sábado, 23 de fevereiro de 2013

O EXORCISTA faz 40 anos.


Talvez o mais assustador filme de sempre. A luta ancestral do bem contra o mal, aqui posta à prova através de cenas de exorcismo real, onde o poder da sugestão questiona as incertezas da alma.
Foi em princípios de 1975, no cinema MIRAMAR, em Luanda, que vi o filme pela primeira vez. O Miramar era uma Cine-esplanada lindíssima, com as filas de cadeiras rodeadas de plantas tropicais. Um cenário idílico, contrastando com o filme que eu e vários camaradas de armas assistimos.
Aquele grupo do qual eu fazia parte, era constituído por veteranos de guerra, todos com experiência de combate, e fartos de ouvir tiros que, sabíamos, eram para nós. Pode dizer-se que era gente a quem o medo já pouco medo metia. Pois esse grupo assistiu ao filme em silêncio, e com expressão assustada no rosto. À saída, todos olhavam para todos os lados, como temendo que aparecesse algo inesperado. Claro que rapidamente todos se armaram em valentões, sem reconhecer o seu receio e negando o que era evidente; Todos estavam demasiado impressionados com o que tínhamos assistido.
Chegados à caserna, aqueles homens curtidos por muitos sois, e habituados a enfrentar o perigo, não deixaram, disfarçadamente, de levantar a colcha, como se pudesse estar algo perigoso debaixo da cama. Claro que eu devo ter feito o mesmo.
Nunca mais esqueci, nem o filme, nem o enorme receio, com laivos de medo, que nós sentimos.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

AUSTERIDADE - justificação para a estupidez de quem governa



A culpa é do polvo
A ideia de que os portugueses são responsáveis pela crise, porque andaram a viver acima das suas possibilidades, é um enorme embuste. Esta mentira só é ultrapassada por outra. A de que não há alternativa à austeridade, apresentada como castigo justo, face a hábitos de consumo exagerados. Colossais fraudes. Nem os portugueses merecem castigo, nem a austeridade é inevitável.

Paulo Morais, Professor universitário

(Imagem Amobiorocha)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

MORA MEGALÍTICA NA NATIONAL GEOGRAPHIC


 A edição de Fevereiro da revista National Geographic dedica uma página aos monumentos megalíticos do concelho de Mora, destacando a “primeira vez que se descobre um conjunto de menires dispostos em cruz”.

A descoberta de um cruciforme megalítico junto ao vértice geodésico do Alto da Cruz, na Herdade da Santa Cruz, freguesia de Brotas, no decorrer do Verão de 2011, espoletou o interesse da revista National Geographic.

O conjunto de seis menires encontrados tombados e em forma de cruz, pela equipa de arqueólogos e estudantes de arqueologia, apresenta características excecionais, o que faz deste o único a nível peninsular, e possivelmente do mundo.

Os trabalhos de reposição dos menires, levados a cabo a 23 de Outubro de 2012, foram acompanhados por uma equipa da National Geographic e estão agora publicados na edição de Fevereiro.

«Uma descoberta que veio contribuir para o aumento do número de monumentos meníricos que se distribuem pelo Alentejo Ocidental e que, graças à especificidade dos pormenores que a caracterizam, é merecedora de destaque, elevando assim mais uma vez o nome do concelho de Mora», salienta a Câmara local em nota de imprensa.

Os achados arqueológicos feitos nas freguesias do município de Mora têm permitido perceber a riqueza dos vestígios megalíticos aqui existentes. Este facto faz com que o concelho de Mora seja já considerado pelos arqueólogos como um dos mais ricos nesta área do conhecimento, que investe na preservação e divulgação do património e na afirmação da sua própria identidade. 

in sul informação