segunda-feira, 23 de julho de 2012

SOM SABADELL FLASHMOB



Fantástico. Momentos como este fazem-nos esquecer os momentos maus que estamos a passar, e acreditar que há futuro na vida dos homens.

terça-feira, 10 de julho de 2012

O SUICÍDIO



O suicídio é um drama que preocupa muita gente. Filósofos, sociólogos, psicólogos, psiquiatras e outros pensadores e homens da ciência, procuram encontrar uma razão que leve a justificar o ato de uma pessoa acabar com a própria vida.
Basta fazer uma pequena busca para encontrar todo o tipo de opiniões vindas de gente ilustre, desde os primórdios até à atualidade.
Albert Camus, pensador e filósofo Francês, (1913- 1960) escreveu: “O suicídio é a grande questão filosófica do nosso tempo, decidir se a vida merece ou não ser vivida, é responder a uma pergunta fundamental da filosofia.”

Voltaire, escritor Francês, crítico da Igreja Católica, (1694-1779) achava que os suicidas eram uns “ociosos ou gente que não tinha nada para fazer.”
Pessoalmente acho a opinião de Voltaire bastante descuidada e leviana. Ou então terá feito estas afirmações num contexto que não chegou ao nosso tempo.

Heidegger, pensador Alemão do século XX, afirma que o suicídio não é uma morte humana, já que tira o sentido da morte, e destrói a possibilidade da morte humana.
Parece-me que para Heidegger, e sendo a morte a finalidade da vida, só a morte natural completa o ciclo da vida. Acho que faz sentido.

Muito mais lá para trás, Hegésias, historiador Grego, (Sec. III AC) afirma que “se a felicidade do homem consiste na soma dos seus prazeres, e se estes forem inferiores à soma dos males que a vida lhes oferece, como não justificar o suicídio?”
Ora aí está uma visão pragmática, onde a questão está entre o deve e o haver.

Muito mais objetivo parece ser Ramon Gomez de la Serna, escritor vanguardista e filósofo Espanhol. (1888- 1963) Ele acha que “os homens que matam as mulheres e depois se suicidam, deveriam mudar de sistema, suicidando-se antes e matando-as depois”.
Assino por baixo com todas as letras.

Numa coisa a maioria parece estar de acordo: O suicídio revela desespero, depressão e desinteresse em continuar a viver.
Mas outras questões se levantam: O suicídio é um ato de coragem ou uma cobardia? Se alguém se suicida por não suportar a dor, o suicídio pode ser encarado como uma fuga, e não precisará de muita coragem. Mas como classificar o suicídio, onde ele é objetivamente um sacrifício em nome do que se acredita ser um bem maior? Como classificar o suicídio dos Kamikaze? E dos bombistas suicidas? Será pura alienação, ou serão idealistas conscientes? E os suicídios coletivos, que chegam a envolver centenas de pessoas? Não será também pertinente perguntar se Jesus Cristo foi um suicida?.
A própria Bíblia, não afirma que a vida no céu é muito melhor que na terra? Não terá o livro sagrado também a sua participação no suicídio ?.

Recentemente, o Sociólogo Português Manuel Villaverde Cabral, afirmou que o suicídio no Alentejo se deve à solidão e à falta da fé Católica. Significa isso que os ateus são mais propensos ao suicídio? E porquê fé Católica? A fé dos outros não presta?. Ao menos poderia referir a fé Cristã, sempre era mais abrangente.
O que o Sr. Dr. não falou, foi no sofrimento provocado pela fome, pela doença sem medicamentos, pela exclusão social e pela vergonha de uma pobreza da qual não têm culpa.

O que provavelmente ainda ninguém pensou, é que talvez o suicídio não seja a busca da morte, mas tão somente do fim do sofrimento.

Aníbal Lopes

(Imagem Ubeblogs)



terça-feira, 3 de julho de 2012

CÃES, GATOS E RATOS



O caloteiro ferra o cão sem o levar ao ferrador; 
Quando os cães ladram e a caravana não passa, alguém enganou a matilha; 
Cão que ladra e não morde é por já não ter dentes caninos; 
Quando de cão a cão sete léguas vão, 35 km os separam; 
Dizem os algarvios que alentejanos e cães de caça é tudo a mesma raça, mas nem por isso a gente os trata abaixo de cão; 
Os vizinhos querem-se cordatos.
Diz quem viu que os coreanos comem cachorros como aqui se papam cabritos e leitões. Por cá, cachorro não se assa. Quando muito vai ao forno de microondas para aquecer a salsicha. Os antigos chamavam cão tinhoso ao demónio que tinha tinha.
Gato que se alambaza com o conduto da nossa merenda é gatuno. Gato escaldado ter medo de água fria é sinal de trauma psicológico ou stress agudo. Em noite de breu todos os gatos são pardos. Se a lua cheia não estiver envergonhada, já não é bem assim. Gato escondido com rabo de fora arrisca-se a ficar rabeta. Quem não tem cão caça com gato e depois, se quiser fazer gato-sapato do freguês, impinge-lhe gato por lebre. Com gatos de arame, versão pioneira do agrafo, consertavam-se os cacos da loiça partida. Agora, que tudo é descartável, gatos desses só nos antiquários.
João Ratão que não era fino como um rato, por ser guloso ou ter um rato no estômago morreu cozido e assado no caldeirão; Rato de sacristia sabe tudo de paramentos, sermões e missas cantadas.
Cães, gatos e ratos de estimação, quem não os tem ou teve? Na banda desenhada, no desenho animado, na série televisiva, é só escolher: Lassie, Rex, Max, Rim tim tim, Pluto, Snoopy, Milú, Dartacão, Aristogatos, Garfield, Felix, Sylvester, Fígaro, Mickey, Jerry, Speedy Gonzalez, Topo Gigio…
A cadela Laika, primeira mártir da conquista do espaço, os Gato Fedorento, humoristas de quilate e o rato de computador que sempre se esquiva da ratoeira, são os meus preferidos.


Prates Miguel  ( Escritor Montargilense)

Retirado Daqui