terça-feira, 22 de março de 2011

NOVO HABITAT PARA LONTRAS, NO FLUVIÁRIO

O Fluviário de Mora (Évora), que comemora no domingo o quarto aniversário, vai inaugurar este ano um novo habitat para lontras e uma nova sala de experimentação científica e projeta um novo tanque para peixes de grande porte.

“Já estão feitos os trabalhos preliminares do novo habitat das lontras e contamos que o espaço possa estar totalmente concluído dentro de seis meses”, adiantou hoje à Agência Lusa o diretor do Fluviário de Mora, José Manuel Pinto.

Quanto à nova sala de experimentação científica, o mesmo responsável adiantou que o equipamento “está totalmente acabado”, faltando apenas que a Direção-geral de Veterinária (DGV) faça uma inspeção técnica ao local.

Depois de concluído o novo habitat das lontras, “avançaremos para a segunda fase da obra que consiste na adaptação do antigo espaço para tanque de peixes de grande porte, como carpas com mais de 20 quilos, enguias de dois metros de comprimento, trutas e lúcios”, acrescentou.

Destinado a dar a conhecer as espécies aquáticas e terrestres dos habitats de água doce, o Fluviário de Mora foi o primeiro equipamento do género na Europa e o terceiro no mundo.

O fluviário, propriedade do município de Mora, no distrito de Évora, promove no domingo, data do aniversário, várias atividades, entre as quais rappel, escalada, slide, tiro com arco, zarabatana e balão de ar quente, entre outras.

A apresentação da animação circense “Um saramugo à solta”, o colóquio “Aquários públicos – importância ambiental e económica” e a entrega do Prémio Jovem Investigador marcam igualmente a data.

Em paralelo, decorre durante fim-de-semana a primeira regata do Fluviário de Mora, com a participação de 300 atletas em mais de 130 embarcações, representando 14 clube da modalidade.

Segundo os seus responsáveis, o Fluviário de Mora é um dos principais pólos turísticos e de desenvolvimento regional, tendo em conta a entrada no concelho de 150 mil visitantes por ano, 12 mil por mês e mais de quatro mil por semana.

Resultado de um investimento superior a seis milhões de euros e de uma parceria entre o município e o Oceanário de Lisboa, o Fluviário, situado no Parque Ecológico do Gameiro, na freguesia de Cabeção, foi o primeiro “grande aquário de água doce” da Europa, ao qual se juntou, em 2008, um equipamento semelhante em Saragoça (Espanha).

Mais de 500 peixes, de 70 espécies diferentes, algumas delas já extintas ou em risco de extinção, “habitam” o Fluviário, num percurso entre a nascente e a foz de um rio, podendo os visitantes deparar-se ainda, em pleno interior do Alentejo, com animais exóticos da bacia amazónica e dos lagos africanos, como uma anaconda ou rãs venenosas.

Restaurante, galeria multimédia, sala de exposições temporárias, biblioteca e laboratório são outras das valências do equipamento, que emprega cerca de 30 pessoas.

Nos quase três anos que leva de “portas abertas”, já contabiliza mais de 500 mil visitantes e foi distinguido com galardões nacionais e internacionais, sendo mesmo eleito o Melhor Museu Português 2007, pela Associação Portuguesa de Museologia.

in diário online

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