-feira, 9 de outubro de 2012

AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE


 

O grande problema ecológico dos nossos dias, é o facto de o ritmo de exploração, degradação e destruição dos recursos naturais, ser superior à capacidade da própria natureza repor esses recursos. Se o homem continuar neste ritmo de destruição maciça de tudo o que o rodeia, o que sobrará para as gerações futuras, são rios poluídos, florestas assassinadas e um ar irrespi
rável, que porá em causa a sua sobrevivência.
Mas a que se deve a destruição da terra em que vivemos? O que leva o homem a ser o seu próprio coveiro?
A ambição. O homem tem explorado tudo na natureza: Os minerais, as florestas e os animais. Mas raramente se preocupa em reparar os seus malefícios. A finalidade é sempre a mesma: A busca desenfreada do lucro.
O sistema capitalista está ligado à produção em massa. Para obter matéria-prima é preciso retirar da natureza diversos recursos. Para manter os lucros, há que continuar uma exploração desenfreada, mesmo que o saldo seja uma devastação profunda do meio-ambiente.
Ultimamente a humanidade tem comprovado os reflexos dessa devastação tais como aquecimento global, elevação dos oceanos, mudanças climáticas, escassez de água entre muitos outros.
Actualmente fala-se muito em energias renováveis, como a água, o sol, o vento ou a biomassa. São as chamadas energias limpas, pois não libertam gases ou resíduos que contribuem para o aquecimento global. Mas parece-me pouco provável que estas energias possam substituir na totalidade o consumo de combustíveis fósseis. Julgo que é preciso, a nível mundial, uma nova política energética, que reduza o consumo desenfreado de energia, principalmente em certos países que só por si, impedem outros de ter a energia de que precisam.
E nós?? O cidadão comum, o que pode fazer? Será que nos é licito continuarmos impávidos e serenos enquanto o nosso mundo, que é também o mudo dos nossos filhos e netos, se vá extinguindo? Acalmará a nossa consciência, o facto de usarmos lâmpadas económicas, separarmos o lixo, ou pouparmos água? Não me parece.
O problema é mais profundo e exige de nós uma intervenção efectiva e activa. Ou fazemos ouvir a nossa voz indignada ou seremos calados para sempre

Aníbal Lopes


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