domingo, 1 de maio de 2016

SEM ROSTO NEM HONRA

Por muito que me custe, por vezes não consigo resistir à tentação de responder a quem de forma anónima questiona as minhas opiniões
Entendo que a opinião só é livre, só é credível e só acrescenta alguma coisa, se vier de quem esteja na disposição de responder por elas. Como pode alguém questionar a forma como penso, se não me dá a possibilidade de o olhar olhos nos olhos, saber quem é e reconhecer nele, ou não, o direito de me questionar?
Diz-me uma dessas sombras negras, que eu sou um Barão Vermelho. Barão Vermelho era uma figura da banda desenhada que representava um piloto nazi. Não conheço outro. Se isso pretende ter uma conotação política, não lhe reconheço razão. Sou um simples militante de base a quem nunca alguém concedeu qualquer privilégio. E isso afirmo-o publicamente e haja alguém que me prove o contrário.
Este resistente sem rosto, tem a alarvidade de comparar o seu anonimato cobarde com os resistentes anti fascistas que usavam a clandestinidade para se proteger do pidesco regime de então. Um atentado à memória de quem foi torturado, ou mesmo perdeu a vida numa luta heroica para que hoje nos possamos olhar olhos nos olhos.
Esta figura obscura faz crer que é alguém perseguido, provavelmente por responsáveis da Câmara, e que os seus interesses, sejam eles quais forem, podem ser prejudicados se manifestar de forma aberta, as suas opiniões. No entanto nunca clarificou essas insinuações.
Diz esta personagem fictícia que nunca vim a terreiro defender trabalhadores perseguidos na Câmara. Não assumo nem deixo que assumir se houve ou não trabalhadores perseguidos, mas sei ao que se refere, e saiba que fiz muito mais do que imagina. Se o meu contributo de nada valeu, foi porque a minha opinião não foi valorizada.
Sou uma pessoa aberta a todas as discussões, gosto de partilhar as minhas ideias, e sei que as dos outros são tão válidas como as minhas, e muitas vezes seguramente melhores. Mas só dou credito a pessoas reais. Pessoas como eu, com rosto, com nome e capazes de assumir a responsabilidade do que dizem, perante a sociedade organizada de que as PESSOAS fazem parte.