Por debaixo de algumas portas, escapam-se alguns raios de luz, de momento a única coisa reveladora da existência de vida no meio da escuridão. Não tarda muito para que essa luz se extinga também.
O lugar adormece finalmente.
Um ruído abafado, denuncia a presença de movimento. Uma porta mal oleada, range ao entreabrir-se, e uma figura esguia entra rapidmente. Nas suas costas, a porta volta a fechar-se.
Por detrás de uma janela, a mulher velha que sofre de insónias, faz o sinal da cruz.
Ao longe, ouve-se o uivar do lobo.
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