TERMO DE ABERTURA: Serve este Blog para nele depositar as minhas alegrias e tristezas, vitórias e derrotas, glórias e frustrações. a que juntarei algumas opiniões, mas com fair-play, e sempre sem abdicar deste meu sentir de vermelha afeição. (Foto de José Caeiro)
sábado, 24 de julho de 2010
A.R.P.E.
Entre o vai e o vem das nossas memórias, há uma ou outra que acaba por ficar algum tempo.
A ARPE, Acção Revolucionária das Praças do Exercito, apareceu em Angola depois do 25 de Abril, e pretendia ser uma espécie dos SUV, anteriormente formados entre a tropa em Portugal.
Ao contrário dos SUV, a ARPE não tinha rosto, e movimentava-se de forma clandestina. Pelo menos dentro do que me foi possível perceber.
Talvez por eu ser representante da minha Unidade junto do MFA, Aconteceu-me por duas vezes encontrar instruções da ARPE, em cima da minha secretária de trabalho. Da 1ª vez, o envelope continha instruções para interceder junto do comando, a favor de um soldado a quem tinha sido levantado um processo disciplinar. Nas mesmas instruções, vinha o nome de dois soldados que me deviam ajudar na tarefa.
Correu bem o nosso trabalho, e o soldado em causa acabou por se safar.
Uma segunda vez, recebi instruções, com o mesmo método, para não permitir uma festa que se estava a organizar entre o pessoal civil e militar. Não vi motivos para tal coisa, e ignorei a "ordem".
Pelo menos mais duas vezes, apareceram papeis da ARPE na Manutenção Militar, mas não passaram por mim, nem nunca mais foi contactado.
Nunca entendi bem a ideia, e acho que aquela organização não chegou muito longe.
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