TERMO DE ABERTURA: Serve este Blog para nele depositar as minhas alegrias e tristezas, vitórias e derrotas, glórias e frustrações. a que juntarei algumas opiniões, mas com fair-play, e sempre sem abdicar deste meu sentir de vermelha afeição. (Foto de José Caeiro)
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
ANO NOVO
Não vai ser fácil, mas apesar de tudo a esperança é a ultima que morre. Por isso desejo que todos os meus amigos em particular, e todas as pessoas de uma forma geral,tenham um novo ano com saúde e felicidade. Não devemos esquecer que muito do que desejamos, também depende de nós.
Abraços para quem é de abraços, beijos para quem é de beijos.
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
NINGUÉM SAI DE ONDE TEM PAZ
"Vim em paço de bala,
um diploma na mala
deixei o meu amor para trás.
Faz tanto frio em Paris.
Já sou memória e raiz,
ninguém sai donde tem paz.
...quero voltar para os braços da minha mãe."
Quem está a matar os sonhos da juventude, está também a matar o futuro do país.
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
PARQUE URBANO VAI ARRANCAR
A obra tem um investimento estimado de 2,5 milhões e é financiada a 85% por fundos comunitários estando a comparticipação nacional a cargo da autarquia.
O projecto prevê a instalação de varias valências nomeadamente a biblioteca e o espaço Internet, uma área para exposições temporárias, o Arquivo Municipal e a Biblioteca, actualmente presentes na Casa da Cultura local. No entanto a maior fatia do investimento (cerca de 80%) é num núcleo museológico dedicado ao megalitismo do concelho, explica a autarquia em comunicado de imprensa.
Segundo a mesma fonte o projecto assinado pelo colectivo CVDB é um projeto inovador, que privilegia a interactividade entre o visitante e todo o meio envolvente. O mesmo irá potenciar a oferta turística do concelho contribuindo de forma significativa para complementar a oferta gerada pelo Fluviário.
Para a edilidade, a aposta visa fomentar o crescimento cultural da população que serve; captar novos visitantes e motivar o seu regresso; promover o desenvolvimento do concelho de Mora; divulgar o passado de Mora e projectar o seu futuro, nas suas várias dimensões; e requalificar os edifícios da antiga Estação de Mora, devolvendo-os às pessoas que outrora serviram, e valorize uma estrutura urbana pouco qualificada."
(In Construir)
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
MUSEU MEGALÍTICO DE MORA
Hoje de manhã desloquei-me à Câmara para tratar de assuntos
de trabalho. Deparei-me com a exposição de uma maqueta complexa, mas de aspeto magnífico.
Trata-se da maqueta do Museu Megalítico de Mora, edifício a acrescentar á
antiga Estação da CP.
Foi-me explicado que a obra do Museu custará dois milhões de
Euros, custeados por fundos comunitários, e já disponíveis.
Para se conseguir fundos Comunitários é preciso que a
entidade que os gere acredite nos projetos, mas também é preciso muita
competência para elaborar esses projetos, e demonstrar a sua mais-valia.
Está de parabéns a Câmara Municipal de Mora, e estão de
parabéns os seus Munícipes.
(Foto Público on-line)
(Foto Público on-line)
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
RESPOSTAS SERENAS
Não sei se são “ verdade” ou mentira, mas acredito que sejam verdade.
Caramba , uma pessoa ter inteligência, classe , espírito de humor e calma para dar estas respostas…
Quem me dera….Um abraço
Enquanto estudava Direito no Colégio Universitário da London University de Londres, um professor de sobrenome Peters tinha-lhe aversão, mas o estudante Gandhi nunca baixou a cabeça e os seus encontros eram frequentes:
Um dia o Professor Peters estava a almoçar na sala de jantar da Universidade e o aluno vem com a bandeja e senta-se ao lado do professor.
Professor, altivo, diz:
- "Sr. Gandhi você não entende ... Um porco e um pássaro, não se sentam juntos para comer."
Ao que Gandhi respondeu:
- "Fique o professor tranquilo ... Eu vou voando", e mudou-se pra outra mesa.
Mr. Peters ficou cheio de raiva e decidiu vingar-se no teste seguinte, mas o aluno respondeu de forma brilhante a cada pergunta. Então o professor fez mais uma pergunta:
- "Mr. Gandhi, você está andando na rua e encontra um saco, dentro dele está a sabedoria e uma grande quantidade de dinheiro, qual dos dois tira?"
Gandhi responde sem hesitar: - "É claro professor que tiro o dinheiro!"
O professor Peters sorrindo diz: - "Eu, ao contrário, tinha agarrado a sabedoria, você não acha?"
- "Cada um tira o que não tem, responde o aluno "
O professor Peters, fica histérico e escreve no papel da pergunta: Idiota!
E o jovem Gandhi recebe a folha e lê atentamente.
.
Depois de alguns minutos dirige-se ao professor e diz: - "Mr. Peters, reparo que assinou a minha folha, mas não colocou a nota".
E você? Costuma reagir com a mesma serenidade e perspicácia às ofensas que recebe?
(Recebido por e-mail)
terça-feira, 1 de outubro de 2013
DIA INTERNACIONAL DO IDOSO
Conta-se que num longínquo país, havia um povo que tinha
o costume de quando os seus velhos se tornavam inúteis, os seus filhos os levar
para a montanha, onde os deixavam apenas com uma manta e um pão. Os idosos ali
ficavam á espera da morte, que por certo não demoraria muito.
Diz a lenda que certo dia, um idoso ao ser deixado na
montanha, rasgou a manta ao meio, dando metade ao filho, dizendo: “Guarda-a
para quando chegar a tua vez”.
A moral da história é por demais evidente, mas a montanha
continua a existir, embora se apresente de forma diferente. Certamente menos
cruel, mas igualmente injusta.
O que sentirá o homem ou a mulher, que a seu tempo
construiu uma casa, constituiu uma família, cavou a sua horta para alimentar os
filhos, e gastou toda a sua energia para proteger a sua família, e que de
repente se vê numa casa que não é a sua, e rodeado de gente que não são a sua
família, e que lhe impõem regras que limitam a sua liberdade? Não têm frio, não
têm fome, tomam os medicamentos a horas e estão sempre limpos. Mas se isso é
tão bom, porque sofrem de solidão e estão sempre tristes?
É claro que estas são as regras que esta sociedade que
construímos nos impõe. É claro que os filhos não podem perder os seus empregos
para cuidar dos pais, porque senão não sobreviveriam na tal sociedade
competitiva e consumista que sabe-se lá quem, nos impos.
Mas será este o modelo mais justo e mais feliz de viver
estas pequenas férias que a morte nos dá? Não será tempo de repensar tudo isto,
e encontrar uma forma mais humanizada de celebrar a nossa passagem pelo mundo
terreno?
Cada um de nós, já recebeu a sua metade da manta. Resta
decidir o que fazer com ela.
AL
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
AINDA A JUDITE
Judite de Sousa está a conseguir limpar um pouco a sua
imagem. Jornalistas amigos foram em seu socorro, e Marcelo Rebelo de Sousa,
como só ele sabe fazer, deu-lhe a ajuda final.
Até nós, os que estamos deste lado do ecrã, começamos a
ter dúvidas se não teremos sido duros demais com a senhora, que ainda por cima
atravessa uma grave crise conjugal.
É claro que o tal playboy cheio da grana que parece ter
vindo do sempre suspeito negocio das pedras preciosas, não merece a minha
preocupação, e até me estou borrifando para o facto de que alguém o use para
conquistar mais uns louros fáceis para si, e alguma atenção a mais para o seu
patrão televisivo. Como é evidente, o Playboy milionário não podia sair a
perder: Depois dos milhões, é agora também uma figura pública. No fundo, negócios
são negócios.
O que me lixa no meio disto tudo, é viver num país de
ladrões e gatunos que ninguém denuncia, muito menos os tais jornalistas sempre
prontos para soltar mais uma bomba mediática, mas sempre desde que não envolva
os senhores da guerra deste país, tornado país da treta, com um povo da treta.
Sim, povo da treta. Só um povo da treta consegue eleger um poder capaz produzir
swaps ás catadupas, BPNs aos montes, BPPs aos molhos e outras merdas aos
montes, pagar tudo isso com o seu próprio sangue, e no fim, eleger os mesmos
ladrões.
O que vale, são as judites para nos lembrar que
continuamos a ser uma treta de gente.
Por mim, vou continuar a esbracejar, na tentativa de não
ir ao fundo, no meio deste lodo todo.
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
MONTARGIL ROCK 2013
|
(IN BLITZ)
Ler mais: http://blitz.sapo.pt/montargil-rock-2013=f88472#ixzz2bIwUr1sG
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
A poucos dias da abertura do Centro de Interpretação Ambiental Do Parque Ecológico do Gameiro
A Câmara Municipal de Mora decidiu abrir ao público o Centro de Interpretação Ambiental do Parque Ecológico do Gameiro, na próxima quarta-feira dia 7 de Agosto de 2013.
O Centro de Interpretação Ambiental (CIAmb) funcionará sob a supervisão de uma bióloga e estará aberto de quarta-feira a domingo, entre as 10H00 e as 13H00 e das 14H00 às 18H00.
Localizado no Parque Ecológico do Gameiro, em plena Rede Natura 2000 (obrigando por isso a cuidados redobrados quanto à conservação da fauna e da flora local) o CIAmb vem acrescentar uma mais valia às diversas valências já existentes, como o Fluviário, oPassadiço em madeira, de 1 500 metros, ao longo da Ribeira do Raia com a torre de observação, a Praia Fluvial, o Eco-Campismo, o Parque Infantil, o Parque de Merendas, a Cafetaria e o Parque de Arborismo, para aventuras mais radicais.
No CIAmb, que trabalhará em estreita colaboração com o departamento de Educação do Fluviário e o sector do Turismo da Câmara Municipal de Mora, serão desenvolvidas múltiplas actividades lúdicas e educativas, para crianças e adultos, nomeadamente passeios pedestres com educadores ambientais, construção de herbários e galerias de plantas presentes no local, pequenas palestras destinadas aos visitantes sobre temas ambientais e passagens de vídeos educativos.
O CIAmb disponibilizará também informação detalhada sobre roteiros megalíticos e percursos pedestres, e locais, que pela sua importância patrimonial (natural ou construída) merecem particular atenção dos visitantes.
O Centro de Interpretação Ambiental (CIAmb) funcionará sob a supervisão de uma bióloga e estará aberto de quarta-feira a domingo, entre as 10H00 e as 13H00 e das 14H00 às 18H00.
Localizado no Parque Ecológico do Gameiro, em plena Rede Natura 2000 (obrigando por isso a cuidados redobrados quanto à conservação da fauna e da flora local) o CIAmb vem acrescentar uma mais valia às diversas valências já existentes, como o Fluviário, oPassadiço em madeira, de 1 500 metros, ao longo da Ribeira do Raia com a torre de observação, a Praia Fluvial, o Eco-Campismo, o Parque Infantil, o Parque de Merendas, a Cafetaria e o Parque de Arborismo, para aventuras mais radicais.
No CIAmb, que trabalhará em estreita colaboração com o departamento de Educação do Fluviário e o sector do Turismo da Câmara Municipal de Mora, serão desenvolvidas múltiplas actividades lúdicas e educativas, para crianças e adultos, nomeadamente passeios pedestres com educadores ambientais, construção de herbários e galerias de plantas presentes no local, pequenas palestras destinadas aos visitantes sobre temas ambientais e passagens de vídeos educativos.
O CIAmb disponibilizará também informação detalhada sobre roteiros megalíticos e percursos pedestres, e locais, que pela sua importância patrimonial (natural ou construída) merecem particular atenção dos visitantes.
(In página no Facebook da CM Mora)
segunda-feira, 22 de julho de 2013
UM MILHÃO E MEIO DE EUROS DE INVESTIMENTO
Uma empresa que se dedica à produção e comercialização de fruta vai investir 1,5 milhões de euros num pomar situado em Mora.
À Rádio Portalegre, o presidente da Câmara Municipal de Mora, Luís Simão, disse que a empresa Granfer interessou-se por Mora devido à “qualidade dos solos” e ao “clima peculiar” da zona, que permitem que a fruta seja colhida “com três semanas de antecedência” em relação a outros locais do país.
O autarca admitiu também que este investimento é muito bem-vindo naquele concelho agrícola, pois vai permitir a criação de postos de trabalho.
Luís Simão, congratulou-se pelo facto de o investimento da empresa ser de 1,5 milhões de euros e incluir para além da plantação, a construção de um armazém e de câmaras frigoríficas.
O pomar da Granfer, constituído por 80 hectares de pêssegos, nectarinas e ameixas, situa-se na Herdade da Barroca, perto de Mora, tendo uma parte sido plantada em 2012 e a restante já este ano.
A Granfer, com 26 anos de existência, tem a sua sede em Óbidos e o seu principal produto é a pêra-rocha, mas também tem produção própria e trabalha pêssegos, nectarinas, maçãs, ameixas e damascos.
Por ano, a empresa produz em média 20 mil toneladas, das quais exporta cerca de 70% para países como o Brasil, Inglaterra, Alemanha, França e Polónia.
in rp
À Rádio Portalegre, o presidente da Câmara Municipal de Mora, Luís Simão, disse que a empresa Granfer interessou-se por Mora devido à “qualidade dos solos” e ao “clima peculiar” da zona, que permitem que a fruta seja colhida “com três semanas de antecedência” em relação a outros locais do país.
O autarca admitiu também que este investimento é muito bem-vindo naquele concelho agrícola, pois vai permitir a criação de postos de trabalho.
Luís Simão, congratulou-se pelo facto de o investimento da empresa ser de 1,5 milhões de euros e incluir para além da plantação, a construção de um armazém e de câmaras frigoríficas.
O pomar da Granfer, constituído por 80 hectares de pêssegos, nectarinas e ameixas, situa-se na Herdade da Barroca, perto de Mora, tendo uma parte sido plantada em 2012 e a restante já este ano.
A Granfer, com 26 anos de existência, tem a sua sede em Óbidos e o seu principal produto é a pêra-rocha, mas também tem produção própria e trabalha pêssegos, nectarinas, maçãs, ameixas e damascos.
Por ano, a empresa produz em média 20 mil toneladas, das quais exporta cerca de 70% para países como o Brasil, Inglaterra, Alemanha, França e Polónia.
in rp
quinta-feira, 4 de julho de 2013
ENQUANTO ISSO, CÁ...
A Turquia tem vindo estampada nos jornais, na televisão, já com a dimensão de manipulação que conhecemos ao domínio do capital sobre a informação.
Enquanto isso, por cá, a brutalidade policial cresce, com uma anulação total das circunstâncias, das vítimas, dos agentes e miúdos são mortos à facada ou ao tiro, completamente desarmados.
Já sabemos que "as zonas difíceis", ou pobres, são sempre a escumalha da terra e não merecem mais do que buracos de bala nas paredes para se lembrarem todos os dias que são cidadãos de segunda, ou terceira e que a estes não são se lhes aplica a lei. Uma espécie de terra de ninguém onde vale sempre a lei do mais forte, mesmo que nada tenha acontecido.
Mas as coisas vão sucedendo com pequenos empurrões que vão passando despercebidos. Enquanto o Governo faz passar uma lei que proíbe a utilização de petardos, very-lights e outros "artefactos" nas manifestações, o número de carrinhas da polícia de intervenção aumenta a cada acção reivindicativa. Já nem o taser ou o gás pimenta ficam guardados, os bastões, as algemas de plástico, os cães ou as protecções que servem elas próprias simultâneamente como escudos e armas.
E não falo das manifestações em que muitos aplaudirão a não utilização de um qualquer petardo ou pedra da calçada. Falo das manifestações de trabalhadores não docentes (onde a determinada altura era maior o aparato policial do que a manifestação), falo do desaparecimento de manifestantes e detenção ilegal com proibição de contacto com advogado, falo das manifestações em frente a hospitais, ctt's, serviços de finanças. Falo do retirar paulatino das armas ao povo - a lei que os protege contra os abusos, as tentativas sucessivas de revogação da Constituição, a destruição dos serviços públicos, a destruição do emprego, a destruição da segurança social, a destruição dos salários e do valor do trabalho - que os coloca em posição de vulnerabilidade face a um estado e um capital opressores que depois de serem os primeiros a cometerem os mais graves crimes contra os seres humanos e se darem mesmo ao luxo de desobedecer a leis e decisões judiciais, querem tirar o povo da rua... à força.
Enquanto isso, a todos nós cabe-nos resistir. E o ultimo passo foi a greve geral. Dos muitos que ainda estão por vir.
Lúcia Gomes, in KontraKorrente
domingo, 23 de junho de 2013
TIM E COMPANHEIROS DE AVENTURA
Segundo nos chegou aos ouvidos, este grupo que para alem de Tim, conta com Celeste Rodrigues, Vitorino, Mário Laginha, Teresa Salgueiro e Rui Veloso, estará presente na próxima ExpoMora 2013.
A confirmar-se, e se vierem todos, vai ser um espectáculo fabuloso.
segunda-feira, 17 de junho de 2013
AMOLA TESOURAS
O amola tesouras é uma das figuras cuja imagem guardo deste antanho. Percorria as vilas e os campos entoando o som estridente da sua gaita de beiços, que arrancava passado os lábios ora para um lado, ora para o outro, correndo toda a escala musical.
Dizia-se que quando aparecia, era sinal de água. Hoje ele apareceu na minha rua. Passeia tarde à espera de chuva, mas acabei por ter de ir regar a minha mini horta.
Parece que até a profecias mais antigas, estão a ser "amoladas" por esta crise troykiana.
Quero de volta, tudo aquilo em que eu acreditava.
Dizia-se que quando aparecia, era sinal de água. Hoje ele apareceu na minha rua. Passeia tarde à espera de chuva, mas acabei por ter de ir regar a minha mini horta.
Parece que até a profecias mais antigas, estão a ser "amoladas" por esta crise troykiana.
Quero de volta, tudo aquilo em que eu acreditava.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
CARTÃO DO IDOSO
Poupar 10 euros pode ser tanto para quem tem pouco. Em Mora, no Alentejo, há relatos que o ilustram. E há um apoio social que vai chegar a mais idosos que sabem o que é ter uma carteira com quase nada lá dentro.
Maria Augusta tem uma reforma de 257 euros. Com 81 anos de idade e há 20 a presidir à Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Mora, foi uma das impulsionadoras do cartão do idoso no concelho, que fica no distrito de Évora. Entre os benefícios do cartão, o mais significativo é a redução em 50% nos gastos com medicamentos.
Até agora, esta resposta social chegava apenas a quem tivesse uma reforma inferior a 350 euros. Face à difícil situação económica de muitas famílias, sobretudo dos mais velhos, a Câmara decidiu alterar o regulamento e abranger todos os idosos com rendimentos até 400 euros. O número de abrangidos sobe assim de 1.300 para cerca de 1.600 - um terço da população de Mora, que é sobretudo envelhecida.
Para José Pinto, de 92 anos, é um gesto que faz a diferença, mesmo não sabendo quanto gasta em remédios. "É todas as semanas a caminhar para a farmácia..."
José Augusto, que tem menos 13 anos que José Pinto, já pode ir ao dentista e pagar menos. "Fui lá mandar amanhar isto [os dentes], o trabalho era para 40 euros e eu paguei 30." Dez euros a mais é tanto para quem tem pouco.
"As pessoas têm maior possibilidade de se medicarem convenientemente [desta forma]", refere à Renascença o presidente da Câmara, Luís Simão.
Para o município, os gastos aumentam cerca de 20% com o aumento de pessoas abrangidas. "Estamos a gastar anualmente entre 60 a 70 mil euros só com os medicamentos. Como agora se recorre mais aos genéricos, reduziu-se o montante e pode-se chegar a mais pessoas [com o cartão do idoso]."
(In Radio Renascença)
Maria Augusta tem uma reforma de 257 euros. Com 81 anos de idade e há 20 a presidir à Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Mora, foi uma das impulsionadoras do cartão do idoso no concelho, que fica no distrito de Évora. Entre os benefícios do cartão, o mais significativo é a redução em 50% nos gastos com medicamentos.
Até agora, esta resposta social chegava apenas a quem tivesse uma reforma inferior a 350 euros. Face à difícil situação económica de muitas famílias, sobretudo dos mais velhos, a Câmara decidiu alterar o regulamento e abranger todos os idosos com rendimentos até 400 euros. O número de abrangidos sobe assim de 1.300 para cerca de 1.600 - um terço da população de Mora, que é sobretudo envelhecida.
Para José Pinto, de 92 anos, é um gesto que faz a diferença, mesmo não sabendo quanto gasta em remédios. "É todas as semanas a caminhar para a farmácia..."
José Augusto, que tem menos 13 anos que José Pinto, já pode ir ao dentista e pagar menos. "Fui lá mandar amanhar isto [os dentes], o trabalho era para 40 euros e eu paguei 30." Dez euros a mais é tanto para quem tem pouco.
"As pessoas têm maior possibilidade de se medicarem convenientemente [desta forma]", refere à Renascença o presidente da Câmara, Luís Simão.
Para o município, os gastos aumentam cerca de 20% com o aumento de pessoas abrangidas. "Estamos a gastar anualmente entre 60 a 70 mil euros só com os medicamentos. Como agora se recorre mais aos genéricos, reduziu-se o montante e pode-se chegar a mais pessoas [com o cartão do idoso]."
(In Radio Renascença)
sexta-feira, 24 de maio de 2013
quinta-feira, 23 de maio de 2013
LABIRINTO
Não sei o que me levou a entrar naquela loja de artigos de pesca. Quase sem saber porquê, dei comigo a comprar uma cana com carreto. Um equipamento vulgaríssimo pelo qual me foram pedidos 160 euros, um preço exorbitante para aquele equipamento e para o meu interesse na pesca, mas inexplicavelmente, comprei-a. De repente lembrei-me que não tinha dinheiro, e pedi ao Sr. da loja para guardar a cana até ao fim do mês. Tratava-se de uma pessoa conhecida, e acedeu de imediato. Continuava sem entender porque comprara uma coisa que não me fazia falta, e nem sequer tinha dinheiro para pagar. Eu próprio fui guardar a cana num canto da loja. Foi quando me apercebi que do mesmo conjunto fazia parte uma enorme quantidade de acessórios que eu nem sabia para que serviam. Sai para a rua, e reparei que estranhamente, trazia comigo alguns acessórios que deveriam ter ficado junto do resto do equipamento, mas não volto para trás. Na rua encontrei um amigo, e por qualquer razão entrei com ele num edifício que conhecia por fora mas nunca lá tinha entrado. Inesperadamente deixo de ver o meu amigo, e encontro-me numa receção sem saber o que lá vou fazer, Reconheço a Senhora que está atrás do balcão, mas ela não deveria estar ali, pois conheço-a de outro local. Ela olha-me com desagrado. É evidente que eu estou ali a mais. Não sei porquê, toco na parede e cai muita caliça no chão. Sinto muitos olhares recriminatórios. Estou bastante desconfortável, e só quero sair dali. Dirigi-me para um corredor que estava em obras, mas tinha uma passagem tão estreita que eu não conseguia passar por ela. Acho que começo a sentir algum temor. Volto para trás e noto que há uma escada. Desço por ela mas também está em obras. Dois operários que eu conheço, sobem a escada transportado uma pedra que me impede de descer. Pergunto pela saída, mas parece que ninguém me ouviu. Tentei encontrar outra saída. Segui por outro corredor e encontrei duas pessoas conhecidas que falavam entre si. Pedi ajuda para sair dali, mas eles só mostraram surpresa pela minha presença. Continuava sem encontrar a saída, e estava com medo. Não sei bem do quê, mas eu sentia que qualquer coisa estranha me estava a acontecer. Como era possível não conseguir sair de um lugar com tanta gente que eu conhecia? Preciso de ajuda, mas ela não vem de lado nenhum. Vejo alguma luz que parece vir da rua. É outro corredor pelo qual eu sigo. O corredor é um autêntico labirinto. Há varias pessoas, mas vêm todas em sentido contrário ao meu e ignoram-me completamente. Sigo a luz que é de facto da rua, mas o corredor já no exterior, termina num muro. Noto que é muito alto, e não consigo entender a minha situação. Entro em pânico e resolvo saltar. É de loucos, mas eu vou mesmo saltar. Só quero sair dali.
Acordo suado, cansado e
com palpitações aceleradas. Acordar foi um alívio mas ainda me sinto receoso.
Mas pensando bem, a vida
real nem sempre é mais fácil; Vivemos rodeados de gente conhecida, mas quando
precisamos encontrar um caminho, poucos estão disponíveis para ajudar.
Aníbal Lopes
Maio/2013
(Imagem meucoraçãonoturno)
sábado, 18 de maio de 2013
VIAGEM AO PLANETA FLUVIARIO
O documentário “Expedição Rivus – Viagem ao Planeta Fluviário”, realizado por José Coimbra e Tiago Guimarães, foi selecionado para participar na Mostra de Vídeos de Ciência, no âmbito do Congresso de Comunicação de Ciência em Portugal 2013.
A mostra é organizada pela Associação Viver a Ciência e vai decorrer no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, nos dias 27 e 28 deste mês, referiu o Fluviário de Mora.
O documentário retrata a viagem imaginária de uma equipa de cientistas que se aventura na descida de um rio ibérico, da nascente à foz.
Com a duração de 60 minutos, a “Expedição Rivus” foi realizada no Fluviário de Mora, que financiou totalmente a iniciativa.
in diario online
terça-feira, 7 de maio de 2013
TERMINOU A ÉPOCA DO LUSO
Para o Luso Morense, terminou a época desportiva. Foi talvez
das épocas mais conturbadas da sua história, pois sobre a vida do clube
sobrevoam sombras de dúvida, desconfiança, desconhecimento e descrença. Quando
não se tem acesso ao conhecimento sobre o que se passa nos meandros internos
das instituições, a tendência é para desconfiar e inventar.
Como todos os que gostam do Luso, eu também sinto uma enorme
preocupação e temor pelo futuro do clube. Mas não é nenhum tipo de julgamento
que pretendo fazer. Neste momento o que pretendo é prestar uma sentida
homenagem e manifestar o meu profundo agradecimento ao grupo que em campo
representou o Luso Futebol Clube Morense.
Este grupo de Homens liderados por Mister Medeiros, defendeu
com honra e dignidade, as cores do meu Clube, e isso eu não vou esquecer.
Acompanhei o grupo tanto quanto pude, e sei que a sua missão
não foi fácil, e os piores adversários, nem sempre foram os que enfrentaram nas
quatro linhas. Sinceramente cheguei a sentir vergonha da forma como por vezes
foram tratados por pessoas que não conseguiram separar as suas divergências com
a Direcção de um plantel que só queria jogar à bola, não conheciam sequer, os
problemas do Clube, e só aqui estavam por para tanto foram convidados. Mas
enfim!! Também aqui não quero fazer qualquer tipo de julgamento.
Obrigados amigos. Foi um privilégio vê-los jogar.
Aplaudi-vos com orgulho, e quem sabe se não voltaremos a encontrar-nos por
esses rectângulos do Mundo.
Um abraço a todos.
O Plantel:
Humberto Simões, Flávio
Pécurto, Valdo Wilson, Agnaldo, Vicente, Fábio Medeiros, Carlão, Y. Freitas,
Mitchel Ary, Ricardo Fernandes, Natalício, João Pereira, Jonathan Pereira,
Gisvi Antunes, Pascoal Cruz, Bruno Lopes, Miguel Pinto, Diogo Covas, Kimilson Cruz ... Mister
Medeiros, Adjunto Tiago Gonçalves, bem como o massagista Marco Vinagre e o colaborador João Gafaniz.
quarta-feira, 24 de abril de 2013
terça-feira, 23 de abril de 2013
domingo, 21 de abril de 2013
3º ENCONTRO NACIONAL DA ANAFRE
O 3º Encontro Nacional da ANAFRE, em Coimbra, foi uma desilusão.
Sinceramente, eu esperava outra atitude da Direcção Nacional. Esperava outra disposição para a luta, e supunha que cabia à ANAFRE conduzir os seus associados ao encontro de formas de luta e de soluções. Afinal parece-me que a Associação é mais uma força de bloqueio ao serviço dos interesses dos seus poderosos partidos, do que uma força aglutinadora capaz de defender os interesses das Freguesias que os elegeram.
Lamentável a atitude do seu Presidente, que incapaz de suportar as críticas à sua inercia, abandonou a sala.
Como Autarca de Freguesia da CDU, orgulho-me de terem sido os meus Camaradas que encheram 90% daquele pavilhão, de terem sido eles capazes de levar a indignação do Povo nas suas intervenções, e de terem sido capazes de mobilizaram, apesar do evidente mau estar da mesa, aquela manifestação final, com ocupação das ruas circundantes, que só por si, valeram bem mais que as quatro horas no interior do Pavilhão.
Excluindo duas ou três honrosas excepções, a Direcção Nacional da ANAFRE, é uma treta.
Uma palavra de apreço para o Comando da PSP de Coimbra; Tratando-se de uma manifestação espontânea, chegaram rapidamente, controlaram o trânsito na rua e nas rotundas, protegeram manifestantes e automobilistas, e sem um gesto de agressividade, deixaram que o Povo se manifestasse. Meia hora depois tudo estava normalizado. Cumpriu-se a vontade do Povo e a democracia,
domingo, 14 de abril de 2013
SANGUESSUGAS NO FLUVIÁRIO
Sanguessugas são os mais recentes habitantes do Fluviário de Mora.
Instaladas na recém-inaugurada Sala Saramugo, ocupam um sexto aquário que foi revelado por ocasião do 6º aniversário daquele espaço.
As sanguessugas são animais pertencentes ao Phylum dos Anelídeos, tal como as minhocas, e apresentam o corpo segmentado.
As cerca de 700 espécies conhecidas de sanguessugas ocorrem, na sua maioria, em ecossistemas de águas doces. Algumas espécies, no entanto, adaptaram-se ao ambiente marinho e também terrestre. São hermafroditas e algumas são bem conhecidas por cuidarem da prole.
Em geral, são animais hematófagos – alimentam-se de sangue e linfa de hospedeiros vertebrados e invertebrados. Para tal possuem duas ventosas em cada extremidade do corpo, para fixação, e segregam uma enzima anticoagulante no hospedeiro. Essa enzima, designada por hirudina, é utilizada pela indústria farmacêutica para produção de medicação anticoagulante.
O sistema digestivo de uma sanguessuga é extremamente lento, de tal forma, que uma sanguessuga medicinal só necessita de se alimentar duas vezes por ano. A digestão é realizada em grande parte pelo auxílio de bactérias simbióticas, que só habitam o tracto digestivo das sanguessugas.
A proximidade das sanguessugas ao campo da medicina é bem antiga, pois eram utilizadas em tratamentos de remoção de sangue dos pacientes desde a antiguidade, na Índia e Grécia, e durante o séc. XVIII e XIX, até aos dias de hoje onde são usadas em técnicas de hirudoterapia, em áreas como o tratamento de varizes, prevenção da tensão alta, enxaquecas entre outros!
As sanguessugas são animais pertencentes ao Phylum dos Anelídeos, tal como as minhocas, e apresentam o corpo segmentado.
As cerca de 700 espécies conhecidas de sanguessugas ocorrem, na sua maioria, em ecossistemas de águas doces. Algumas espécies, no entanto, adaptaram-se ao ambiente marinho e também terrestre. São hermafroditas e algumas são bem conhecidas por cuidarem da prole.
Em geral, são animais hematófagos – alimentam-se de sangue e linfa de hospedeiros vertebrados e invertebrados. Para tal possuem duas ventosas em cada extremidade do corpo, para fixação, e segregam uma enzima anticoagulante no hospedeiro. Essa enzima, designada por hirudina, é utilizada pela indústria farmacêutica para produção de medicação anticoagulante.
O sistema digestivo de uma sanguessuga é extremamente lento, de tal forma, que uma sanguessuga medicinal só necessita de se alimentar duas vezes por ano. A digestão é realizada em grande parte pelo auxílio de bactérias simbióticas, que só habitam o tracto digestivo das sanguessugas.
A proximidade das sanguessugas ao campo da medicina é bem antiga, pois eram utilizadas em tratamentos de remoção de sangue dos pacientes desde a antiguidade, na Índia e Grécia, e durante o séc. XVIII e XIX, até aos dias de hoje onde são usadas em técnicas de hirudoterapia, em áreas como o tratamento de varizes, prevenção da tensão alta, enxaquecas entre outros!
in ciência.net
(Imagem Mulherbeleza)
domingo, 31 de março de 2013
CADÊ A PONTE ??
A Ponte está onde sempre esteve, mas aqui, parece que foi levada pela cheia. No entanto foi apenas engolida pelas águas excedentárias do Maranhão. Nada de novo, mas nos meus mais de trinta anos de Mora, não me recordo de cheia maior.
(Foto de Nuno Mirão)
(Foto de Nuno Mirão)
quinta-feira, 28 de março de 2013
RECUPERAÇÃO DA ANTIGA ESTAÇÃO DA CP
O projecto de arquitectura para
a recuperação da antiga estação de caminho-de-ferro de Mora, a cargo da CVDB
Arquitectos Associados, vencedora do concurso público, estará pronto no fim de
maio, devendo as obras arrancar «antes do final de 2013», anunciou a autarquia.
(In Sul Informaçaõ)
De acordo com o município de Mora, o concurso
público para adjudicar quem vai realizar as obras decorre até Julho
prevendo a edilidade que o arranque da recuperação do edifício decorra antes do
final de 2013.
O presidente da Câmara Luís Simão afiançou, em
declarações à Agência Lusa, que, «se o projecto vier a ter
financiamento comunitário, as obras podem começar
em Setembro ou Outubro».
«A recuperação e reabilitação da antiga estação
da CP de Mora é uma prioridade para a câmara municipal e estamos
esperançados de que possa vir a ter o apoio de fundos comunitários»,
acrescentou.
Num investimento global de 1,5 milhões de
euros, o projecto prevê a instalação da sede da Estação Imagem, um centro de
tratamento de fotografia e espaço para exposições, o Arquivo Municipal e a
Biblioteca, actualmente presentes na Casa da Cultura local, e um
museu dedicado ao megalitismo do concelho.
A CVDB Arquitectos é responsável pelo Museu de
Arte e Arqueologia do Vale do Coa, Centro Cultural do Cartaxo, Escola de Música
e Dança de Coimbra e Escola Secundária de Água de Pau, em Lagoa (Açores), entre
outros projectos.
O objectivo do futuro espaço visa
implantar um equipamento cultural que assuma uma função aglutinadora da população
residente do concelho e que consiga captar o interesse de potenciais visitantes
através de uma oferta lúdico-pedagógica inovadora, ancorada numa componente
museológica sobre a História de Mora e suas gentes.
Para a edilidade, a aposta visa «fomentar o
crescimento cultural da população que serve», «captar novos visitantes e
motivar o seu regresso; promover o desenvolvimento do concelho de Mora»,
«divulgar o passado de Mora e projectar o seu futuro, nas suas várias
dimensões» e ainda «requalificar os edifícios da antiga Estação de Mora,
devolvendo-os às pessoas que outrora serviram, e valorize uma estrutura urbana
pouco qualificada».
(In Sul Informaçaõ)
sexta-feira, 22 de março de 2013
ESTES ISLANDESES SÃO LOUCOS
Estes islandeses são loucos.
Depois do colapso financeiro de 2008 não pagaram as dívidas dos bancos falidos
e criaram uma nova constituição, redigida por 25 cidadãos, criando as bases de uma
democracia directa.
Fizeram o que Portugal, Grécia, Espanha e Itália não fizeram: confiaram na força da soberania popular. Mas o pior estava para vir: apostaram decisivamente nas indústrias criativas e culturais como principal força de crescimento, enquanto os países do Sul da Europa fizeram o que costumam fazer em situações clássicas de crise, onde o sector cultural é sempre visto como problema e não como fazendo parte da solução, sendo uma das áreas mais sacrificadas com cortes nas despesas e orçamento.
Resultado: os países do Sul esperneiam com a corda da austeridade na garganta, enquanto os loucos recuperam a economia. Segundo o El País (3 de Março), o impacto económico das actividades culturais (1.000 milhões de euros) situa-se agora apenas abaixo da histórica indústria da ilha: as pescas. Uma das primeiras medidas do governo eleito em 2009, foi esse: em vez de estar refém de algumas indústrias, apostou na diversificação.
O resto foi com a jovem ministra da cultura Katrín Jakobsdóttir que desde que está no governo, há quatro anos, conseguiu converter os artistas em protagonistas da retoma económica, cortando nas despesas fixas, e aumentando nas contribuições a projectos culturais independentes, numa mescla de tecido público e privado muito ágil, mas que em nenhum momento supõe a renúncia do Estado na gestão da cultura e educação.
A sociedade civil também contribuiu, com um grupo alargado de agentes culturais a tentar encontrar uma estratégia para a sua área. Queriam provar que podiam contribuir para a resolução da crise tanto como o sector dos alumínios, por exemplo. E uma série de iniciativas ocorreram. Algumas loucas: a Academia das Artes juntou engenheiros, cientistas alimentares, designers e agricultores no sentido de criarem novos produtos para serem vendidos no mercado internacional e a coisa revelou-se um sucesso.
Por sua vez o organismo de exportação da música islandesa não tem mãos a medir, mostrando que existe muito mais para lá de Björk ou Sigur Rós para o mundo conhecer – o ano passado 43 bandas tocaram no exterior.
Ao mesmo tempo a indústria do cinema está em ebulição, em parte graças à política governamental de reembolsar 20% dos custos de produção de filmes ou série de TV filmadas no país (Ridley Scott ou Darren Aronofsky filmaram ali recentemente). E a indústria dos jogos de vídeo cresceu exponencialmente.
Tudo isto teve repercussões noutros sectores, com destaque para o turismo. A natureza continua a ser atracção, mas o novo surto de visitantes vai atraído pela cena musical. Resultado: depois da crise, a assistência a concertos, espectáculos e exposições subiu.
E tudo indica que o crescimento destas indústrias não vai abrandar, porque o investimento nelas é cada vez maior. De onde vem o dinheiro? Da indústria das pescas. Sei o que está a pensar quem enverga gravata por obrigação: tem apenas 320, 000 habitantes, é um país do tamanho de Portugal, é um caso singular, existem outros elementos para compreender a recuperação, como o aumento selectivo dos impostos, e o país enfrenta desafios (a moeda desvalorizou e a dívida externa continua por pagar).
Mas será que, apesar de todas as diferenças entre países, não há nada, mesmo nada, a retirar desta experiência? A verdade é que apostaram em sectores normalmente negligenciados e recuperaram dos seus problemas económicos. Em vez da austeridade, a criatividade. E os loucos são eles?
Público (2) 17-3-2013
Fizeram o que Portugal, Grécia, Espanha e Itália não fizeram: confiaram na força da soberania popular. Mas o pior estava para vir: apostaram decisivamente nas indústrias criativas e culturais como principal força de crescimento, enquanto os países do Sul da Europa fizeram o que costumam fazer em situações clássicas de crise, onde o sector cultural é sempre visto como problema e não como fazendo parte da solução, sendo uma das áreas mais sacrificadas com cortes nas despesas e orçamento.
Resultado: os países do Sul esperneiam com a corda da austeridade na garganta, enquanto os loucos recuperam a economia. Segundo o El País (3 de Março), o impacto económico das actividades culturais (1.000 milhões de euros) situa-se agora apenas abaixo da histórica indústria da ilha: as pescas. Uma das primeiras medidas do governo eleito em 2009, foi esse: em vez de estar refém de algumas indústrias, apostou na diversificação.
O resto foi com a jovem ministra da cultura Katrín Jakobsdóttir que desde que está no governo, há quatro anos, conseguiu converter os artistas em protagonistas da retoma económica, cortando nas despesas fixas, e aumentando nas contribuições a projectos culturais independentes, numa mescla de tecido público e privado muito ágil, mas que em nenhum momento supõe a renúncia do Estado na gestão da cultura e educação.
A sociedade civil também contribuiu, com um grupo alargado de agentes culturais a tentar encontrar uma estratégia para a sua área. Queriam provar que podiam contribuir para a resolução da crise tanto como o sector dos alumínios, por exemplo. E uma série de iniciativas ocorreram. Algumas loucas: a Academia das Artes juntou engenheiros, cientistas alimentares, designers e agricultores no sentido de criarem novos produtos para serem vendidos no mercado internacional e a coisa revelou-se um sucesso.
Por sua vez o organismo de exportação da música islandesa não tem mãos a medir, mostrando que existe muito mais para lá de Björk ou Sigur Rós para o mundo conhecer – o ano passado 43 bandas tocaram no exterior.
Ao mesmo tempo a indústria do cinema está em ebulição, em parte graças à política governamental de reembolsar 20% dos custos de produção de filmes ou série de TV filmadas no país (Ridley Scott ou Darren Aronofsky filmaram ali recentemente). E a indústria dos jogos de vídeo cresceu exponencialmente.
Tudo isto teve repercussões noutros sectores, com destaque para o turismo. A natureza continua a ser atracção, mas o novo surto de visitantes vai atraído pela cena musical. Resultado: depois da crise, a assistência a concertos, espectáculos e exposições subiu.
E tudo indica que o crescimento destas indústrias não vai abrandar, porque o investimento nelas é cada vez maior. De onde vem o dinheiro? Da indústria das pescas. Sei o que está a pensar quem enverga gravata por obrigação: tem apenas 320, 000 habitantes, é um país do tamanho de Portugal, é um caso singular, existem outros elementos para compreender a recuperação, como o aumento selectivo dos impostos, e o país enfrenta desafios (a moeda desvalorizou e a dívida externa continua por pagar).
Mas será que, apesar de todas as diferenças entre países, não há nada, mesmo nada, a retirar desta experiência? A verdade é que apostaram em sectores normalmente negligenciados e recuperaram dos seus problemas económicos. Em vez da austeridade, a criatividade. E os loucos são eles?
Público (2) 17-3-2013
(Imagem TelaUniversel)
sábado, 16 de março de 2013
domingo, 10 de março de 2013
TODOS SOMOS CHÁVEZ
Esta noite, a Camila vai deitar-se rodeada de tristeza. Com nove anos, assiste às lágrimas dos pais por um homem que nunca viu senão na televisão. O pai contar-lhe-á outra vez a história do tenente da força aérea que deu voz aos sem voz. E um dia, mesmo que a revolução volte à barriga da terra, as paredes das favelas já não cantarão só as batalhas de Simón Bolívar. Os avós narrarão aos pais a primeira vez que viram um médico e os pais repetirão aos filhos a primeira vez que os avós aprenderam a escrever.
Talvez o façam a chorar. De alegria, como aquela mulher que no bairro de Antímano me falou da primeira vez que foi vista por um dentista. De orgulho, como aquele homem que me mostrou o primeiro bairro livre de analfabetismo, o 23 de Enero. De coragem, como os que desceram das encostas durante o golpe de Estado para resgatar Hugo Chávez. Acima de tudo, e apesar de todas as diferenças, porque é um deles. Porque é um dos nossos.
Que parte de um continente dependa deste homem é um problema mas também a constatação do quão imprescindível era Hugo Chávez. Nenhuma perda é irreparável senão quando os povos não estão preparados para manter alta a bandeira dos que caem. É esse o maior desafio de uma América Latina que não seria o que é hoje sem Hugo Chávez.
Na Venezuela, não há bolivariano que não saiba o poema de Pablo Neruda cantado por Ali Primera: "Ellos no serán bandera/para abrazarnos con ella/y el que no la pueda alzar/que abandone la pelea". A melhor homenagem a Hugo Chávez será, sem dúvida, a conquista de uma sociedade em que os trabalhadores e o povo sejam os protagonistas.
Não será fácil. Ainda não passou um dia e já pairam os abutres. Estão em todo o lado. Também na imprensa portuguesa. Mas não nos esqueçamos porque choram milhões de pobres. Morreu alguém que deu a vida pela justiça social e pelo progresso. Quando ainda não havia arrefecido o cadáver da União Soviética e todavia se acalentava o velho sonho capitalista do fim da história, muitos despertavam com o grito dos filhos de Bolívar: socialismo ou barbárie.
É por isso que esta noite as lágrimas não caem só em casa de Camila. Os indígenas bolivianos, os bisnetos cubanos de Martí, os guerrilheiros colombianos, os sandinistas da Nicarágua, os sem-terra brasileiros, os negros do Harlem, os perseguidos em Tegucigalpa, os patriotas sírios, o mártir povo palestiniano, os reprimidos na Líbia e todos os que genuinamente se levantam no mundo contra o capitalismo. Porque todos somos Chávez.
Bruno de Carvalho, in KontraKorrente.
(Imagem Eliomar)
Talvez o façam a chorar. De alegria, como aquela mulher que no bairro de Antímano me falou da primeira vez que foi vista por um dentista. De orgulho, como aquele homem que me mostrou o primeiro bairro livre de analfabetismo, o 23 de Enero. De coragem, como os que desceram das encostas durante o golpe de Estado para resgatar Hugo Chávez. Acima de tudo, e apesar de todas as diferenças, porque é um deles. Porque é um dos nossos.
Que parte de um continente dependa deste homem é um problema mas também a constatação do quão imprescindível era Hugo Chávez. Nenhuma perda é irreparável senão quando os povos não estão preparados para manter alta a bandeira dos que caem. É esse o maior desafio de uma América Latina que não seria o que é hoje sem Hugo Chávez.
Na Venezuela, não há bolivariano que não saiba o poema de Pablo Neruda cantado por Ali Primera: "Ellos no serán bandera/para abrazarnos con ella/y el que no la pueda alzar/que abandone la pelea". A melhor homenagem a Hugo Chávez será, sem dúvida, a conquista de uma sociedade em que os trabalhadores e o povo sejam os protagonistas.
Não será fácil. Ainda não passou um dia e já pairam os abutres. Estão em todo o lado. Também na imprensa portuguesa. Mas não nos esqueçamos porque choram milhões de pobres. Morreu alguém que deu a vida pela justiça social e pelo progresso. Quando ainda não havia arrefecido o cadáver da União Soviética e todavia se acalentava o velho sonho capitalista do fim da história, muitos despertavam com o grito dos filhos de Bolívar: socialismo ou barbárie.
É por isso que esta noite as lágrimas não caem só em casa de Camila. Os indígenas bolivianos, os bisnetos cubanos de Martí, os guerrilheiros colombianos, os sandinistas da Nicarágua, os sem-terra brasileiros, os negros do Harlem, os perseguidos em Tegucigalpa, os patriotas sírios, o mártir povo palestiniano, os reprimidos na Líbia e todos os que genuinamente se levantam no mundo contra o capitalismo. Porque todos somos Chávez.
Bruno de Carvalho, in KontraKorrente.
(Imagem Eliomar)
sábado, 9 de março de 2013
PURA REALIDADE
Pura realidade, de facto. Mas será que este Povo vai continuar a pactuar com isto sem tomar uma atitude? A luta não pode ser só na rua; A luta tem de ser também e principalmente, nas urnas.
Se o voto é a arma do Povo, porque continuamos a disparar contra nós próprios? Porque continuamos a dar ao algoz, a corda com que nos amarra?.
É tempo de acabar com as escolhas erradas e tomar o nosso destino nas nossas mãos.
Que estas palavras da Actriz Joana Manuel, nos possam despertar deste conformismo, porque não é verdade que tudo isto tenha de ser assim.
LEMBRAR A REFORMA AGRÁRIA
__________
A
Reforma Agrária é ainda hoje uma referência do Abril do Povo, mas são cada vez
menos os que a viveram. Nesta altura de crise, em que o País e o Povo estão nas
mãos de interesses estrangeiros, e em que a cada dia que passa o nosso futuro é
mais negro, não posso deixar de lembrar um tempo em que acreditamos que
tínhamos o nosso destino nas nossas mãos. Não se cumpriu o sonho, mas a
experiência que vivi, essa recordá-la-ei para sempre:
Em Outubro de 1975, quando regressei de
Angola, era o tempo do sonho chamado “Reforma Agrária”. Curiosamente não
assisti ao chamado Verão quente de 75, de que fez parte a ocupação dos
latifúndios agrícolas do Alentejo, mas as noticias chegavam a Angola, e sabia
que os camponeses, na tentativa de trazer melhores dias para os campos de
Portugal, e mais concretamente para os campos do Alentejo, tinham avançado para
a ocupação de milhares de hectares de terra abandonada, na tentativa de acabar com uma
sociedade latifundiária, que condenara à miséria, milhares de Alentejanos.
Pois foi nesse sonho que eu acabei por me
integrar. Eu não sabia nada de agricultura, mas foi muito fácil a aprendizagem,
pois havia sempre alguém disposto a ensinar. Encontrei um ambiente fantástico
onde havia lideres, mas não havia chefes. Todas as decisões eram tomadas em
plenário, fosse para comprar ou para vender, ou simplesmente para escolher um
responsável para qualquer actividade.
Era visível no rosto das pessoas a felicidade
e a confiança com que se enfrentava o trabalho. As pessoas sentiam que eram
donas do seu destino e do seu futuro. Aquela gente de mãos calejadas pela
enxada, pela roçadora e pela gadanha, não se limitavam a cultivar os vales
férteis e fáceis. Eles avançavam sobre os montes e as serras, e arrotearam
terras de estevas e tojal bravio que nunca antes tinha visto uma ferramenta.
Construíram barragens e mudaram a paisagem. Onde antes havia mato cerrado,
apareceram cearas de trigo, milho, centeio, cevada e até tomate. Onde havia
salgueirais, voltaram a prosperar os canteiros de arroz.
O Alentejo voltava a ser o “Celeiro de
Portugal”.
Na UCP (Unidade Colectiva de Produção) 12 de
Maio, fiz de tudo um pouco: Limpei valas e desbravei os silvados que impediam a
água de chegar aos cultivos, cavei terra para arroz e semeei pasto para o gado,
plantei morangos e até cantei ao desafio. Tornei-me mestre na arte de podar
pessegueiros, aprendendo as técnicas de abrir a árvore para entrar o sol,
cortar as guias que a faziam crescer demais, dar-lhe largura para facilitar a
apanha e escolher as melhores guias que dariam depois a produção do ano
seguinte. Desisti de aprender a podar macieiras e ameixoeiras, porque nunca me
entendi com a técnica.
Foi também ali que aprendi a conhecer o povo
a que pertencia, mas a vida levara-me por outras andanças.
O homem do campo daquela altura era rude,
pouco instruído e pouco dado às regras do comportamento urbano. Mas era
extremamente honesto e confiável. Era trabalhador e tinha um enorme sentido do
dever no que respeitava à família. Descobri também que isso do homem do campo
bater na mulher, não passava de um mito. Trabalhei com centenas de casais, e na
grande maioria dos casos, era ela que dirigia a família, administrava a casa e
decidia o que fazia falta e o que era supérfluo. Vi muitas vezes em dia de
pagamento, o homem receber o seu ordenado e entregar o envelope à esposa. À
hora do almoço, sentados no chão ou em pequenos troncos, eram quase sempre as
mulheres que escolhiam o tema da conversa, e eram elas também que escolhiam o
rumo que ele tomava.
Mas o sonho não durou muito.
A Reforma Agrária nunca passou de um sonho, e
não se traduziu em legislação que alterasse o regime de propriedade, nem da
distribuição da terra.
Os latifundiários apoiados pelos diversos
governos, de que eles e os seus interesses também faziam parte, acabaram por
recuperar as terras que não se sabem bem como foram adquiridas ao longo dos
tempos, e a resposta à pobreza do campesinato Alentejano, fica mais uma vez
adiado, por culpa da improdutividade de largos milhares de hectares de terra
abandonada pela burguesia estéril e inútil deste pobre país.
O resultado não se fez esperar: Nos anos 80 o
governo indemniza os latifundiários com chorudas recompensas que acompanham a
devolução da terra melhorada, e a pobreza voltou ao Alentejo, e com ela a
necessidade do povo voltar à emigração.
Resta-nos a esperança chamada “Alqueva”- um
dos sorvedouros dos dinheiros públicos de que ninguém fala, e que visa
transformar o Alentejo num imenso campo de golfe para os senhores do grande
capital recuperarem forças das árduas tarefas diárias.
Para nós, povo Alentejano, sobram os
quilómetros e quilómetros de arame farpado, e milhares de tabuletas ameaçadoras
que nos atiram à cara os decretos-lei que nos proíbem sequer a aproximação,
quanto mais apanhar uns espargos, turbaras ou “outros frutos silvestres”.
Das 412 Cooperativas e UCPs criadas com a
Reforma Agrária, resta a memória das pessoas que deram corpo a um movimento que
abriu brechas na sociedade Portuguesa, mas que acabou por não cumprir o sonho,
tal como o próprio 25 de Abril não cumpriu.
Mas o Povo está na Rua. Teremos nós força
para acordar do pesadelo, e recuperar o sonho?
Aníbal Lopes
terça-feira, 5 de março de 2013
CHUVA
.
O céu amanheceu cinza
Por entre as nuvens ainda
se escapam alguns raios de sol
No ar flutua a sensação
de carregada umidade
No horizonte explodem auréolas
de longínquos relâmpagos
A passarada esvoaça rápida
na procura da proteção do emaranhado do silvado. Acho que eles sabem que a
tempestade está a chegar
Sinto um tremor na pele
mesmo estando protegido da aragem gelada
O céu está agora mais
negro e os relâmpagos mais perto
Os pássaros tinham razão:
Começou a chover. Cada vez mais forte
Sulcos de água começam a
desenhar curiosas ramificações no vidro à minha frente
Lá fora a chuva cai
intensamente
Abandono a janela e volto
para a lareira
Pego no livro e recomeço a
leitura
Era uma vez…
Aníbal Lopes
(Imagem Alolvose)
sábado, 23 de fevereiro de 2013
O EXORCISTA faz 40 anos.
Talvez o mais assustador filme de sempre. A luta ancestral
do bem contra o mal, aqui posta à prova através de cenas de exorcismo real,
onde o poder da sugestão questiona as incertezas da alma.
Foi em princípios de 1975, no cinema MIRAMAR, em Luanda,
que vi o filme pela primeira vez. O Miramar era uma Cine-esplanada lindíssima,
com as filas de cadeiras rodeadas de plantas tropicais. Um cenário idílico,
contrastando com o filme que eu e vários camaradas de armas assistimos.
Aquele grupo do qual eu fazia parte, era constituído por
veteranos de guerra, todos com experiência de combate, e fartos de ouvir tiros
que, sabíamos, eram para nós. Pode dizer-se que era gente a quem o medo já
pouco medo metia. Pois esse grupo assistiu ao filme em silêncio, e com
expressão assustada no rosto. À saída, todos olhavam para todos os lados, como
temendo que aparecesse algo inesperado. Claro que rapidamente todos se armaram
em valentões, sem reconhecer o seu receio e negando o que era evidente; Todos
estavam demasiado impressionados com o que tínhamos assistido.
Chegados à caserna, aqueles homens curtidos por muitos
sois, e habituados a enfrentar o perigo, não deixaram, disfarçadamente, de
levantar a colcha, como se pudesse estar algo perigoso debaixo da cama. Claro
que eu devo ter feito o mesmo.
Nunca mais esqueci, nem o filme, nem o enorme receio, com
laivos de medo, que nós sentimos.
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